O mercado argentino de automóveis é bem menor que o brasileiro. Em todo o ano passado, foram vendidas por lá pouco mais de 350 mil unidades, enquanto aqui a soma passou dos 2 milhões de carros de passeio e comerciais leves. Apesar disso, os "hermanos" têm à disposição alguns modelos capazes de fazer inveja aos motoristas brasileiros.
De esportivos a picapes exclusivas, os showrooms das concessionárias e lojas por lá são, muitas vezes, bem mais interessantes que os nossos. Mostramos aqui alguns exemplos de automóveis e picapes super bacanas que podem ser comprados por lá, mas que - pelo menos por enquanto - não são vendidos por aqui.
O compacto da Fiat, que aqui aparece apenas em sua versão elétrica 500e, na Argentina agrada bastante a quem gosta de desempenho. O modelo é vendido para os "hermanos" também na furiosa versão Abarth, com motor 1.4 turbo, capaz de render 165 cv de potência e 23,4 kgf.m de torque em média rotação (2.500 rpm). O câmbio é manual de cinco marchas.
Com esse conjunto, que é praticamente o mesmo usado no 500 Abarth vendido por aqui nos idos de 2015, o modelo acelera da imobilidade até os 100 km/h em apenas 7,3 segundos. Uma pulga atômica!
A fama negativa criada pelo Veloster aqui no Brasil não é realidade na Argentina. No país vizinho, o modelo pode assumir o posto de esportivo de fato, já que tem uma versão mais apimentada que realmente agrada pelo desempenho.
Trata-se da versão N do hatchback de três portas, que é equipada com um motor turbo a gasolina Theta II 2.0 T-GDi, capaz de entregar 250 cv de potência a 6.600 rpm e torque de 36 kgf.m na faixa entre 1.150 e 4.000 rpm. O propulsor é associado a um câmbio manual de seis marchas e o carro ainda tem suspensão com controle eletrônico de três níveis.
Além disso, o modelo está equipado com elementos como spoiler traseiro ajustável, controle de largada, dupla saída de escape e outros itens que o deixam ainda mais interessante. Bem distante do mal falado Veloster vendido por aqui, que de esportivo não tinha muita coisa.
Esperada por aqui só em 2023, a F-150 é realidade no mercado argentino há bastante tempo e por lá eles não só tem a grandalhona em versões tradicionais, como também em seu traje mais casca grossa.
Pois é, a grama dos argentinos é muito, mas muito verde mesmo, e eles podem passar por cima dela com a versão Raptor da picape grande. A configuração tem motor V6 3.6 litros turbo diesel com 456 cv de potência e 70,4 kgf.m de torque bruto entregues às quatro rodas. O controle dessa força é feito por um câmbio automático de 10 marchas, o mesmo usado no Mustang. Uau!
A F-150 Raptor chama atenção ainda pelo visual agressivo e também pela proposta parruda, que entrega um conjunto de suspensão digno dos modelos usados em competições de Rally: o sistema independente nas quatro rodas usado pela picape é assinado pela Fox Racing.
Me lembro de escolher um Lotus para jogar no Gran Turismo 2, na época do Playstation 1, e ficar me imaginando comprando um na vida real. Não me conformo dos argentinos poderem ver os modelos da marca inglesa rodando pelas ruas de lá, enquanto aqui é só no joguinho, mesmo. Pensados para os amantes das quatro rodas, os modelos chamam atenção pela proposta de diversão ao volante.
Um dos modelos vendidos por lá é o Elise 250 Cup. O esportivo inglês é equipado com motor central 1.8 aspirado de quatro cilindros e duplo comando de válvulas, capaz de render até 243 cv e 25,4 kgf.m de torque em baixas rotações. Como era de se esperar, o conjunto motriz vai associado a um câmbio manual de seis marchas, com relação esportiva e grelha aberta.
O Elise 250 prova a boa receita mecânica na aceleração de zero a 100 km/h, que é feita em 4,3 segundos. Algo de dar inveja nos amantes dos bons carros no lado de cá da fronteira.



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