Dia do Automóvel: evolução dos carros em 10 anos

Veículos tiveram um salto tecnológico na última década, enquanto categorias do mercado também mudaram drasticamente

  1. Home
  2. Últimas notícias
  3. Dia do Automóvel: evolução dos carros em 10 anos
Fernando Miragaya
Compartilhar
    • whats icon
    • bookmark icon

O 13 de maio também é conhecido como o Dia do Automóvel. E para celebrar a data, vamos reunir alguns dados curiosos sobre como os carros evoluíram. Mas não desde sua invenção por Carl Benz, em 1886. Só na última década, os veículos deram um grande salto em termos de tecnologia e tendências.

O perfil dos carros mudou bastante em pouco mais de 10 anos. Os itens de condução semi-autônoma, que pareciam coisa de filme de ficção científica no início do milênio, hoje são realidade até em segmentos compactos.

  • Comprar carros
  • Comprar motos
Ver ofertas

Nos anos 2000, a estreia do Park Assist, o sistema de estacionamento automático da Volkswagen, saltava aos olhos. O carro fazia as manobras sozinho em vagas perpendiculares, e bastava ao motorista dosar o freio - nem precisava mexer no volante!

Hoje o condutor já tem uma penca de outros auxílios na hora de dirigir. Controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência e monitoramento ativo de faixa com esterçamento do volante são só alguns exemplos de equipamentos que vão consolidar o carro autônomo de um futuro próximo.

Conectado

Hyundai Bluelink 4
Hyundai Bluelink é um dos serviços que faz o celular interagir como automóvel
Crédito: Divulgação
toggle button

Vivemos uma terceira revolução industrial. Internet, digitalização e os sistemas conectados e integrados forçaram o automóvel a se adaptar a esses novos tempos. Começou com a propagação de centrais multimídias, que deixaram de ser apenas um som onde você espeta o USB para ouvir música.

Os sistemas multimídias começaram a agregar diversas funções e a serem uma extensão do smartphone. Hoje, pelas centrais é possível acessar navegador, serviços de streaming e até e-commerce e pedir comida. Sem falar em internet 4G a bordo.

Ao mesmo tempo, quem iria imaginar, em 2010, que o celular e os relógios inteligentes iriam "conversar" com o automóvel. Pois hoje, pelo smartphone ou smart watch, dá para ligar o motor à distância, enviar seu trajeto para navegação antes de sair de casa, saber a localização, limitar velocidade e conferir o consumo, entre outros.

Segurança

Além dos itens semi-autônomos, a segurança também merece destaque no Dia do Automóvel. Tudo bem que airbags, controles de estabilidade e tração e freios com ABS são criações bem "antigas". Porém, tais tecnologias foram socializadas.

No Brasil, meio que na marra. Mas nosso mercado merece destaque. Se sempre criticamos nossos carros pelo nível de segurança bem aquém em relação à Europa, Japão e Estados Unidos, pelo menos desde 2013 todos os modelos passaram a sair de fábrica, por lei, com airbag duplo e ABS.

Depois da chiadeira inicial, hoje as marcas até ostentam os equipamentos de segurança. Para se ter ideia, o carro mais vendido do país nos últimos seis anos, o compacto Chevrolet Onix, só é comercializado com seis airbags de série - sem distinção entre as versões.

Em 2020, foi a vez de os controles de estabilidade e tração. O dispositivo passou a ser obrigatório em todos os novos lançamentos de produtos desde então. Hoje, mais de 60% dos carros vendidos no país já recebe o ESP.

Carrocerias que vêm e... vão

Volkswagen lançou diversos SUVs nos últimos anos
Crédito: Divulgação
toggle button

O Dia do Automóvel, hoje, poderia ser o dia do SUV. Exageros à parte, a carroceria foi a que mais ganhou espaço no mercado sobre quatro rodas. Basta ver que seis em cada 10 lançamentos de novos veículos no planeta são de utilitário esportivos ou crossovers.

Só não é exagero dizer que a avalanche de SUVs urbanos foi motivada por um projeto brasileiro. O primeiro Ford EcoSport, lá de 2003, mostrou que o consumidor queria um carro aventureiro para passear no asfalto.

A indústria demorou, mas se tocou disso na década de 2010. Os SUVs com apelo urbano se propagaram e até marcas de luxo e de esportivos se renderam à tendência, como Porsche, Bentley, Lamborghini e Alfa Romeo.

Se fizermos um recorte do Brasil, na última metade da década testemunhamos a estreia de quase 20 modelos diferentes dentro desta categoria.

As variantes sobre o mesmo tema começam a surgir também. Basta ver os novos SUVs-cupês. Tem também uma leva de crossovers menores que vão ocupar, a longo prazo, o lugar de hatches compactos.

A ascensão dos sport-utilities e crossovers, contudo, implicou na morte de dois segmentos que deixam saudades. Os SUVs ocuparam o posto de "carros de família". Desta forma, as station-wagons, que já tinham sentido o efeito das minivans, estão cada vez mais raras. E as minivans perderam o sentido de existir rapidamente.

Eletrificação

Carros elétricos começaram a ganhar mais espaço e serão regra na segunda metade da década
Crédito: Divulgação
toggle button

Esse é outro caminho sem volta e que foi tomado nos últimos 10 anos. Além das versões híbridas passarem a fazer parte de várias linhas de modelos mundo afora, os carros elétricos começaram a pautar a indústria automotiva.

Muito por força das circunstâncias. A Europa impôs metas ainda mais rígidas de eficiência energética dos veículos e muitas cidades do continente já começam a restringir a circulação de carros a combustão.

As marcas, por sua vez, anunciam metas de eletrificação ousadas. General Motors, Nissan, Jaguar Land Rover, entre outras, prometeram, recentemente, só terem automóveis eletrificados até 2030. Neste ano, pelo visto, o Dia do Automóvel também será bastante diferente.

Comentários