O mundo se transforma. Gostos mudam, preferências se renovam... E com o mercado de carros acontece a mesma coisa: hoje, a categoria de automóveis mais desejada no mundo é a de utilitários esportivos - vai dizer que você nunca ouviu de algum conhecido a frase "estou louco por um SUV"?
Com essa cobiça por utilitários, que já acontece há muitos anos, talvez décadas, muitas empresas do setor automotivo precisaram se transformar - e até mesmo fabricantes de carros esportivos tiveram que se render a esse segmento.
Quer a prova? Abaixo separamos cinco marcas que não tinham um SUV em seu portfólio e começaram a fazer. Algumas delas até se salvaram por causa disso. Lembra de outra? Deixe nos comentários!
O Cayenne e o Macan salvaram a Porsche. Se não fosse por essa dupla de SUVs - principalmente por causa do primeiro, na década retrasada - a marca possivelmente não teria resistido.
Hoje, é uma das empresas mais rentáveis do Grupo Volkswagen (depois que passou a fazer parte do conglomerado) e, no Brasil, é a empresa que curiosamente mais vendeu esportivos nos últimos anos.
Embora tenha criado um SUV nos anos 1980 - o estranho LM002 -, foi o Urus que alavancou o nome da Lamborghini nos últimos anos. E isso foi no final da década passada.
A marca italiana - que vendia somente esportivos com motores V10 ou V12 e era praticamente subsidiada pelo Grupo VW - hoje dá lucro com seu mais novo fenômeno de vendas: o SUV Urus, que tem fila de espera em muitos mercados no mundo.
Até a tradicional marca de Maranello, a scuderia italiana da Ferrari, teve que se render ao movimento. Isso porque a marca - que deixou o grupo Fiat em 2016 - também teve que criar um crossover para voltar a ganhar dinheiro - até porque vender somente cupês e GTs esportivos não vinha dando mais certo.
O modelo Purosangue surgiu há cerca de um ano, mas estreou no primeiro semestre de 2023, por 390 mil euros (um pouco mais de R$ 2 milhões na conversão direta).
Movido por um motor V12 aspirado de 6.5 litros, capaz de entregar 725 cv e 73 kgf.m de torque, o primeiro carro com quatro portas da história da empresa passou longe - pelo menos em um 1º momento - de receber qualquer tecnologia ligada ao universo da eletrificação.
E essa é, até agora, a melhor notícia para os puristas e fãs da fabricante de Maranello. Ainda que falemos de um... SUV.
A inglesa Bentley, outra marca que pertence ao Grupo Volkswagen, parecia perdida e sem rumo até decidir entrar na categoria que mais vende carros.
Foi assim que surgiu o Bentayga, em 2015. Com desenho extremamente polêmico e controverso, baseado no conceito EXP 9F, de 2012, o SUV nasceu para disputar clientes de alto luxo que também poderiam migrar para a categoria.
Hoje, um Bentayga custa pelo menos R$ 3 milhões no Brasil - via importação independente.
Quem diria? Até a luxuosa empresa britânica Rolls-Royce teve que se render à onda. E não foi só isso: como decidiu entrar no mercado de SUVs, resolveu fazer logo de cara o mais caro e luxuoso de todos.
Nasceu, então, o Cullinan, um poderoso utilitário com motor V12 turbo de 6.7 litros, 571 cv e 86,5 kgf.m de torque - que está ali para mover os 2.660 quilos do carro.
Imagine um carro inteiro computadorizado, moderno e espaçoso? Este é o Cullinan, que aqui em nosso país, hoje, custa perto dos R$ 8 milhões.