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Da Oficina: Honda Fit

Modelo agrada, mas não é unanimidade entre reparadores

por Oficina Brasil

O Honda Fit tem custo de manutenção compatível para um automóvel da categoria em que se insere e é econômico para um carro automático, em relação a outros veículos com caixa de câmbio similar. Esses foram os principais benefícios destacados pelos mecânicos do conselho editorial do jornal Oficina Brasil, que avaliaram um modelo na versão LX, com motor gasolina 1.4 litro, câmbio CVT, freios ABS, airbags, ar-condicionado e direção elétrica.
Ano/modelo 2004, com 50.000 km rodados, o carro estava em bom estado de conservação. "Precisamos trocar algumas poucas peças de desgaste natural, como óleo, filtro de óleo e ar, discos e pastilhas de freios", afirma o mecânico Cláudio Cobeio.
Apesar disso, a revisão foi geral. Sob o capô, foram checados itens do motor correias poly V, sistema de lubrificação, arrefecimento, injeção e ignição e ar-condicionado, câmbio coxins e juntas, e elétrica tensão da bateria, velas e cabos de velas, bobinas e lâmpadas. Sob o chassi foram vistoriados os sistemas de escapamento catalisador e silencioso, suspensão amortecedores, buchas das bandejas, pivô, bieleta, coifas, homocinética, alinhamento, balanceamento e situação dos pneus, direção terminal da caixa, braço da caixa e nível do fluido do sistema hidráulico, e freios discos, pastilhas, fluidos, lonas, tambores, cilindros, cabos e mangueiras. Elogiado pelos cinco conselheiros que participaram da avaliação, o Honda Fit obteve nota média 7,6 no Índice de Durabilidade de Recomendação. Ao todo, foram três notas 7, uma nota 8 e uma 9. Além disso, três recomendam a compra do Fit aos clientes.
"O carro apresenta manutenção de baixo custo, e sempre que precisei de informações técnicas fui bem atendido nas concessionárias da marca", afirma Cobeio, que concedeu ao modelo a melhor pontuação. "Sempre que me perguntam, recomendo o carro".
Em contrapartida, o conselheiro Danilo Tinelli, proprietário da Auto Mecânica Danilo, comenta que o Fit é um carro comum, "sem nada de especial." Com esse argumento, conferiu ao monovolume da Honda nota 7.
Outra crítica feita ao modelo foi em relação ao acesso dos bicos injetores, que segundo o conselheiro Júlio Souza, proprietário da SouzaCar, são complicados de remover, em caso de intervenção mecânica. Já o conselheiro Eduardo Topedo, proprietário da Ingelauto, apesar de recomendar o carro aos clientes, afirma que tem dificuldade de encontrar peças genuínas na região onde possui oficina zona Leste de São Paulo, por falta de concessionárias nas proximidades. "As concessionárias Honda não dispõem de sistema de entrega de peças, o que nos obriga a ir buscar na loja", diz.
Uma característica dos carros da Honda é o baixo custo das peças básicas nas concessionárias. Por esse motivo, o conselho editorial recomenda, freqüentemente, o uso de produtos genuínos, principalmente óleo do motor, de câmbio, fluido de freio e líquido de arrefecimento.
Sob o capô
Como comentado acima, o Fit precisou de poucas intervenções mecânicas. No motor, foram substituídos os filtros de ar, óleo e combustível, assim como o óleo do motor. O primeiro estava bastante sujo, indicando que nunca havia sido trocado. A troca do óleo do motor e do filtro foi realizada de forma preventiva, já que o veículo havia sido adquirido há pouco tempo e estava com 50.000 km.
A quantidade de óleo motor do Fit 1.4 na troca com filtro é de 3,6 litros, SAE 10W30 API SL. "Nós, consultores, recomendamos utilização do óleo original Honda, pois usar outro produto pode prejudicar o desempenho do motor e aumentar o consumo", afirma o proprietário da Engin Engenharia Automotiva, Paulo Aguiar. Na concessionária, o litro custa R$ 15,75, enquanto no mercado de reposição sai em média por R$ 22,90.
