A Chevrolet se prepara para lançar no Brasil o Spark EUV, um SUV elétrico que é, basicamente, o chinês Baojun Yep Plus com o logo da gravata na grade. Mas essa não é a primeira vez que a marca americana vai oferecer por aqui um utilitário esportivo asiático rebatizado. O pioneiro foi o Tracker, de 2001.
Esse Chevrolet Tracker pioneiro era, basicamente, o Suzuki Grand Vitara de segunda geração com leves mudanças estéticas. Além - obviamente - do logotipo da gravata e um novo nome.
O curioso é que, até 2003, esse Chevrolet só no logotipo conviveu no mercado brasileiro com o "original" Grand Vitara. Esquisito, não!?
Essa combinação de marcas e modelos só era possível porque a General Motors tinha uma participação acionária significativa na Suzuki. Inclusive, por conta disso, o brasileiro Chevrolet Celta foi vendido na Argentina com o nome de Suzuki Fun.
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O motor do Tracker no lançamento era um 2.0 turbo-diesel de 87 cv de potência, fornecido pela Mazda, combinado com um câmbio manual de cinco marchas e tração 4x4. Já no ano seguinte, esse propulsor foi trocado por um novo 2.0 diesel mais potente, fornecido pela Peugeot: tinha 108 cv.
O Tracker pioneiro exibia porte semelhante ao do Ford EcoSport de primeira geração, que foi lançado em 2003. Mas tinha proposta diferente. Com chassi convencional, motor diesel e tração 4x4, era mais caro e mais "jipe" que SUV.
Nessa primeira fase, o Tracker não "emplacou" e permaneceu no mercado brasileiro até 2004, quando a filial local da Chevrolet resolveu descontinuar o modelo por aqui.
No final de 2006, como linha 2007, a Chevrolet decidiu dar uma nova chance ao Tracker no Brasil. O visual ainda era praticamente o mesmo do carro de 2001 e já estava defasado em relação ao do Suzuki Grand Vitara.
Mas havia uma importante mudança debaixo do capô. Nesse retorno, a Chevrolet optou por abandonar o motor turbo-diesel e passou a oferecer o Tracker apenas com um motor 2.0 16V a gasolina, de origem Suzuki, que desenvolvia 128 cv de potência.
Reposicionado, o "jipinho" voltava ao Brasil para brigar com o Ford EcoSport 4x4 e o Mitsubishi Pajero TR4. Apesar das qualidades e da mudança de motorização, o Tracker não chegou a se tornar um best-seller por aqui mesmo nessa segunda fase.
Em 2007, fora emplacadas 6.599 unidades do modelo, número que subiu para 8.738 licenciamentos no ano seguinte. Volumes significativos para o mercado de SUVs da época. Mas bem abaixo do EcoSport, que somou 47.025 e 44.168 emplacamentos nos mesmos períodos.
No início de 2009, com o fim da montagem do Tracker na Argentina, a Chevrolet decretou o fim de linha do modelo no mercado brasileiro.
O nome Tracker só voltou a ser usado no Brasil em 2013, em um SUV compacto importado do México. Mas essa é outra história.
Esse Tracker pioneiro pode não ter feito tanto sucesso quando era novo. Mas foi na terceira idade que esse Suzuki com logo da Chevrolet ganhou um público bem fiel, que curte a mistura do conforto de SUV compacto com a robustez de um 4x4 raiz.
Mais raros e difíceis de manter, os Tracker com motor turbo-diesel são encontrados aqui na Webmotors com preços acima dos R$ 45 mil.
Já os exemplares equipados com o motor 2.0 a gasolina são mais numerosos e estão disponíveis em uma faixa mais ampla de preços. Em uma busca rápida aqui na Webmotors, encontramos exemplares com preços entre R$ 35 mil e R$ 55 mil.



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