Carro popular ganha kit GNV de fábrica
Modelo subcompacto da Renault agora pode ser adquirido em um país asiático com um kit de fábrica para rodar com GNV
O Gás Natural Veicular (GNV) já foi uma febre no Brasil. Mas encareceu e quase ninguém mais lembra dele quando o assunto é rodar gastando pouco. Já na Índia, ainda é uma alternativa de combustível barato. Tanto que a Renault passou a oferecer um kit de fábrica para o Kwid.
Por 75 mil rúpias (cerca de R$ 5 mil em conversão direta), o comprador pode encomendar na concessionária a instalação do kit aprovado pelo fabricante.
A marca não divulgou informações técnicas desse equipamento GNV para o Kwid, mas o cilindros é instalado dentro do porta-malas. Ou seja: deve sobrar pouquíssimo espaço para as bagagens depois da conversão.
A única limitação estabelecida pela Renault é que o kit GNV só poderá ser instalado nos Kwid com câmbio manual. É que, por lá, o subcompacto da marca francesa também pode ser equipado com o câmbio automatizado de embreagem simples Easy-R.
O motor, aliás, é o mesmo 1.0 de três cilindros que equipa o "nosso" Kwid. Porém calibrado apenas para gasolina - e agora o GNV -, e capaz de desenvolver 69 cv de potência. Será que um kit desses seria uma boa para o Kwid fabricado no Brasil?
Vale a pena rodar no GNV?
Segundo dados de um levantamento feito entre os dias 16 e 22 de fevereiro pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do metro cúbico do GNV nos postos da capital paulista era de R$ 4,47.
Valor 5,6% mais alto que o do litro do etanol e 28,5% menor que o do litro da gasolina comum nos postos paulistanos.
Considerando que o combustível gasoso entrega um consumo, em média, 40% mais baixo, parece um bom negócio. Ainda mais com a alíquota reduzida do IPVA - 1,5% - para os carros com GNV no estado de São Paulo.
Mas é preciso botar outros números e aspectos nessa conta. Como, por exemplo, o custo de instalação do kit, que varia de acordo com o veículo e com o equipamento, e fica em torno de R$ 5 mil, e ainda a perda de desempenho do automóvel com o uso do GNV e a obrigatoriedade das vistorias periódicas do sistema.
Ou seja: ainda pode ser uma boa ideia. Mas só para quem vai rodar muito com o veículo.
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