A Volkswagen se vangloriou bastante no ano passado pelo fato de o Nivus ser o primeiro projeto 100% brasileiro a ser também fabricado na Europa. No entanto, alguns carros, até da própria marca, já ganharam outros territórios antes, ainda que não tenham sido totalmente elaborados por aqui.
Separamos modelos que tiveram versões produzidas em nosso país exclusivamente para exportação. Dentro da própria Volkswagen, o T-Cross é exportado para a América do Sul e para o continente africano com motor 1.6 e câmbio automático - versão que não existe por aqui.
Mas isso não é exclusividade da empresa alemã. Veja alguns modelos que foram feitos por aqui apenas para serem vendidos fora do país. Confira!
A Chevrolet nunca vendeu o Astra com motor 2.4 de 150 cv e 23,2 kgf.m no Brasil, mas o fabricava aqui para exportação para Argentina e México. Curiosamente, esse motor foi aparecer em nosso mercado só na terceira geração nacional do Vectra.
Ainda na Chevrolet, a atual Montana sempre foi vendida para os argentinos com motor 1.8 no lugar do 1.4 - o modelo se mantém aqui, até hoje, apenas com o motor menor. Além disso, para a África do Sul, a picape passava a se chamar Utility e ostentava até um motor turbodiesel.
A prova de que fazer no Brasil e exportar é algo muito antigo está no Fiat 147. Vendido para a Itália como 127, o compacto usava motor 1.3 diesel (menor motor a diesel do mundo naquela época). Curiosamente, havia uma configuração batizada de Rustica, que recebia incrementos aventureiros pelas mãos da, veja só, Lamborghini.
Mesmo com uma geração totalmente nova, precisamos lembrar da Strada de geração anterior, que já foi exportada para a Itália com motores 1.3 e 1.9 a diesel. A contar com o sucesso que o modelo lançado no ano passado fez em fóruns gringos, talvez a Fiat retome a ideia de exportação com diferenças em equipamentos.
Olha que loucura: o EcoSport já foi exportado com motor 1.4 diesel da Peugeot para a Argentina. A última geração do utilitário esportivo da Ford manteve essa exportação, mas trocou a unidade da marca francesa por um 1.5 turbodiesel feito em casa!
O modelo que inaugurou o segmento de picapes médio-compactas só usa tração dianteira no Brasil. No entanto, para fora do país, a Renault fabrica no Paraná uma configuração 4x4 com o motor 2.0 - conjunto que equipava a antiga geração do Duster.
O sedã da Renault era exportado para o México em 2008 com outra identidade: Nissan Aprio. E ao contrário do modelo nacional de primeira geração, o motor já tinha 16V e podia ser conectado a um câmbio automático.
Rebatizado de Fox (?), o Voyage e a Parati sofreram diversas alterações para chegar aos Estados Unidos e Canadá durante os anos 1980 e 1990. Entre as mudanças, mais itens de segurança e melhorias no motor para reduzir emissões de poluentes.
O hatch talvez tenha a situação mais curiosa: era feito em fábricas diferentes. Enquanto o nacional era produzido em São José dos Pinhais (PR), o exportado saía das linhas de São Bernardo do Campo (SP). Os motores eram o 1.4 turbodiesel e a gasolina, que depois viraria flex na falecida Kombi.