Finalmente, a Cadillac vai oferecer em seus veículos tecnologia de condução semiautônoma, para fazer frente ao Autopilot da Tesla. Batizado de Super Cruise, o equipamento, como nos carros da Tesla, permite que o carro rode praticamente por contra própria em rodovias, sob determinadas condições e sempre com a supervisão do motorista. Na verdade, um diferencial da Cadillac é que o Super Cruise é capaz de monitorar se o condutor está realmente atento e, caso contrário, emite alertas, por meio de uma barra luminosa no volante, até ele recobrar a atenção na estrada. Se as tentativas forem insuficientes, afirma a Cadillac, o dispositivo pode levar o veículo para um ponto de parada seguro.
O monitoramento do nível de atenção do motorista é feito por meio de uma pequena câmera, posicionada no topo da coluna de direção, e luzes infravermelhas. É uma abordagem diferente da adotada pela Tesla, que no ano passado recebeu críticas referentes ao Autopilot após o condutor de um Model S morrer em um acidente rodoviário na Califórnia com o sistema semiautônomo ativado – aparentemente, ele estava assistindo a um DVD quando seu carro colidiu em um caminhão. Na ocasião, a Tesla ressaltou que o Autopilot ainda era uma tecnologia em fase beta e requeria a atenção do motorista em tempo integral.
Outra diferença da tecnologia da Cadillac é o uso, pela primeira vez em um automóvel produzido em série, de um banco de dados de estradas e rodovias norte-americanas feito com base no Lidar, uma espécie de radar que usa raios laser, para auxiliar o veículo a “enxergar” seu entorno com o Super Cruise ativado. Esse radar atua juntamente com sensores, câmeras e GPS, estes também utilizados no sistema semiautônomo da Tesla.
O Super Cruise estreia em setembro na linha 2018 do sedã CT6 e na sequência será disponibilizada em outros modelos da Cadillac. Em resposta, a Tesla está para lançar a versão 2.0 do seu Autopilot, que promete chegar mais perto da condução 100% autônoma.
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