Ah, o tempo! Se você acha que 2011 "foi ontem", o tempo tem trabalhado com requintes de crueldade. E você nem notou. Uma década já se passou, e foi rapidinho. Já faz 10 anos, por exemplo, que William e Kate estão casados e que Velozes e Furiosos 5: Operação Rio estreou nos cinemas.
Muitos dias e horas também passaram para os automóveis. Vários carros daquela época, inclusive, já não estão entre nós. Outros ainda estão na área e já são veteranos de mercado. De olho na nostalgia, mas sem crueldade, listamos cinco carros que foram lançados em 2011. Lembra de mais algum modelo? Não se esqueça de dizer qual é nos comentários.
Hoje veterano, o Renault Duster chegou às concessionárias no último trimestre de 2011. À época, o SUV era oferecido em três opções distintas de acabamento e podia vir equipado com motor 1.6 de 115 cv e 15,1 kgf.m ou com propulsor 2.0 de 142 cv e 20,9 kgf.m.
A Renault começou a vender o Duster por aqui com o objetivo de ter um modelo para rivalizar com o Ford EcoSport, que reinava absoluto no segmento. Embora tenha perdido espaço por conta da chegada de novos concorrentes, o modelo ainda tem o seu grupo de fãs. Em 2020, o Duster foi o nono SUV mais vendido do país, com 19.476 licenciamentos.
O Nissan March foi lançado em setembro de 2011. À época, a marca japonesa se mostrava entusiasmada com o potencial de vendas do hatch no mercado brasileiro e chegou a afirmar que, com ele, passaria para a "primeira divisão" de montadoras no país.
O March, contudo, acabou não sendo o divisor de águas que a Nissan esperava que fosse. Com preços a partir de R$ 35.890 no ano do lançamento, o modelo encareceu rapidamente. Além disso, também "envelheceu" rápido demais e passou por uma única reestilização em 2014.
Com estratégia voltada para os SUVs, a Nissan resolveu tirar o hatch de campo no fim do ano passado, quando o modelo deixou de ser produzido. Em 2020, praticamente no telhado, o March teve apenas 3.232 unidades emplacadas.
O Renault Fluence foi, podemos dizer, jogado aos leões. Os pedidos pelo sedã médio começaram no fim de 2010, mas ele só começou a ser vendido em fevereiro do ano seguinte. Sua missão no mercado? Encarar Toyota Corolla, líder absoluto do segmento, Honda Civic e Kia Cerato.
Com preços na faixa dos R$ 60 mil na época do lançamento, o Fluence nunca chegou a incomodar os líderes. O sedã médio passou por uma atualização em 2014, mas deixou de ser comercializado em 2017. Naquele ano, o modelo teve tímidas 1.086 unidades emplacadas, contra 66.188 do Corolla - que representava 43,08% das vendas do segmento.
Lembra do Peugeot RCZ? É provável que não. Embora o cupê tivesse visual único para a época, passou longe de ser sucesso de público e crítica. Além do preço (R$ 139.900), o modelo francês não tinha motor que fazia jus aos seus anseios esportivos.
Importado da Áustria, o cupê vinha equipado com o mesmo 1.6 THP de versões do 308, recalibrado para entregar 165 cv de potência e 24,5 kgf.m de torque. Por isso, mesmo bonitão, não vingou. A Peugeot deixou de vender o modelo no Brasil em 2015.
O Audi A1 chegou no primeiro semestre de 2011 cheio de pompa e circunstância. Com tecnologia de modelos mais caros e de maior porte, como o A8, o hatch tinha preço sugerido de R$ 89.900 e o alvo eram os consumidores mais jovens - que, hoje, estão 10 aninhos mais velhos.
Conforme o mercado foi tomado por SUVs, modelos compactos premium como o A1 acabaram relegados a um nicho muito específico. Com isso, o hatch subiu no telhado no fim de 2018. De acordo com a própria Audi, o modelo se tornou "inviável" no país, quase que uma ovelhinha negra em seu portfólio. Uma pena.