Cinco esportivos que ficaram na promessa no Brasil

Relembramos modelos prometidos pelos fabricantes, mas que nunca foram vendidos oficialmente

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Guilherme Silva
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O mercado brasileiro de automóveis é um dos mais disputados - e doidos - do mundo. Já foi bem maior que o atual. Também já foi menor. Já teve carros que chegaram para ficar pouquíssimo tempo e sair de linha... E também já recebeu uma série de promessas - algumas delas cumpridas, outras não.

Carros esportivos são os que mais ficam nessa possibilidade. Vira e mexe são cogitados por aqui, algumas vezes são até criados em solo nacional, mas muitas vezes "sobem no telhado".
Abaixo, confira cinco exemplos de carros esportivos que foram prometidos para ser vendidos por aqui, porém ficaram só na promessa.

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Renault Mégane R.S.

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Renault Mégane RS 2014
Crédito: Divulgação
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Em 2013, a Renault tinha praticamente certeza de que conseguiria importar o Mégane R.S. de terceira geração no ano seguinte. No discurso oficial da empresa, por cuidado, a narrativa era de que o carro "estava em fase de estudos e dependia da aprovação do consumidor e da imprensa", basicamente, para que fosse lançado em nosso mercado com preço estimado em R$ 150 mil.

A marca francesa até apresentou o esportivo aos jornalistas especializados, que elogiaram o comportamento do carro e o desempenho do motor 2.0 turbo de 265 cv. No entanto, o dólar subiu, os planos da Renault caíram e o jeito foi apostar em uma solução caseira mais barata. Em 2015, a marca lançava o Sandero R.S., o primeiro carro preparado pela divisão esportiva fabricado fora da França.

Anos depois, o Mégane R.S. ganhou, na Europa, uma nova geração e uma série de atualizações que o deixaram mais rápido, refinado... e ainda mais distante do Brasil.

Toyota GT86

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Toyota GT86 2013
Crédito: Divulgação
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Outro modelo cogitado em 2013, o cupê desenvolvido pela Toyota em parceria com a Subaru chegou a ser apresentado à imprensa brasileira. O GT86 foi bastante elogiado pela dinâmica afiada, uma vez que o desempenho do motor boxer (cilindros opostos) de 200 cv era apenas satisfatório.

A marca japonesa estimou um preço na faixa dos R$ 140 mil, mas a variação cambial jogou o dólar nas alturas e inviabilizou a importação do divertido esportivo de tração traseira.

Hyundai Veloster Turbo

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Hyundai Veloster Turbo 2013
Crédito: Divulgação
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Após virar motivo de chacota pelas propagandas que anunciavam números de potência superiores aos 128 cv que o motor 1.6 aspirado realmente entregava, o Veloster ficou com o filme queimado em nosso mercado e deixou de ser importado. Para tentar reverter a situação, o Grupo Caoa (representante da marca sul=coreana no Brasil) cogitou vender a versão turbo do hatch.

O modelo chegou a ser mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2014. Dois anos depois, a Caoa até trouxe duas unidades para homologação, mas logo desistiu de comercializar o Veloster Turbo oficialmente. Uma pena, pois o motor 1.6 turbinado entrega 204 cv, potência suficiente para acelerar até os 100 km/h na casa dos 7 segundos.

Lobini H1

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Lobini H1
Crédito: Divulgação
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No finzinho dos anos 1990, os empresários José Orlando Lobo e Fábio Birolini (a combinação dos sobrenomes, como se pode ver, deu origem ao nome da marca Lobini) investiram US$ 2 milhões na recém-criada empresa. O objetivo: criar um esportivo totalmente nacional.

Depois de seis anos, em abril de 2005, surgia o H1 com projeto totalmente baseado em esportivos compactos britânicos, como os da Lotus. O Lobini durou alguns anos, mas a produção artesanal era limitadíssima por conta do alto preço do carro - cerca de R$ 160 mil, à época.

Ele tinha só 1.045 kg, tração traseira e usava o motor Volkswagen 1.8 turbo do antigo Golf GTi de quarta geração. O conjunto rendia 180 cv e 23 kgf.m de torque. 

Rossin-Bertin Vorax

Rossin Bertin Vorax
Crédito: André Deliberato/WM1
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No Salão do Automóvel de São Paulo de 2010 um superesportivo chamou bastante a atenção por ser denominado como "o primeiro superesportivo nacional". Surgia ali o Rossin-Bertin Vorax - o nome da marca vinha dos sobrenomes dos criadores, Fharys Rossin e Natalino Bertin Júnior.

À época, o Vorax rapidamente se tornou um fenômeno. Chamava muito a atenção pelo desenho futurista. Ele usava mecânica BMW (motor V10), chassi de alumínio, tinha 4,72 m de comprimento e 2,78 m de entre-eixos. Na época, prometia custar R$ 700 mil na versão cupê (ou R$ 1,4 milhão na configuração sem teto).

No mesmo salão os criadores afirmaram que o superesportivo já tinha 19 encomendas, algumas até internacionais. No fim das contas, ele acabou não saindo do papel e ficou só na promessa...

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