Até o final do próximo ano, a Caoa Chery terá no Brasil apenas modelos eletrificados, seja híbridos ou 100% elétricos. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (5/5) pela marca sino-brasileira, que informou, ainda, a paralisação das atividades de sua planta industrial localizada em Jacareí (SP). A unidade passará por readequação e modernização para passar a produzir os novos modelos que integrarão o portfólio eletrificado da marca.
Com o fechamento temporário da unidade de Jacareí, a marca tira de linha o Tiggo 3X, modelo lançado em maio de 2021. O restante da produção será absorvido pela fábrica de Anápolis (GO) e através de importações (como o Arrizo 6).
"Com isso, a Caoa Chery mantém sua meta de comercializar 60 mil unidades no mercado nacional em 2022", destaca o comunicado da empresa à imprensa. O material destaca, ainda, que estão mantidos os lançamentos previstos para o segundo semestre de 2022. A Assessoria de Imprensa informou os carros que chegam esse ano seguem a tendência de "mobilidade verde". Isto é, serão carros 100% elétricos ou híbridos.
A Assessoria de Imprensa não informou se o novo direcionamento da empresa poderá culminar com o lançamento do subcompacto elétrico EQ1 no Brasil. De acordo com informações já veiculadas na imprensa, o modelo chegaria para concorrer diretamente com o Renault Kwid E-Tech, lançado pela marca francesa no mês passado e que, com preço de R$ 142.990, roubou da JAC o título de carro elétrico mais barato do Brasil, que pertencia ao e-JS1 (R$ 164.900).
O EQ1, assim como os seus dois concorrentes citados acima, é um subcompacto elétrico com proposta urbana. Suas dimensões são inferiores às do Kwid: são 3,2 metros de comprimento (contra 3,68 do modelo da marca francesa) e 2,15 de entre-eixos (2,42 do rival).
Mas o modelo da Chery, que já é vendido e produzido na China, tem mais potência - são 75 cv contra 65 cv do subcompacto da Renault - e também maior autonomia, pouco mais de 400 km contra 298 do Kwid. Quando ao preço, poderia vir na faixa dos R$ 150 mil, ou até menos justamente para roubar o título de elétrico mais barato do país do rival.
Apesar de o projeto de eletrificação da Caoa Chery apontar o ano de 2023 como meta, a fábrica de Jacareí ficará de portões fechados até 2025, de acordo com a Assessoria de Imprensa. Segundo a marca, a eletrificação do portfólio é possível mesmo sem a unidade de Jacareí estar pronta porque a planta de Anápolis já tem equipamentos modernos está preparada para produção de modelos com a tecnologia necessária.
O valor do investimento em modernização da fábrica de Jacareí, inaugurada em meados da década passada, não foi divulgado. Trabalham na planta 627 funcionários. A Caoa Chery informou que está em negociação com os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região "para a definição de um pacote de indenização suplementar, além do regular pagamento das verbas rescisórias legais, seguindo o seu compromisso de respeito aos trabalhadores".
As mudanças previstas para a unidade irão adequar os processos produtivos para a introdução de novos produtos concebidos a partir de plataformas de última geração, equipados com propulsores híbridos ou 100% elétricos. A Caoa Chery destaca que a ação faz parte da transição tecnológica que visa aumentar sua competitividade no âmbito nacional e internacional.



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