Todo mundo está espantado com a velocidade da evolução dos carros chineses dentro da indústria automobilística. Em menos de duas décadas, eles partiram de modelos sem sal e genéricos para uma gama completa de opções, que inclui automóveis bonitos, luxuosíssimos e lotados de tecnologia.
Mas como tudo na indústria, essa evolução teve apoio e troca intensa de tecnologias - de maneira voluntária e involuntária - com fabricantes globais de automóveis e autopeças. Um exemplo disso é o fato de muitos carros chineses terem sido comercializados com motores... japoneses. Da Mitsubishi.
Sim. A marca japonesa dos três diamantes contribuiu de maneira ativa para a motorização dos carros chineses e chegou a ter sociedade com duas empresas locais - Shenyang Aerospace e Harbin Dongan Automotive - apenas para a produção de motores, que eram vendidos para quem quisesse comprar. A primeira dessas joint-ventures, aliás, foi aberta no final dos anos 1990.
Era um jogo de ganha-ganha. Afinal, os japoneses ganhavam milhões de dólares com licenças para a produção dos motores e os chineses tinham à sua disposição componentes de projeto relativamente modernos, por uma fração do custo - e do tempo - necessários para projetar motores do zero.
Essa combinação de carro chinês e motor japonês foi bem comum até a década passada e chegou inclusive ao Brasil, já que modelos como o Geely EC7 e eram equipados justamente com um conjunto de origem Mitsubishi, embora "Made in China".
Em pouco tempo, os chineses começaram a criar variações baseadas nesses motores japoneses e, depois disso, saltaram para os próprios propulsores a combustão e a bateria.
E foi justamente essa mudança de foco para carros elétricos que fez cair a dependência deles pelos propulsores de origem estrangeira.
Apesar disso, ainda é possível encontrar esse DNA em alguns produtos chineses vendidos por aqui. Um exemplo é o Ford Territory, cujo motor 1.5 turbo - apesar de bastante modificado - partiu do projeto básico do conjunto 4G15 da marca japonesa.
Outro é a Peugeot Landtrek, a prima da Fiat Titano que em alguns mercados latinos tem um motor 2.4 a gasolina. Também de origem Mitsubishi.
É claro que a Mitsubishi não foi a única fonte de motores das chinesas nos primórdios da indústria local. Houve quem comprasse propulsores de outras marcas japonesas ou se associasse a empresas europeias. É como diz o ditado: ninguém faz nada sozinho. Nem os chineses.
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