Carros aventureiros já são raridade no mercado
Confira a lista de modelos vestidos para off-road que ainda estão disponíveis no mercado brasileiro de carros de passeio
O mercado de carros aventureiros surgiu no Brasil no fim dos anos 1990. A missão era atender a uma fatia do público que queria ter um modelo urbano, mas que tivesse diferenciais de veículos dedicados ao off-road ou mesmo SUVs.
Surgia assim o segmento dos aventureiros urbanos, inaugurado pela Fiat com a perua Palio Weekend Adventure, que seguiu viva durante muito tempo na gama de produtos da marca italiana. Aliás, a versão chegou a ter a maior participação nas vendas da station wagon durante um longo período.
O sucesso de outrora desses modelos, que podem ter apenas adereços visuais ou até mecânicos como suspensões elevadas, no entanto, parece estar perto do fim.
Parte da responsabilidade dessa decadência pode ser o reflexo do processo que chamamos de "suvinização" que passam os mercados brasileiro e mundial de automóveis.
Nesse caminho, hatches são exemplos de modelos cada vez mais escassos. O próprio Volkswagen Gol - ícone de décadas passadas que teve versões aventureiras importantes como a Rallye e, mais recente, a Track - deve dar adeus ao mercado e se transformar em um SUV nos próximos anos.
No mercado, atualmente, são poucos os modelos que assumem as características de um modelo aventureiro. Fizemos uma lista com seis remanescentes do subsegmento que pode ou não deixar saudades. Lembra de outro zero km? Deixe nos comentários!
Os últimos carros aventureiros
1. Fiat Argo Trekking
Lançado em 2019, o Argo Trekking é a versão topo de linha do hatch no mercado. Tem motor 1.3 Firefly, que entrega 109 cv e 14,2 kgf.m de torque, com câmbio manual de cinco marchas, mesmo conjunto das demais variantes.
O que o diferencia é a suspensão elevada e a troca dos pneus tradicionais por outros de uso misto. Além, é claro, dos adereços já comuns no subsegmento, como caixas de rodas com moldura em plástico fosco, adesivos e alguns outros itens. Ele custa R$ 88.217.
2. Fiat Mobi Trekking
A versão Trekking também é a configuração topo de linha do Mobi. O modelo é vendido por R$ 68.489 e muda apenas no visual em relação à variante Like.
O motor é o mesmo 1.0 Firefly, de 97 cv e 9,7 kgf.m de torque, associado a um câmbio manual de cinco marchas. O modelo ganha adesivos com detalhes laranja, rodas escurecidas e logos em preto.
3. Renault Stepway
O Renault Stepway se descolou do Sandero e assumiu o posto de aventureiro independente. Para isso, adotou suspensão mais elevada que seu "irmão" hatch e adereços já conhecidos, como as caixas de roda em plástico fosco e revestimento exclusivo nos bancos. Tudo isso cobrando praticamente o preço que o de alguns SUVs compactos.
O modelo é vendido hoje em dia em duas versões: Zen (R$ 95.990) e Iconic (R$ 107.790). As duas usam o mesmo conjunto mecânico, formado pelo motor 1.6 SCe com 118 cv e 15,91 kgf.m de torque de. O câmbio é automático do tipo CVT.
4. Renault Kwid Outsider
A versão Outsider do Renault Kwid é uma dessas opções aventureiras que ainda resistem. Nessa configuração, que se posiciona como a mais cara do modelo (custa R$ 71.990), o compacto agrega elementos estéticos como barras longitudinais no teto e moldura lateral em plástico fosco.
O motor é o mesmo das demais versões: 1.0 SCe, aspirado, de 71 cv e 10 kgf.m de torque.
5. JAC eJS1
O subcompacto elétrico da JAC eJS1 é o modelo mais recente a entrar para a lista dos aventureiros. Lançado por aqui no ano passado, o elétrico conta com uma versão conhecida pela sigla EXT (de Extreme) que adota visual exclusivo, suspensão elevada, rodas e pneus diferentes.
A mecânica fica a cargo de um motor elétrico de 62 cv e 15, 3 kgf.m de torque. O modelo é vendido por R$ 179.990 e tem autonomia de baterias para superar os 300 km.
6. Taycan Cross Turismo
O Taycan Cross Turismo é o integrante mais caro dessa lista que segue a cartilha dos aventureiros tradicionais. O esportivo elétrico com pegada off-road tem molduras pretas nas caixas de roda, mas adota suspensão a ar 3 cm mais alta em relação à versão tradicional.
Além disso, há outros adereços e acabamentos internos. Sob o capô, a perua alemã tem dois motores elétricos, que juntos geram 380 cv e 51 kgf.m de torque - isso na versão da entrada, já que existem configurações mais nervosas.
As baterias garantem pelo menos 260 km de autonomia, mas também pode ser mais. O preço cobrado pela variante mais barata é de R$ 699 mil.