Os faróis dos carros nem sempre foram do jeito que conhecemos. Já pensou sair por aí dirigindo no meio da noite tendo como único guia pelo caminho simples luzes alimentadas por gás? Pois era assim que os motoristas circulavam até o início do século 20.
De lá para cá, muita coisa mudou. E não foi só a posição e disposição dos faróis. A lâmpada halógena, surgida nos anos 1960 e que já foi uma tecnologia de ponta, hoje é uma solução técnica considerada padrão na indústria em meio a inovações que se popularizaram nas últimas três décadas.
Com o menor custo de reposição, a lâmpada halógena se tornou um padrão no mercado para faróis de carros. Com funcionamento semelhante ao das incandescentes domésticas, tem um filamento de tungstênio que se torna incandescente dentro de um bulbo de vidro com gás halógeno.
Dependendo da aplicação, pode ser vista com um ou dois filamentos. Outra vantagem deste tipo de lâmpada é a sua versatilidade. Pode ser utilizada em faróis que usam a lente de vidro como refletor, aqueles com a carcaça refletora (simples ou dupla) e também nos do tipo projetor. Este último é conhecido pela melhor eficiência de iluminação.
A lâmpada de descarga, popularmente conhecida como de xenônio, começou a ser usada nos anos 1990 em automóveis de luxo. Geralmente combinada ao farol do tipo projetor, funciona por meio de uma descarga de alta tensão dentro de um bulbo com gás xenônio e garante uma iluminação mais eficiente que a obtida com a lâmpada halógena.
Por outro lado, é uma peça mais complexa, que depende de componentes adicionais (como um reator) para funcionar. Isso torna essas lâmpadas mais custosas para a reposição. Ainda é oferecida em alguns modelos de automóveis mais caros, mas tem sido substituída pelos faróis de LED - ainda mais eficientes - em veículos mais atuais.
A partir dos anos 2000, os fabricantes de automóveis começaram a criar faróis nos quais as lâmpadas são substituídos por conjuntos de LEDs. É a mesma tecnologia usada em lâmpadas domésticas e visores de relógios digitais. Na comparação com o xenônio, além da maior eficiência, permite a criação de faróis mais compactos.
Os faróis de LED podem ser convencionais ou adaptativos. Este último é conhecido por nomes comerciais como Multibeam (Mercedes-Benz) e IQ.Light (Volkswagen) e são compostos por conjuntos de minúsculos LEDs controlados por sensores, que são capazes de alterar automaticamente o facho para reduzir o ofuscamento ou otimizar a iluminação em curvas, por exemplo.
A luz de laser é considerada a tecnologia mais avançada em iluminação automotiva. Ela é baseada em um diodo de laser que fornece um brilho quatro vezes maior que o de um LED.
Os faróis com essa tecnologia podem produzir um facho de até 600 metros. Por conta de sua potência e altíssimo custo, ainda é uma tecnologia restrita ao facho alto de iluminação em carros de alta gama, como o BMW i8 e o Audi e-tron GT.
Uma modificação muito comum a partir dos anos 2000 para os que queriam incrementar o carro era a substituição das lâmpadas halógenas dos faróis por peças de xenônio ou de LED.
Em 2011, porém, a legislação brasileira de trânsito passou a proibir a instalação do xenônio, que seguiu liberada apenas para automóveis com características alteradas no documento antes dessa data.
As luzes de LED seguiram liberadas - também mediante autorização do Detran - até janeiro de 2021, quando passou a ser proibida qualquer alteração no sistema de iluminação dos carros de passeio.
Quem for pego pela fiscalização comete uma infração grave, com perda de cinco pontos no prontuário e multa de R$ 195,23. Isso além da retenção do veículo para regularização.



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