Fundada por Guy Ligier em 1968 como fabricante de esportivos, a empresa entrou no mundo da F1 em 1976. Sempre com pelo menos um piloto francês em sua linha de frente (à exceção da temporada 1993), a equipe era sinônimo da França na categoria mais importante do automobilismo mundial.
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Origens da Ligier na Fórmula 1
Guy Ligier já havia sido piloto da categoria. Participou de 13 corridas em duas temporadas. Em 1968, porém, decidiu se aposentar das pistas. Seu grande amigo, o também francês Jo Schlesser, sofreu um acidente fatal no GP da França daquele ano. Isso fez com que Guy deixasse o asfalto e focasse no que acontecia fora dele. Assim, pouco tempo depois, em parceria com o designer Michel Tétu, desenvolveu o esportivo JS1 — cujas iniciais homenageavam Schlesser.Guy aproveita o boom automotivo do início da década de 1970 na França, e decide ter sua própria escuderia. Com isso, a Equipe Ligier nasceu em 1976. O JS5 de motor Matra V12, modelo daquele ano, foi projetado por Gérard Ducarouge e Paul Carillo. O carro chamava a atenção por sua gigantesca tomada de ar e ganhou apelidos como "bule azul" e "bule de café".
O piloto do JS5 era Jacques Laffite. O francês venceu seis corridas em sua carreira, todas pela Ligier, e brigou pelo título em duas oportunidades (em 1979 e 1980). No GP de Interlagos de 1979, por exemplo, Laffite e Ligier foram dominantes. Além da pole e da volta mais rápida na corrida, ele venceu a etapa. Seu companheiro de equipe, Patrick Depailler, ficou com a segunda posição.
Crise na área
Depois da temporada de 1980, a Ligier passou por apertos. Ajudado pelo presidente da França à época, François Mitterrand, Guy recebeu patrocínios de estatais. No entanto, mesmo assim sua escuderia não obtinha bons resultados nas pistas. Mesmo com patrocínios de Elf, Gitanes e Loto, os resultados eram medíocres.Jacques Laffite deixou a Ligier em 1982 e fez duas péssimas temporadas pela Williams até retornar à "casa". Em 1983, Raul Boesel se tornou o primeiro piloto brasileiro a guiar o “azulão”. Ele não conquistou um ponto sequer pela equipe e, ao fim da temporada, deixou a F1 e foi se aventurar na Indy.
Guy vende a equipe: últimos suspiros da Ligier na Fórmula 1
A Ligier continuou a patinar na categoria. Não chegou nem a marcar pontos em 1988, 1990 e 1991. Guy vendeu o time que levava seu sobrenome em 1993 para Cyril de Rouvre, um político francês. Na temporada anterior, a equipe, mais uma vez, não havia atendido às expectativas. Mesmo tendo como força motriz propulsor idêntico ao das absurdas Williams de Nigel Mansell – o campeão daquele ano – e Riccardo Patrese, o desempenho da Ligier foi bem ruim.O último suspiro competitivo da equipe se deu durante a administração de Cyril de Rouvre e, posteriormente, a partir de 1994, de Flavio Briatore e Tom Walkinshaw — que compraram a Ligier do político naquele ano. Os carros com projetos de engenharia e aerodinâmica capitaneados por feras como Frank Dernie e Loïc Bigois renderam ao time oito pódios entre 1993 e 1996.
A última glória da Ligier na Fórmula 1 aconteceu em sua temporada derradeira na categoria. Em 1996, Olivier Panis, ao volante do equilibrado JS43, conquistou uma vitória histórica em Mônaco. O topo do pódio de Panis acabou com uma seca de quase 15 anos sem vitórias do time.
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