Cinco carros esquecidos que não fizeram sucesso

Fizemos uma seleção com modelos chineses que foram vendidos no Brasil, mas que não emplacaram como a fabricante desejava

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André Deliberato
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A equipe do WM1 discutiu, debateu e chegou a uma conclusão: existem carros que foram lançados por aqui que não fizeram sucesso e acabaram caindo no esquecimento.

A - normalmente - rápida passagem desses modelos pelo mercado é explicada justamente pelas características de cada um: eram veículos não tão acertados e em sua maioria feitos para outros tipos de mercados, portanto não tão alinhado para o exigente gosto do consumidor brasileiro.

Confira quais são eles e algumas ofertas desses próprios automóveis disponíveis na Webmotors. Lembra de algum outro? Deixe no campo de comentários!

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Quais são os carros esquecidos?

1. Lifan 320

Esse era uma cópia descarada do Mini Cooper feita pela Lifan. A cara de pau da marca chinesa era tanta que no Salão do Automóvel de São Paulo de 2010 eles chamaram um ator vestido de "Mr. Bean" - dono de um legítimo Mini dos anos 1960 no seriado - para representar o surgimento do clone.

Fez um relativo sucesso por conta do design, mas durou pouco. Chegou na metade de 2010 custando R$ 29.900 e saiu de linha em 2012, tendo vendido aproximadamente 3 mil unidades.

Era desacertado dinamicamente, tinha câmbio duvidoso e motor barulhento. Mas tinha estilo, e isso não dá para negar. Existem quatro unidades à venda nos classificados da Webmotors.

Lifan 320 era cópia "barata" do Mini Cooper, mas foi esquecido e a marca saiu do Brasil
Crédito: Divulgação
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2. Effa M100

Outro carro da mesma joint-venture (para quem não lembra, a Effa e a Lifan se uniram no Brasil no começo da década passada) era o M100, um monovolume vendido por aqui entre 2010 e 2012.

O M100 era ainda mais inseguro que o Lifan 320. Em um teste feito pela Quatro Rodas, a maior revista especializada do Brasil, o modelo chegou a ficar sobre duas rodas durante um "teste do Alce".

Não fez sucesso, foi esquecido e depois foi embora, sem deixar saudades. Quer a prova? Não existe Effa M100 à venda no catálogo Webmotors em qualquer região do Brasil.

Effa M100 era perigoso de guiar e não fez sucesso justamente porque não passava confiança
Crédito: Divulgação
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3. Geely GC2

Conhecido como "Panda" - pela face frontal com faróis que imitavam o focinho do urso chinês -, o pequenino até vendeu algumas unidades por aqui na rápida investida que o Grupo fez como marca independente, em 2014.

O preço era igual ao do Lifan 320: R$ 29.900. Dois anos depois, em 2016, a marca encerrou operações. A empresa chegou a ter uma rede com quase 20 lojas, mas emplacou menos de 300 unidades do modelo - que, até agora, é o melhor entre os três já citados pela lista.

Na Webmotors, existe apenas uma unidade à venda de um Geely GC2, usado e aparentemente em bom estado, em Osório (RS), por R$ 25.900. A oferta diz que o carro tem 105 mil quilômetros e vem "completo".

Visual fofinho do GC2 não alavancou as vendas e a Geely foi uma das marcas que abandonaram o Brasil
Crédito: Divulgação
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4. Lifan 620

Outro carro de projeto questionável era o sedã 620, lançado na mesma época que o 320, em 2010. Foi este repórter que vos escreve, aliás, o primeiro jornalista a descobrir a loja piloto da Lifan no Brasil, que ficava perto da estação Palmeiras-Barra Funda, e a testar a dupla - na ocasião, para a revista Car and Driver Brasil.

O 620 era melhor e mais caro que o 320, mas esse não é o ponto. O fato é que naquela época as marcas chinesas ainda não sabiam fazer carros como acontece hoje em dia. Fornecedores, peças e estruturas eram diferentes e não foram bem aceitas ou quistas pelo consumidor brasileiro.

Vendeu menos que a cópia do Mini Cooper. Tanto que não existe oferta do sedã - que era baseado na nona geração do Toyota Corolla, que por aqui ficou conhecida como "Brad Pitt" - na Webmotors. Há somente anúncios do Lifan 530, sedã que veio depois do 620 e fez um pouco mais de sucesso.

Lifan 620 vendeu tão pouco que é difícil achar unidades disponíveis à venda no mercado de usados
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5. Chery S-18

Esse é um caso curioso, de uma época em que a Chery ainda nem era ligada à Caoa. No começo da década passada a marca tentou trazer um subcompacto que havia nascido para ser o substituto oficial do QQ, mas que por outros pormenores acabou convivendo com o irmão, posicionado entre o QQ (que era menor e mais barato) e o Face - que também era compacto, mas mais "altinho".

Esse era o Chery S-18. Existem sete unidades dele disponíveis na Webmotors. Ele chegou ao país em janeiro de 2012 com motor flex - o primeiro entre os modelos chineses - por iniciais R$ 31.990.

O problema foi que durante testes das revistas Car and Driver Brasil e Quatro Rodas, ocorreu uma situação alarmante: o pedal do freio entortou.

A partir disso a marca suspendeu as importações e fez uma espécie de recall "discreto": trocou os pedais dos carros que ainda estavam nas lojas e chamou de forma silenciosa os clientes que haviam comprado o compacto - para fazer o mesmo.

Dois anos depois, em 2014, a marca decretou seu fim, ao lado de outro carro que havia sido lançado por aqui chamado Cielo. Depois disso, a marca se reinventou, se uniu ao Grupo Caoa e hoje vende bons SUVs em território nacional.

Chery S-18 teve menos de dois anos de vida no Brasil e emplacou apenas pouco mais de 1.500 unidades
Crédito: Divulgação
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Tags:Carros
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