A principal reclamação do cliente da Cobeio Car foi em relação à luz de injeção, que permanecia acessa no painel após a partida. Segundo Cobeio, o defeito normalmente ocorre pelo fato de o veículo apresentar falha no motor na fase fria. Com auxílio do scanner, Cobeio diagnosticou mau funcionamento na válvula EGR. Para eliminar o defeito, é preciso retirar a válvula e efetuar a limpeza interna. Na maioria dos casos há a necessidade de tirar o coletor de admissão para fazer a limpeza do canal da válvula EGR.
Por prevenção, o filtro de combustível foi substituído. "O reparador deve ficar atento, pois o filtro de combustível desse carro fica com a bomba, dentro do tanque, localizado na parte central do console", afirma Paulo Aguiar. "Recomendamos o uso da peça original, que nas concessionárias tem custo de R$ 47,61", diz.
Câmbio
O Fit avaliado contava com transmissão CVT utiliza 3,2 litros de fluido ATF. A Honda recomenda substituir o óleo de transmissão a cada 40.000 km. Os conselheiros aconselham ainda a utilização do produto original, o ATF-Z1 Genuíno Honda. Essas recomendações são válidas também para o câmbio manual. Nesse caso, o produto homologado pela fábrica é o MTF Genuíno Honda. Já o sistema de arrefecimento dos modelos com ar-condicionado opera com 3,6 litros no reservatório, que deve ser preenchido com a mistura de 50% de líquido de arrefecimento e 50% água desmineralizada. Na parte elétrica, apesar de o modelo avaliado não ter apresentado nenhum problema, os reparadores devem ficar atentos para o fato de que o Fit possui oito velas, duas por cilindro. A vela recomendada para o motor 1.4 8V é a NGK BKR6E-11 ou DENSO K20PR-U11,com folga entre os eletrodos de 1,1mm. Já a vela recomendada para o motor 1.5 16V é a NGK ZFR6J-11 ou DENSO KJ20CR-M11, com folga de 1,2mm a 1,3mm.
Suspensão
Apesar de os amortecedores estarem em bom estado, o Fit apresentava desgaste irregular dos pneus. Assim, foi realizado o alinhamento da direção e balanceamento das rodas. A caixa de direção costuma fazer barulho. Antes de fazer o alinhamento, notou-se que havia um pouco de folga na caixa de direção e foi feito a regulagem.
Freios
Com 50.000 km, os freios do Fit estavam gastos e foi preciso substituir discos e pastilhas dianteiros. Segundo Cobeio, o Fit apresenta grande consumo de pastilha e disco, assim como a embreagem, no modelo mecânico. A Honda aconselha a inspeção dos freios dianteiros e traseiros a cada 10.000 km ou seis meses.
Além da troca de pastilhas e discos foi realizada também a substituição do fluido de freio. Assim como nos fluidos anteriores, os conselheiros recomendam, também, somente a utilização do produto original Honda BF DOT3 ou DOT4, "para evitar corrosão ou danos no sistema", afirma Aguiar. Na concessionária, tanto o DOT3 quanto o DOT4 saem por R$ 13,7
Índice de Durabilidade e Recomendação
O Índice de Durabilidade e Recomendação do jornal Oficina Brasil tem como proposta montar um banco de informações dos modelos avaliados pelos reparadores, com objetivo de identificar os carros que apresentam melhor relação custo-benefício no quesito manutenção.
O Honda Fit avaliado nesta edição recebeu nota média de 7,8, o que representa um índice de durabilidade bom. Segundo os mecânicos do conselho editorial que participaram da reportagem, o baixo consumo e custo de manutenção são as principais vantagens do modelo. Mas, como nem tudo é perfeito, o modelo recebeu algumas críticas, principalmente em relação ao acesso aos bicos injetores.

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