O ano está acabando, mas a lista de lançamentos não. E uma das mais recentes novidades do mercado automotivo brasileiro é a BYD Shark Edição Embaixador.
É uma série especial da caminhonete híbrida plug-in, criada em parceria com o embaixador da marca, o cantor sertanejo Gustavo Lima. O que explica o "Edição Embaixador" do nome.

A série é limitadíssima. São apenas 30 unidades, sendo 15 na cor preta e 15 numa exclusiva tonalidade verde, que é o único diferencial dessa Shark especial. Além do preço: R$ 359.990. Cerca de R$ 20 mil mais cara que as caminhonetes comuns de produção.
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O conjunto mecânico da Shark Edição Embaixador também não teve alterações. Motor 1.5 a gasolina e dois propulsores elétricos. Conjunto com potência combinada de 437 cv e autonomia no modo 100% elétrico de 68 quilômetros.
Segundo a BYD, a Shark Edição Embaixador será vendida apenas sob encomenda, que - obviamente - poderá ser feita em uma das 200 concessionárias da marca chinesa em todo o Brasil.
Diferentemente dos bem-sucedidos SUVs e elétricos da empresa, que vendem muito bem no mercado brasileiro, a caminhonete não é exatamente um sucesso.
No acumulado do ano, o modelo ultrapassou recentemente a marca de 1,1 mil emplacamentos. Volume menor que o de caminhonetes maiores e mais caras, como a RAM 3500 (1.391 unidades) e Ford F-150 (1.178 unidades).
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1. Qual o preço da BYD Shark?
A BYD Shark ainda não tinha preço definido no momento da pré‑venda, mas a expectativa inicial no Brasil era de um valor abaixo de R$ 300 mil, segundo fontes ligadas à marca. Mais tarde, outros veículos da imprensa indicaram um preço oficial de R$ 339.800 em seu lançamento.
2. Qual é a potência da BYD Shark?
A picape entrega 437 cv de potência combinada, resultado da união de um motor 1.5 turbo com dois motores elétricos.
3. Qual é a autonomia elétrica da BYD Shark?
O modelo pode rodar até 100 km no modo 100% elétrico, graças à bateria Blade de 29,6 kWh.
4. A BYD Shark é híbrida ou elétrica?
A Shark é uma picape híbrida plug‑in (PHEV), a primeira desse tipo no Brasil.
5. Qual é o consumo da BYD Shark?
O consumo ainda não havia sido oficialmente divulgado na pré‑venda, mas a marca afirma que o modelo promete ótimos números de eficiência, especialmente graças ao modo elétrico.
6. Qual é a capacidade de carga da BYD Shark?
Dependendo da fonte, a carga útil divulgada varia entre:
7. Qual é o tamanho da caçamba da BYD Shark?
A caçamba possui 1.200 litros de capacidade.
8. A BYD Shark é maior que Hilux, S10 e Ranger?
Sim — ela tem proporções avantajadas para o segmento:
9. A BYD Shark é boa para trabalho pesado?
Apesar do desempenho muito bom, a capacidade de carga menor (790 kg) da Shark pode ser um ponto fraco para uso profissional comparado a Hilux, Ranger e S10, que levam mais de 1 tonelada.
10. A BYD Shark é confiável?
Sim. As avaliações destacam tecnologia avançada, potência e boa dirigibilidade, mas mencionam que a picape ainda precisa conquistar o público tradicional de picapes médias, que prioriza robustez, histórico de manutenção e pós‑venda consolidado.
A BYD está longe de encerrar sua ofensiva no mercado brasileiro de picapes. Depois de estrear com a Shark, modelo híbrido plug-in de grande porte, a marca chinesa confirmou oficialmente ao WM1 que prepara uma segunda picape, menor e mais compacta, desenvolvida especificamente para enfrentar os segmentos intermediário e de entrada, que hoje pertencem a modelos como Fiat Toro, Chevrolet Montana, Ford Maverick, Renault Oroch e até Fiat Strada. Trata-se, portanto, de um produto com potencial para disputar espaço em duas das categorias mais populares do país.
Segundo informações reveladas pela BYD a jornalistas durante o Salão de Xangai, esta nova picape já está em desenvolvimento há mais de um ano. Embora o nome ainda não tenha sido confirmado, o projeto já é tratado internamente como um dos lançamentos mais estratégicos da marca. A vice‑presidente global da BYD, Stella Li, reforçou ao WM1 que a empresa pretende aumentar sua relevância no Brasil com produtos mais adequados à realidade local, e isso inclui uma picape de porte mais acessível e com apelo urbano. Já o vice-presidente sênior da BYD Brasil, Alexandre Baldy, afirmou que o modelo “vai agradar o segmento”, indicando que a marca trabalha para acertar exatamente onde o público brasileiro mais valoriza.
Embora ainda pouco se saiba sobre o design e a parte técnica, o WM1 destaca que a BYD já assumiu que o modelo será menor que a Shark, o que representa uma grande mudança de posicionamento. Enquanto a Shark mira diretamente Hilux, Ranger e S10, essa nova picape tem a missão de competir com modelos monobloco voltados ao uso misto — urbano durante a semana e lazer no fim de semana — exatamente o perfil de sucesso da Toro e da Maverick no mercado brasileiro.
Essa segunda picape envolverá duas frentes estratégicas:
Outro ponto importante é que a BYD confirma que o modelo fará parte do ciclo de expansão industrial da marca no país. Ainda em 2025, a empresa começará a produzir Song Pro, Dolphin e Dolphin Mini na futura fábrica de Camaçari (BA), e é bastante provável — segundo executivos citados pelo WM1 — que essa nova picape também venha a ser nacionalizada, fortalecendo sua competitividade graças à redução de custos e incentivos fiscais.
A estratégia da BYD para o Brasil, portanto, não se limita a ocupar nichos: ela busca preencher todas as lacunas do segmento de picapes, hoje dominado por marcas tradicionais. A Shark abriu a porta com tecnologia inédita; agora, a nova picape compacta/intermediária será responsável por atacar o coração do mercado, onde o volume de vendas é significativamente maior.
Enquanto a marca ainda guarda segredo sobre motorização, design e datas de lançamento, uma coisa já é certa pelo que o WM1 revelou: a picape menor está confirmada, já está em desenvolvimento e terá papel central na expansão da BYD no Brasil. E, considerando o histórico agressivo da marca no país, a chegada dessa novidade promete movimentar o segmento como poucas vezes vimos nos últimos anos.



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