Uma das primeiras a se destacar foi a Honda. E um dos carros que logo se tornou referência dentro da linha da fabricante no país foi o Civic. O atual segundo sedã médio mais vendido do país começou importado e, de cara, chamou a atenção pelo nível de conforto e de confiança mecânica.
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O sucesso foi rápido e o Civic ganhou cidadania brasileira rapidamente. Começou a ser fabricado em Sumaré (SP), em 1997, e mudou algumas vezes de geração desde então. No Brasil, trava uma briga particular com o arquirrival Toyota Corolla pela liderança do segmento.
No Dia da Imigração Japonesa, trazemos a história do Honda Civic por aqui. O sedã já contabiliza mais de 700 mil unidades produzidas no Brasil e mais de 715 mil comercializadas desde 1992, quando desembarcou pela primeira vez em nossas terras.
Quinta geração - 1992
A história do Honda Civic no Brasil começa no embalo da flexibilização das importações. Os sedãs estreantes, em 1992, curiosamente vinham dos Estados Unidos (eram feitos em Ohio) e com motor 1.6 de 125 cv - com opção de câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro velocidades.
Nesta fase inicial, o Civic também foi vendido em configurações icônicas e que se tornaram raras - e viraram verdadeiras preciosidades no segmento de usados. Entre elas, carrocerias hatch, cupê e até targa - lembram das versões CRX e VTI?
Sexta geração – 1997
Foi o primeiro produzido no Brasil e trouxe algumas inovações importantes para a história do Honda Civic. A sexta geração do sedã usava suspensão independente traseira e barras de proteção laterais. O motor 1.6 tinha bloco e cabeçotes de alumínio, algo inovador para a época. Gerava 106 cv ou 127 cv, na configuração com o comando variável de válvulas.Esse modelo também tinha opção de duas e quatro portas. As versões mais caras saíam de fábrica com freios ABS e airbag duplo frontal - itens que são obrigatórios nos dias de hoje. Controle de cruzeiro e opção de transmissão automática também fizeram parte do primeiro Civic nacional após o face-lift de 1999.
Sétima geração - 2001
Talvez uma das fases mais "queridas" do sedã médio da marca japonesa, por aliar design simpático e ótimo nível de conforto com novos motores e boa dose de equipamentos. O segundo Honda Civic brasileiro foi lançado em dezembro de 2000, já como linha 2001, e se destacava também pelo porta-malas maior, mais espaço interno e assoalho plano para os ocupantes traseiros.A suspensão ganhou acerto mais macio - queixa dos clientes da primeira geração - e barra estabilizadora. O três-volumes só foi fabricado com quatro portas e motor 1.7 de 16V, com potências de 115 cv e 130 cv. No primeiro ano teve mais de 21 mil emplacamentos e assumiu a liderança do segmento de sedãs médios, à frente do Corolla. Passou por uma reestilização de meia-vida em 2004.
Oitava geração - 2006
Em 2006, a marca ousou bastante. Chamado de New Civic, o modelo quebrou paradigmas de um segmento para lá de tradicional e se tornou um ícone dentro da história do Honda Civic. O sedã médio estreou design arrojado - bem mais moderno que o do rival da Toyota - e inovações, como quadro de instrumentos em duas seções e painel voltado para o motorista.Veio com motor 1.8 16V de 140 cv e câmbio automático de cinco marchas. Foi, sem dúvida, a geração que mais deu trabalho ao rival Corolla ao longo de sua existência. Em 2009, uma remodelação marcou os 300 mil Civic produzidos no Brasil e incorporou controle eletrônico de estabilidade para a versão mais cara da linha.
De ruim, o porta-malas de 340 litros, menor até do que o de sedãs compactos. Isso porque esta geração foi projetada para ter estepe de uso temporário, algo ainda não permitido pela legislação brasileira na época. O fabricante teve de elevar o assoalho e sacrificar o compartimento de bagagem.
O oitavo Honda Civic ainda marcaria a estreia, por aqui, da versão Si. Com motor 2.0 i-VTEC de 192 cv e transmissão manual de seis marchas, a variante esportiva do sedã tinha acerto firme de freios e suspensão, além de bloqueio do diferencial.
Nona geração – 2012
O Honda Civic voltou a beber em fontes mais tradicionais de design. Porém, cresceu novamente no comprimento (4,52 m) e no entre-eixos (2,66 m) - e passou a ter um porta-malas de modelo médio, com 449 litros de capacidade.A nona geração manteve o motor 1.8 - agora flex -, com 140/139 cv e a opção de caixa automática de cinco marchas. A direção passou a ter assistência elétrica adaptativa e o painel em dois níveis foi redesenhado. O sedã também estreou a central multimídia i-Mid, com tela de 5 polegadas e conexões Bluetooth e USB. As versões mais caras vinham com airbags laterais.
Um dos destaques desta leva do Honda Civic era justamente a ergonomia e dirigibilidade, o que fez o modelo ser o líder da categoria novamente, em 2013. No ano seguinte, nova opção de motor 2.0 i-VTEC de 155/150 cv e em 2014 o carro passou por retoques visuais. No mesmo ano, a esportiva Si foi importada do Canadá com motor 2.4, câmbio manual de seis marchas e na configuração cupê.
Décima geração - 2016
O Civic retornou ousado em agosto de 2016. Em vários sentidos. A atual "Geração 10" voltou a apostar no desenho futurista, com linhas integradas na frente, caimento acentuado da terceira coluna e traseira elevada e com lanternas em estilo bumerangue.O carro também cresceu. Com 4,63 metros de comprimento, 2,70 m de entre-eixos e porta-malas de 519 litros, incorporou o câmbio do tipo continuamente variável (CVT) com sete marchas simuladas em conjunto com o conhecido motor 2.0 flex aspirado.
Mas a grande novidade mecânica desta geração foi a estreia da versão turbo Touring. Com o 1.5 a gasolina de 173 cv e 22,4 kgf.m a 1.700 rpm, esta variante se destaca pelo desempenho forte, aliado a uma ótima média de consumo e baixo custo de manutenção.
Cabe à variante Si desta atual geração usar o motor turbo para fins de performance. O conjunto gera 208 cv de potência a 5.700 rpm e torque máximo de 26,5 kgf.m disponível a partir das 2.100 rpm. Suspensão mais firme e com amortecedores adaptativos, diferencial com escorregamento limitado, discos de freio de 12,3 polegadas na dianteira e pneus 235/40 R18 completam o pacote esportivo.
Na linha 2020, o atual Honda Civic passou por mudanças pontuais e democratizou boa parte dos seus equipamentos. Além dos seis airbags e controles de estabilidade e tração, todas as versões saem de fábrica com ar-condicionado automático e rodas de liga leve aro 17”.
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