Chevrolet Equinox 2025: primeiras impressões

O SUV médio da marca da gravata estreia no Brasil em nova e mais ousada geração. Mas será que revolucionou?

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Evandro Enoshita
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Menos de um ano depois do lançamento na gringa, a Chevrolet lança por aqui a quarta geração do SUV Equinox.

Aquele SUV de visual bem família da geração anterior deu lugar a um carro novo desde a plataforma, com linhas mais arrojadas e interior que espelha os SUVs elétricos da marca.

É só bater o olho no Chevrolet Equinox para perceber que o SUV da marca da gravata mudou bastante. Mas será que recalculou totalmente a sua trajetória? Confira a seguir.

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O Equinox trocou o visual familiar por uma carroceria de linhas mais arrojadas
Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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Chevrolet Equinox 2025: primeiras impressões

Agora com cara de mau

Quem olha para o Equinox de quarta geração não imagina que esse cara aqui seja da mesma família do seu antecessor.

Também pudera. Aquele SUV de visual comportado e familiar, com linhas típicas dos Chevrolet dos anos 2010, deu lugar a um carro de linhas bem mais agressivas, dentro da identidade de estilo atual dos utilitários esportivos da marca.

Eu, particularmente, gosto mais do visual do "antigo" Equinox. Mas levando em consideração que um SUV precisa ser sinônimo de robustez, diria que a Chevrolet acertou mais no desenho desse carro novo.

Além da carroceria mais agressiva, o modelo estreia uma plataforma nova, chamada VSS-S, que é uma evolução da base usada no Equinox de terceira geração.

A Activ é a variação aventureira da linha, com rodas de 19 polegadas e pneus borrachudos
Crédito: Divulgação
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Apesar dessas alterações de peso na carroceria, a Chevrolet quase não mexeu nas dimensões do modelo, que mede 4,66 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,71 m de altura e 2,73 m no entre-eixos.  Já o porta-malas tem 469 litros de capacidade. Uma boa área de carga para um SUV de porte médio.

Agora falando da gama de versões, a Chevrolet traz esse Equinox 2025 em duas variações: a RS, de visual esportivo, e a Activ, com pegada aventureira.

Ambas se diferenciam pela lista de equipamentos, detalhes de acabamento externo e interno e rodas, que são de 20 polegadas na RS e de 19 polegadas na Activ. Mas ambos custam os mesmos R$ 267 mil. Ou seja: tudo se resume a uma questão de gosto.

Já a RS tem pegada mais esportiva, com rodas de 20 polegadas e pneus de perfil mais baixo
Crédito: Divulgação
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Pode copiar, mas não faz igual

E na cabine do Equinox, o clima é de "adeus 2010, olá 2025". Sai aquele painel convencional e entra um conjunto todo novo, com linhas futuristas e telas flutuantes e de alta resolução para o quadro de instrumentos e a multimídia.

Fica aquela sensação de já ter visto esse visual antes, já que o painel desse novo Equinox é praticamente idêntico aos dos SUVs elétricos Blazer EV e Equinox EV.

Mas, no geral, o resultado ficou bem bacana na Activ - que combina forrações em preto e caramelo - e razoável na RS, que é rubro-negro. Uma boa para quem é flamenguista, mas eu acho que a Chevrolet exagerou nos detalhes em vermelho.

Com forrações em preto e caramelo, o interior da versão Activ me agradou mais
Crédito: Divulgação
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Outro ponto que me incomodou foi a quantidade de botões. Apesar de amar comandos físicos, a Chevrolet pesou a mão. Só no painel de climatização, são 18 interruptores, que comandam o ar-condicionado e a ventilação ou aquecimento dos bancos.

Um arranjo que não é muito intuitivo. E mesmo com esse montão de botões no painel, a Chevrolet decidiu passar alguns comandos importantes para a multimídia.

Já a forração do Equinox RS bem que poderia ter menos detalhes em vermelho
Crédito: Divulgação
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Por exemplo: quem quiser mexer nos faróis terá que obrigatoriamente acessar a tela central. O mesmo vale para quem precisar zerar o computador de bordo ou desativar o assistente de manutenção em faixa. Confesso que, nesse ponto, fiquei com saudades do antigo Equinox.

Mas vamos falar de coisa boa, que o Equinox herdou da geração passada: o ótimo espaço interno. A cabine do SUV é bem ampla para um modelo de porte médio. Sobra espaço no banco traseiro e no banco dianteiro.

