A Honda CG é a moto mais vendida do país desde que foi lançada e, ainda hoje, vende muito mais que as outras motos de baixa cilindrada disponíveis no mercado brasileiro. A média é de 35 mil unidades por mês, com picos que batem ou até superam as 40 mil.
Tradicional, robusta, confiável, com manutenção fácil e barata, a CG conquistou a confiança principalmente de quem precisa de uma moto do tipo para trabalhar. Mas, também, de muita gente que usa a moto apenas para se locomover no dia a dia.

No entanto, a CG não é exatamente barata. Na tabela de preços sugeridos, custa R$ 14.360 na versão básica Start, que tem freio dianteiro a tambor, R$ 15.750 na versão intermediária Fan, já com freio a disco, e R$ 17.100 na versão topo de linha Titan.
Mas, justamente em função da alta demanda, todos esses preços são mais altos nas concessionárias - bote aí entre R$ 2 mil e R$ 3 mil a mais. E não incluem o frete, na faixa dos R$ 1.000.
Apesar de tudo isso, a CG não deixa de ser a primeira opção de quem pensa em comprar uma moto para sair do trem, do metrô e do ônibus. No entanto, vale dar uma espiada em modelos de outras marcas, que também podem ser boas escolhas para o dia a dia.
Quem não quer mudar de marca tem, "em casa", uma boa opção à CG. A NXR 160 Bros é, na prática, uma "CG trail": usa o mesmo motor monocilíndrico, injetado, flex e refrigerado a ar, com 14,7 cv de potência e 1,6 kgf.m de torque, mas tem as vantagens de ser mais alta e mais versátil, já que as suspensões com cursos de 18 cm na frente e 15 cm, e o vão livre de 22 cm, a tornam muito menos vulnerável a lombadas e valetas. Na CG, essas medidas são 13,5 cm, 10,6 cm e 17 cm, respectivamente. Só isso já vale a diferença no preço - a Bros custa R$ 19.060. Tem freio dianteiro a disco e traseiro a tambor, com CBS, e painel de LCD bem completinho. Os aspectos negativos são o banco um tanto duro e o fato de ser uma moto relativamente visada.
As diferenças entre as duas Yamaha Factor estão nos motores, nos painéis (mais completo na 150) e nos preços. A 125i UBS é mais barata - custa R$ 15.090 -, e seu motor monocilíndrico, injetado e flex entrega 11 cv de potência com 1,2 kgf.m de torque - números modestos, mas suficientes para a mobilidade urbana. E com muita economia: supera facilmente os 45 km/l. Já tem freio dianteiro a disco (traseiro a tambor, com CBS) e, com esse conjunto, é de fato uma boa opção para o dia a dia. Já a Factor tem o mesmo design e motor pouca coisa mais forte, com 12,4 cv de potência e 1,3 kgf.m de torque. O preço também é pouco superior: R$ 16.090. Os fretes custam pouco acima de R$ 900. A desvantagem de comprar uma dessas Yamaha é apenas na hora da revenda, já que não são tão valorizadas quando as CGs. Mas a diferença é pequena.
A vantagem de comprar uma Haojue é que você terá uma boa moto, com conjunto satisfatório, por um preço mais baixo que o da CG. Aliás, ambas estão com preços promocionais no site: DK 150 a R$ 13.678 e DK 160 a R$ 15.294 (o valor do fretes não é informado no site).
As duas têm motor monocolíndrico e refrigerado a ar, mas com capacidades cúbicas ligeiramente diferentes - 149 cm³ e 162 cm³. A DK 150 entrega 11,2 cv de potência com 1,1 kgf.m de torque. Já a DK 160 é mais forte: são 15 cv e 1,4 kgf.m de torque. A DK 160 é uma compra melhor, pois apesar do preço um pouco mais alto é injetada. A DK 150 é carburada e deverá sair de linha no final deste ano. Ambas têm freio dianteiro a disco com CBS. Aspectos negativos: a Haojue tem poucas concessionárias no país e as peças de reposição são mais caras que as das CGs e das Factor.
Se existe uma concessionária Dafra perto de você, leve seriamente em consideração a NH 190. É uma crossover elegante, com bom porte e motor de 183 cm³ refrigerado a água, que entrega bons 18 cv de potência e 1,6 kgf.m de torque. Tem painel digital de LCD como as rivais acima, mas vem com pneus de uso misto, iluminação full-LED, banco confortável, cursos de 13,5 cm e 14,5 cm nas suspensões, distância do solo de ótimos 18,5 cm, freios com CBS e pneu traseiro larguinho, medidas 130/80 R17. O conjunto é bom, né? Mas o lado negativo dessa moto é a justamente disponibilidade de peças - como falamos acima, a rede Dafra é bem limitada.
A vedete da linha Dominar vendida no Brasil tem sido a 400, mas obviamente não é moto pra ralação. Então vale a pena olhar atentamente a Dominar 200. Sim, existe a Dominar 160, mas pela diferença de preços a 200 é uma compra mais interessante: Dominar 200 por R$ 18.990 e Dominar 160 por R$ 17.420. A Dominar 200 tem visual bacana, freios a disco nas duas rodas com ABS na frente, câmbio de seis marchas e motor de 199,5 cm³ que entrega espertos 24 cv de potência e 1,8 kgf.m de torque. Ou seja, é a mais potente das motos aqui citadas. Sem ágio e com frete na faixa dos R$ 1.000, seu preço fica na casa dos R$ 20 mil. Ou seja, o mesmo que uma CG 160 Titan, só que com bem mais potência. Aspectos negativos: peças de reposição, só nas concessionárias - que ainda são poucas, embora a rede Bajaj esteja crescendo progressivamente



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