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Conheça a história do Honda Civic no Brasil

No Dia da Imigração Japonesa, veja a trajetória do sedã, um dos principais sucessos da marca nipônica em nosso país

por Fernando Miragaya

A chegada dos carros japoneses ao Brasil aconteceu décadas depois da vinda dos primeiros imigrantes nipônicos. Mas foi tão marcante quanto. As montadoras orientais se consolidaram no início dos anos 1990 já com a imagem de veículos com qualidade de construção e tecnologia.
Uma das primeiras a se destacar foi a Honda. E um dos carros que logo se tornou referência dentro da linha da fabricante no país foi o Civic. O atual segundo sedã médio mais vendido do país começou importado e, de cara, chamou a atenção pelo nível de conforto e de confiança mecânica.
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O sucesso foi rápido e o Civic ganhou cidadania brasileira rapidamente. Começou a ser fabricado em Sumaré (SP), em 1997, e mudou algumas vezes de geração desde então. No Brasil, trava uma briga particular com o arquirrival Toyota Corolla pela liderança do segmento.
No Dia da Imigração Japonesa, trazemos a história do Honda Civic por aqui. O sedã já contabiliza mais de 700 mil unidades produzidas no Brasil e mais de 715 mil comercializadas desde 1992, quando desembarcou pela primeira vez em nossas terras.

Quinta geração - 1992


A história do Honda Civic no Brasil começa no embalo da flexibilização das importações. Os sedãs estreantes, em 1992, curiosamente vinham dos Estados Unidos (eram feitos em Ohio) e com motor 1.6 de 125 cv - com opção de câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro velocidades.

Nesta fase inicial, o Civic também foi vendido em configurações icônicas e que se tornaram raras - e viraram verdadeiras preciosidades no segmento de usados. Entre elas, carrocerias hatch, cupê e até targa - lembram das versões CRX e VTI?

Sexta geração – 1997

Foi o primeiro produzido no Brasil e trouxe algumas inovações importantes para a história do Honda Civic. A sexta geração do sedã usava suspensão independente traseira e barras de proteção laterais. O motor 1.6 tinha bloco e cabeçotes de alumínio, algo inovador para a época. Gerava 106 cv ou 127 cv, na configuração com o comando variável de válvulas.

Esse modelo também tinha opção de duas e quatro portas. As versões mais caras saíam de fábrica com freios ABS e airbag duplo frontal - itens que são obrigatórios nos dias de hoje. Controle de cruzeiro e opção de transmissão automática também fizeram parte do primeiro Civic nacional após o face-lift de 1999.

Sétima geração - 2001

Talvez uma das fases mais "queridas" do sedã médio da marca japonesa, por aliar design simpático e ótimo nível de conforto com novos motores e boa dose de equipamentos. O segundo Honda Civic brasileiro foi lançado em dezembro de 2000, já como linha 2001, e se destacava também pelo porta-malas maior, mais espaço interno e assoalho plano para os ocupantes traseiros.

A suspensão ganhou acerto mais macio - queixa dos clientes da primeira geração - e barra estabilizadora. O três-volumes só foi fabricado com quatro portas e motor 1.7 de 16V, com potências de 115 cv e 130 cv. No primeiro ano teve mais de 21 mil emplacamentos e assumiu a liderança do segmento de sedãs médios, à frente do Corolla. Passou por uma reestilização de meia-vida em 2004.

Oitava geração - 2006

Em 2006, a marca ousou bastante. Chamado de New Civic, o modelo quebrou paradigmas de um segmento para lá de tradicional e se tornou um ícone dentro da história do Honda Civic. O sedã médio estreou design arrojado - bem mais moderno que o do rival da Toyota - e inovações, como quadro de instrumentos em duas seções e painel voltado para o motorista.
Veio com motor 1.8 16V de 140 cv e câmbio automático de cinco marchas. Foi, sem dúvida, a geração que mais deu trabalho ao rival Corolla ao longo de sua existência. Em 2009, uma remodelação marcou os 300 mil Civic produzidos no Brasil e incorporou controle eletrônico de estabilidade para a versão mais cara da linha.

De ruim, o porta-malas de 340 litros, menor até do que o de sedãs compactos. Isso porque esta geração foi projetada para ter estepe de uso temporário, algo ainda não permitido pela legislação brasileira na época. O fabricante teve de elevar o assoalho e sacrificar o compartimento de bagagem.
O oitavo Honda Civic ainda marcaria a estreia, por aqui, da versão Si. Com motor 2.0 i-VTEC de 192 cv e transmissão manual de seis marchas, a variante esportiva do sedã tinha acerto firme de freios e suspensão, além de bloqueio do diferencial.

Nona geração – 2012

O Honda Civic voltou a beber em fontes mais tradicionais de design. Porém, cresceu novamente no comprimento (4,52 m) e no entre-eixos (2,66 m) - e passou a ter um porta-malas de modelo médio, com 449 litros de capacidade.

A nona geração manteve o motor 1.8 - agora flex -, com 140/139 cv e a opção de caixa automática de cinco marchas. A direção passou a ter assistência elétrica adaptativa e o painel em dois níveis foi redesenhado. O sedã também estreou a central multimídia i-Mid, com tela de 5 polegadas e conexões Bluetooth e USB. As versões mais caras vinham com airbags laterais.
Um dos destaques desta leva do Honda Civic era justamente a ergonomia e dirigibilidade, o que fez o modelo ser o líder da categoria novamente, em 2013. No ano seguinte, nova opção de motor 2.0 i-VTEC de 155/150 cv e em 2014 o carro passou por retoques visuais. No mesmo ano, a esportiva Si foi importada do Canadá com motor 2.4, câmbio manual de seis marchas e na configuração cupê.

Décima geração - 2016

O Civic retornou ousado em agosto de 2016. Em vários sentidos. A atual "Geração 10" voltou a apostar no desenho futurista, com linhas integradas na frente, caimento acentuado da terceira coluna e traseira elevada e com lanternas em estilo bumerangue.

O carro também cresceu. Com 4,63 metros de comprimento, 2,70 m de entre-eixos e porta-malas de 519 litros, incorporou o câmbio do tipo continuamente variável (CVT) com sete marchas simuladas em conjunto com o conhecido motor 2.0 flex aspirado.
Mas a grande novidade mecânica desta geração foi a estreia da versão turbo Touring. Com o 1.5 a gasolina de 173 cv e 22,4 kgf.m a 1.700 rpm, esta variante se destaca pelo desempenho forte, aliado a uma ótima média de consumo e baixo custo de manutenção.
Cabe à variante Si desta atual geração usar o motor turbo para fins de performance. O conjunto gera 208 cv de potência a 5.700 rpm e torque máximo de 26,5 kgf.m disponível a partir das 2.100 rpm. Suspensão mais firme e com amortecedores adaptativos, diferencial com escorregamento limitado, discos de freio de 12,3 polegadas na dianteira e pneus 235/40 R18 completam o pacote esportivo.

Na linha 2020, o atual Honda Civic passou por mudanças pontuais e democratizou boa parte dos seus equipamentos. Além dos seis airbags e controles de estabilidade e tração, todas as versões saem de fábrica com ar-condicionado automático e rodas de liga leve aro 17”.
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Assista ao vídeo com o duelo Civic x Corolla

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