O conforto e o espaço interno são pontos fortes do SUV médio da Chevrolet
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Equipamentos

Nas duas versões, o Chevrolet Equinox tem uma lista de equipamentos bem recheada. Tem ar-condicionado de duas zonas, carregador de celular por indução, chave presencial, bancos com ajustes elétricos e memória para o assento do motorista, ventilação e aquecimento, teto panorâmico, painel digital de 11 polegadas, multimídia com tela de 11,3 polegadas e wi-fi nativo OnStar 5G.

Já o pacote tecnológico e de segurança tem seis airbags, seletor de modos de condução, faróis de LED com acionamento automático, sensor de chuva, controlador adaptativo de velocidade, monitor de pontos cegos, frenagem autônoma e assistente de manutenção em faixa.

Tá. Mas o que o Activ tem a mais que o RS? A lista inclui o interior com acabamento caramelo, câmera 360°, retrovisor interno eletrocrômico com modo vídeo e o alerta traseiro de detecção de pedestres.

A multimídia com tela de 11,3 polegadas é cheia de recursos e concentra funções importantes do carro
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O mesmo motor, porém mais potente

O Equinox é equipado com um motor 1.5 turbo a gasolina, de quatro cilindros e injeção direta, com 177 cv de potência e 28 kgf.m de torque.

É o mesmo propulsor da geração passada, porém com um ligeiro aumento de potência e torque - resultados de uma nova calibração.

Por outro lado, o câmbio é novo: um automático de oito marchas no lugar da caixa de seis marchas. Em ambas as versões, a tração é integral.

Esse motor recalibrado permite que o Equinox acelere de zero a 100 km/h em 9,3 segundos. No consumo, números praticamente idênticos aos do antigo: 9 km/l (estrada) e 10,7 km/l (estrada).

Esse é o seletor de marchas do Equinox 2025: uma alavanca no estilo dos Mercedes-Benz
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Ao volante do Equinox 2025

Pude rodar com o modelo em um trajeto de ida e volta entre a capital paulista e Campos do Jordão (SP). Cerca de 400 quilômetros como motorista e passageiro.

Sento no banco do motorista e não demoro para achar uma posição adequada para guiar. Além do ajuste de altura do assento e do cinto de segurança, ainda há a opção do acerto de altura e profundidade da coluna de direção. Itens padrão para um SUV médio.

As telas de alta resolução para o quadro de instrumentos e para a multimídia impressionam pelo visual. Mas a quantidade de botões, combinada às mudanças de posição em comandos básicos, realmente fazem com que o motorista leve mais tempo que o normal para se adaptar ao carro.

O seletor de câmbio convencional foi trocado por uma alavanca na coluna de direção -  próxima da mão direita do condutor e no mesmo estilo usado nos Mercedes-Benz -, enquanto os comandos dos limpadores foram transferidos para a chave de seta, na esquerda.

O motor 1.5 turbo não entrega desempenho explosivo e o novo câmbio automático de oito marchas não chega a impressionar pelas trocas rápidas de marcha. Mas esse conjunto está muito longe de decepcionar pelo desempenho, que é mais do que suficiente para a proposta familiar do modelo.

Mesmo com todas as mudanças no visual, o SUV médio da Chevrolet ainda se comporta na rodagem de maneira bem parecida com o antecessor. O ponto forte do Equinox é o conforto.

Tem suspensão macia e um ótimo isolamento acústico. E mesmo inclinando de maneira considerável em curvas mais rápidas, é muito seguro e previsível de guiar. Mérito da tração integral.

O Equinox 2025 mudou muito, mas sem perder as qualidades presentes no antecessor
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Vale a pena levar um Equinox 2025?

O Chevrolet Equinox 2025 evoluiu na comparação com a geração passada. Ganhou um visual mais agressivo, uma cabine com linhas mais atuais e está bem equipado em todas as suas versões.

Por outro lado, as mudanças não chegam a ser uma revolução. O que não é necessariamente uma má notícia, porque esse novo Equinox preservou várias das qualidades do seu antecessor. Se você já é dono de um Equinox e está feliz, então não pense duas vezes para levar o carro novo. 

Mas olhando os concorrentes na mesma faixa de preços, o SUV da Chevrolet terá um páreo duro pela frente, já que vai brigar com o sete lugares Jeep Commander Overland T270 (R$ 269.990) e está mais caro que o também SUV médio, porém híbrido plug-in, GWM Haval PHEV19 (R$ 241 mil).

E você? Qual seria a sua escolha?

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