A temporada da Fórmula 1 chega ao fim com corridas espetaculares na manga. Mesmo com a dominância da Mercedes em 2020, há provas que ficarão em nossa memória por muito tempo. A penúltima etapa, no "oval" de Sakhir, é um grande exemplo.
George Russell substituiu o heptacampeão mundial Lewis Hamilton, que testou positivo para Covid-19. O jovem britânico guiou o W11 como se não houvesse amanhã, liderou boa parte do grande prêmio, mas viu a vitória escorrer pelas mãos por conta de uma lambança da Mercedes. Este seria o primeiro triunfo de Russell, campeão de tudo na base, na Fórmula 1. Mais: ganharia em sua estreia pelo time alemão.
Evidente que o talentoso britânico poderá correr por outra escuderia - além de Williams e Mercedes - no futuro. Com toda a sua técnica, é mais do que capaz de conquistar um triunfo na primeira corrida pelo time. Assim, se juntará ao grupo de pilotos que venceu na estreia por uma equipe na Fórmula 1. Mostramos para você, logo abaixo, cinco deles. Confira!
Max Verstappen é um fenômeno das pistas. O holandês começou a temporada 2016 como piloto da Toro Rosso (atual AlphaTauri). No entanto, seus bons resultados pela equipe fizeram com que a Red Bull mandasse o russo Daniil Kvyat para seu time B e promovesse Max para o time A.
A primeira corrida de Max Verstappen como piloto da Red Bull foi na Espanha. E ele não decepcionou. Favorecido pela colisão entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg na primeira volta - e pela estratégia ruim desenhada para seu companheiro Daniel Ricciardo -, Max venceu o grande prêmio. Com isso, além do triunfo na estreia, se tornou o mais jovem piloto a ganhar um GP de Fórmula 1.
Dependendo da sua idade, você pode até não se lembrar do jovem Kimi Räikkonen. Por isso, vale destacar aqui que o finlandês era rápido. Muito rápido. Volta e meia, ele ainda nos agracia com sua velocidade pela pouco competitiva Alfa Romeo, mas as demonstrações nem chegam perto do que o "baby Kimi" era capaz.
No ano de 2007, Räikkönen iniciava sua trajetória na Ferrari no GP da Austrália. Após largar na pole, Kimi não deu chances para um pelotão composto por talentos como Jenson Button, Ralf Schumacher, Nico Rosberg, Rubens Barrichello, Felipe Massa e Mark Webber. Ele liderou a prova de ponta a ponta e se tornou o primeiro piloto a vencer pela tradicional escuderia em sua estreia desde um camarada que também está na nossa lista.
Além dos nomes supracitados, o finlandês dominou naquele GP da Austrália dois pilotos "pouco" conhecidos da McLaren. Fernando Alonso terminou a prova em segundo. Já Lewis Hamilton, calouro na temporada 2007, ficou em terceiro.
Depois de muitas negativas na imprensa, Fernando Alonso estreou pela Ferrari em 2010. O bicampeão mundial largou em terceiro no GP do Barein e, já na largada, ultrapassou seu companheiro de equipe, Felipe Massa.
Em segundo na prova, Alonso não tinha ritmo para chegar no líder Sebastian Vettel. No entanto, um problema na vela de ignição fez com que o RB6 do alemão perdesse desempenho. Com isso, o espanhol tomou a dianteira e de lá não mais saiu.
Após um 1991 decepcionante pela Ferrari, Alain Prost optou por tirar um ano sabático em 1992. No ano seguinte, o então tricampeão voltou à Fórmula 1, como piloto da Williams.
O primeiro grande prêmio de Prost pelo time de Grove foi o da África do Sul. Numa corrida recheada de incidentes, o francês conquistou a vitória. Ayrton Senna terminaria a prova em segundo e Mark Blundell, da Ligier, em terceiro.
Ao volante de um FW15C dominante, Alain Prost terminou o ano de 1993 com a conquista de seu quarto título na Fórmula 1. O francês venceu sete provas com o carro. Seu companheiro de equipe, Damon Hill, fechou o ano com três primeiros lugares.
Nigel Mansell foi o último piloto escolhido a dedo por Enzo Ferrari para correr por sua escuderia. O Comendador, que faleceu em 1988, sequer pode ver a estreia do britânico pelo time, no GP do Brasil de 1989.
Com um carro pouco confiável nas mãos, as expectativas de Mansell na corrida não eram lá essas coisas. O britânico largou em sexta, mas, graças a uma série de problemas à sua frente, pulou para terceiro. Com um ritmo surpreendente, guiou seu 640 - equipado com o inovador câmbio semiautomático - até a vitória. Alain Prost terminou o GP em segundo e o brasileiro Maurício Gugelmin conquistou um heroico terceiro lugar.
A corrida em Jacarepaguá, contudo, ficou marcada por inúmeros problemas que nada tem a ver com o britânico. Um torcedor morreu depois de ter caído da arquibancada ao pisar num buraco. Além disso, a pista também tinha inúmeros problemas de segurança. Nos testes de pré-temporada, Philippe Streiff bateu forte na curva do Cheirinho. Por consequência, ficou tetraplégico.
Além de todos os fatos relacionados à infraestrutura precária do autódromo de Jacarepaguá, a Prefeitura do Rio foi incapaz de chegar a um acordo financeiro para manter o GP do Brasil na cidade. Com isso, no ano seguinte, a Fórmula 1 rumou em definitivo para Interlagos.



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