Nesta sexta-feira, 20 de janeiro, é comemorado o Dia Nacional do Fusca (data do início da fabricação no Brasil em 1959). Cultuado mundialmente, o modelo da Volkswagen reúne muitas curiosidades que a maioria das pessoas desconhece. Uma delas é que ainda existem quase centenas de milhares “besouros” nas ruas e avenidas do Estado de São Paulo, segundo o levantamento do Detran.SP (Departamento de Trânsito paulista).
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Fusca brasileiro nasceu em 1959
O primeiro Fusca fabricado no Brasil com peças nacionais saiu da linha de montagem da antiga fábrica da Volkswagen no bairro do Ipiranga, em São Paulo, no dia 3 de janeiro de 1959. Naquele ano foram vendidas 8.406 unidades do modelo, então chamado de Sedan.Antes da nacionalização, entre 1953 e 1958, pouco mais de 2.200 Fuscas foram montados no Ipiranga com peças importadas da Alemanha. Na época, a escassez de fornecedores de componentes era o grande desafio da Volkswagen para atingir os 54% de grau de nacionalização exigidos por lei.
O Fusca era equipado com o motor boxer (quatro cilindros opostos) refrigerado a ar, de 1.2 litro a gasolina, que entregava modestos 36 cv de potência e levava o “besouro” aos 110 km/h de velocidade máxima. O câmbio manual de quatro marchas não tinha sincronizador (a primeira marcha só podia ser engatada com o carro parado).
Família Matarazzo comprou o primeiro
O primeiro Fusca nacional foi adquirido no dia 7 de janeiro de 1959, pelo empresário Eduardo Andrea Matarazzo, que comprou o carro em uma concessionária no bairro de Santo Amaro por 471.200 cruzeiros, o equivalente a cerca de R$ 200 mil em valores atualizados. A abastada família Matarazzo ainda comprou mais 29 "besouros".Desde então, o Fusca fez parte da história de milhões de brasileiros. Foram cerca de 3,3 milhões de unidades produzidas no Brasil entre 1959 e 1986, marca que o colocou na liderança do mercado nacional durante 24 anos. O posto de carro preferido dos brasileiros foi perdido para o Gol somente em 1987.
A fabricação do modelo em São Bernardo do Campo (SP) chegou a ser retomada, entre 1993 e 1996, a pedido do então Presidente da República Itamar Franco. Mas o “Fusca Itamar” não fez o sucesso esperado devido à concorrência de modelos mais modernos e com preços mais competitivos.
Mundialmente, o Fusca vendeu mais de 21,5 milhões de exemplares. O México foi o último país a encerrar a fabricação do modelo, na fábrica de Puebla, em 2003.
As “reencarnações” modernas do Fusca, conhecidas como New Beetle e Novo Fusca, também tiveram produção mexicana, finalizada em 2019 com uma série especial destinada aos Estados Unidos.
Outras curiosidades sobre o Volkswagen Fusca
- O Fusca é tão icônico que tem dois dias para chamar de seu. No dia 20/01, é comemorado o Dia Nacional do Fusca. Já no dia 22/06 é celebrado o Dia Mundial do modelo.
- Seu passado é sombrio pois o carro foi encomendado por ninguém menos que Adolf Hitler para ser um carro acessível para os alemães dos anos 1940 e 1950.
- O pai do Fusca, no entanto, é um homem chamado Ferdinand Porsche. Reconhece o sobrenome? Pois é, depois de criar o "besouro", Ferdinand criou a Porsche, uma das marcas de carros esportivos mais consagradas no mundo.
- Com 21.529.464 unidades produzidas, o Fusca ainda é um dos carros mais vendidos da história. A última unidade produzida de acordo com o projeto original foi feita em 2003, no México.
- Os primeiros Fuscas chegaram ao Brasil em 1950 importados da Alemanha. A produção nacional começou no dia 3 de janeiro de 1959.
- Em 1986, 30% de todos os carros do Brasil eram Fuscas. Foi o carro mais vendido no país por 23 anos consecutivos (1959 a 1982).
- Originalmente, o Fusca se chamava Volkswagen Sedan. O nome Fusca foi adotado pelo povo e utilizado oficialmente pela Volkswagen posteriormente.
- O Fusca é o único carro do mundo que deixou de ser produzido e voltou exatamente da mesma maneira. Foi descontinuado em 1986 por já ser velho em relação aos concorrentes da época, como Chevette, Uno, Gol, entre outros. Mas voltou em 1993 para atender um pedido do então Presidente da República Itamar Franco, que apostava em carros populares para impulsionar a indústria. Não deu muito certo e saiu definitivamente de linha em 1996.
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