Durante um evento promovido pela Nissan do Brasil, especialistas se reuniram para discutir como a tecnologia e a inteligência artificial vão transformar o setor automotivo e qual será o futuro dos carros nos próximos anos.
Essa conversa contou com a participação de Gonzalo Ibarzábal, presidente da Nissan do Brasil, Lara Guedes, head das indústrias de Autos e Entretenimento do Google Brasil, Daniela Klaiman, futurista e CEO da FutureFuture, e Rogério Louro, diretor de Comunicação da Nissan do Brasil.
O objetivo da conversa foi explorar as tendências que estão moldando os carros do futuro, desde eletrificação e conectividade até experiências personalizadas e segurança aprimorada.
Hoje, já estamos convivendo com carros que oferecem tecnologias de assistência ao motorista bastante avançadas, mesmo que ainda não sejam totalmente autônomos.
Muitos veículos no Brasil já vêm equipados com ADAS nível 2, que inclui recursos como frenagem autônoma de emergência, alerta de mudança de faixa, alerta de colisão frontal, controle de cruzeiro adaptativo e monitoramento de ponto cego.
Essas tecnologias ajudam a reduzir acidentes e tornam a condução mais segura, mas ainda dependem da atenção constante do motorista.
Em outros locais, mas de forma bem controlada, há carros autônomos circulando em fases de testes, mas ainda é um serviço limitado.
O futuro, porém, promete ir muito além: é a inteligência artificial capaz de ler emoções, entender comportamentos e antecipar necessidades de quem está ao volante. E é justamente nesse cenário que podemos começar a imaginar como será dirigir daqui a alguns anos.
Imagine entrar no carro depois de um dia longo e estressante. Você se senta, liga o motor e, sem perceber, o veículo já começa a perceber como você está.
O tom da sua voz, a expressão do seu rosto, até os pequenos gestos das mãos são interpretados por câmeras e sensores inteligentes. De repente, ele ajusta a temperatura, escolhe uma playlist que combina com seu humor e, se perceber sinais de cansaço ou que você consumiu álcool, simplesmente não deixa o carro sair da garagem.
Parece cena de ficção científica, mas para especialistas como Daniela Klaiman, esse é o próximo passo da segurança automotiva.
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Não é só proteção: é companhia. Para Lara Guedes, o carro se transforma em uma “pessoa a mais” na cabine, pronta para conversar, entender e até antecipar suas necessidades.
Precisa fazer uma ligação, encontrar um endereço ou até pedir uma pausa? Ele sugere, acompanha e ajusta a experiência para você não se estressar no trânsito. É tecnologia que não apenas responde, mas sente e age.
Enquanto isso, Gonzalo Ibarzábal lembra que o futuro do automóvel não se resume à tela ou ao digital. O consumidor moderno quer o melhor dos dois mundos: a praticidade do online e a experiência do físico, a atenção do vendedor na concessionária e a conexão com o carro que dirige.
Imagine fazer um test drive e, ao mesmo tempo, o veículo ajudá-lo a descobrir exatamente o que você precisa, quase como um co-piloto emocional.
E quanto à autonomia total? Ainda estamos longe. Mesmo em países tecnologicamente avançados, como a China, os carros autônomos estão em fase beta. Eles funcionarão plenamente quando todos os veículos e sistemas se conectarem, permitindo que máquinas conversem entre si e evitem acidentes sem depender apenas da conduta humana.
O que essas tendências mostram é que o futuro da mobilidade não é apenas elétrico ou digital: é humano, emocional e conectado.
Veículos que leem seu estado emocional, entendem seu comportamento e cuidam de você estão no horizonte, transformando a experiência de dirigir em algo seguro, inteligente e quase… empático. E, se você fechar os olhos por um instante, consegue imaginar o carro ajustando tudo para você, tornando cada viagem mais leve, segura e até prazerosa.
No final, a grande questão é: quando o carro sentir o que você sente, será você quem estará dirigindo ou será ele quem estará cuidando de você?



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