A equipe do WM1 discutiu, debateu e chegou a uma conclusão: existem carros que foram lançados por aqui que não fizeram sucesso e acabaram caindo no esquecimento.
A - normalmente - rápida passagem desses modelos pelo mercado é explicada justamente pelas características de cada um: eram veículos não tão acertados e em sua maioria feitos para outros tipos de mercados, portanto não tão alinhado para o exigente gosto do consumidor brasileiro.
Confira quais são eles e algumas ofertas desses próprios automóveis disponíveis na Webmotors. Lembra de algum outro? Deixe no campo de comentários!
Esse era uma cópia descarada do Mini Cooper feita pela Lifan. A cara de pau da marca chinesa era tanta que no Salão do Automóvel de São Paulo de 2010 eles chamaram um ator vestido de "Mr. Bean" - dono de um legítimo Mini dos anos 1960 no seriado - para representar o surgimento do clone.
Fez um relativo sucesso por conta do design, mas durou pouco. Chegou na metade de 2010 custando R$ 29.900 e saiu de linha em 2012, tendo vendido aproximadamente 3 mil unidades.
Era desacertado dinamicamente, tinha câmbio duvidoso e motor barulhento. Mas tinha estilo, e isso não dá para negar. Existem quatro unidades à venda nos classificados da Webmotors.
Outro carro da mesma joint-venture (para quem não lembra, a Effa e a Lifan se uniram no Brasil no começo da década passada) era o M100, um monovolume vendido por aqui entre 2010 e 2012.
O M100 era ainda mais inseguro que o Lifan 320. Em um teste feito pela Quatro Rodas, a maior revista especializada do Brasil, o modelo chegou a ficar sobre duas rodas durante um "teste do Alce".
Não fez sucesso, foi esquecido e depois foi embora, sem deixar saudades. Quer a prova? Não existe Effa M100 à venda no catálogo Webmotors em qualquer região do Brasil.
Conhecido como "Panda" - pela face frontal com faróis que imitavam o focinho do urso chinês -, o pequenino até vendeu algumas unidades por aqui na rápida investida que o Grupo fez como marca independente, em 2014.
O preço era igual ao do Lifan 320: R$ 29.900. Dois anos depois, em 2016, a marca encerrou operações. A empresa chegou a ter uma rede com quase 20 lojas, mas emplacou menos de 300 unidades do modelo - que, até agora, é o melhor entre os três já citados pela lista.
Na Webmotors, existe apenas uma unidade à venda de um Geely GC2, usado e aparentemente em bom estado, em Osório (RS), por R$ 25.900. A oferta diz que o carro tem 105 mil quilômetros e vem "completo".
Outro carro de projeto questionável era o sedã 620, lançado na mesma época que o 320, em 2010. Foi este repórter que vos escreve, aliás, o primeiro jornalista a descobrir a loja piloto da Lifan no Brasil, que ficava perto da estação Palmeiras-Barra Funda, e a testar a dupla - na ocasião, para a revista Car and Driver Brasil.
O 620 era melhor e mais caro que o 320, mas esse não é o ponto. O fato é que naquela época as marcas chinesas ainda não sabiam fazer carros como acontece hoje em dia. Fornecedores, peças e estruturas eram diferentes e não foram bem aceitas ou quistas pelo consumidor brasileiro.
Vendeu menos que a cópia do Mini Cooper. Tanto que não existe oferta do sedã - que era baseado na nona geração do Toyota Corolla, que por aqui ficou conhecida como "Brad Pitt" - na Webmotors. Há somente anúncios do Lifan 530, sedã que veio depois do 620 e fez um pouco mais de sucesso.
Esse é um caso curioso, de uma época em que a Chery ainda nem era ligada à Caoa. No começo da década passada a marca tentou trazer um subcompacto que havia nascido para ser o substituto oficial do QQ, mas que por outros pormenores acabou convivendo com o irmão, posicionado entre o QQ (que era menor e mais barato) e o Face - que também era compacto, mas mais "altinho".
Esse era o Chery S-18. Existem sete unidades dele disponíveis na Webmotors. Ele chegou ao país em janeiro de 2012 com motor flex - o primeiro entre os modelos chineses - por iniciais R$ 31.990.
O problema foi que durante testes das revistas Car and Driver Brasil e Quatro Rodas, ocorreu uma situação alarmante: o pedal do freio entortou.
A partir disso a marca suspendeu as importações e fez uma espécie de recall "discreto": trocou os pedais dos carros que ainda estavam nas lojas e chamou de forma silenciosa os clientes que haviam comprado o compacto - para fazer o mesmo.
Dois anos depois, em 2014, a marca decretou seu fim, ao lado de outro carro que havia sido lançado por aqui chamado Cielo. Depois disso, a marca se reinventou, se uniu ao Grupo Caoa e hoje vende bons SUVs em território nacional.



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