A Lamborghini anunciou com pompa e circunstância no começo de março passado a quebra do recorde de volta mas rápida com um automóvel produzido em série – na ocasião, o Huracán Performante cravou o tempo de 6:52.01 (seis minutos, 52 segundos e um décimo. Cerca de dois meses depois, a marca foi pulverizada por um carro elétrico: o Nio EP9, que anotou 6:45.90, uma vantagem superior a seis segundos na comparação com o Lambo e de quase 20 segundos em relação ao melhor tempo anteriormente obtido pelo próprio EP9 no circuito alemão.
O recorde pode ser questionado pelo fato de o EP9 ter uma produção extremamente limitada, com apenas dez unidades previstas, das quais seis já foram construídas – cada uma com o preço de US$ 1,48 milhão (cerca de R$ 4,6 milhões na conversão direta). Mas, por outro lado, o Performante é uma versão especial de um carro já bastante exclusivo, cujo volume de produção não foi anunciado até agora pela Lamborghini. O que se sabe é que o cupê começa a ser entregue em julho ao preço de US$ 274.390 (aproximadamente R$ 850 mil).
A Nio divulgou um vídeo com a volta histórica em Nürburgring, anotada na sexta passada, dia 12 de maio. Para obter o recorde, o esportivo movido a baterias conta com quatro motores, um em cada roda, que juntos somam a potência combinada de 1.360 cv. De acordo com a fabricante, é capaz de acelerar de zero a 100 km/h em apenas 2,7 segundos.
O Huracán Performante, por outro lado, é equipado com motor V10 naturalmente aspirado de 5,2 litros e 639 cv e, de acordo com a fabricante, sai da imobilidade e atinge os 100 km/h em 2,9 segundos. Combinando compósito de fibra de carbono e alumínio no chassi e carroceria, o Permormante leva vantagem no peso, de 1.380 kg, contra 1.735 do EP9, que precisa lidar com o peso extra das baterias.
Outro atributo essencial para o desempenho do elétrico é a sua aerodinâmica, trazendo asa traseira com três ajustes diferentes, entradas de ar gigantes na dianteira, que ajudam a aumentar a pressão do ar e “colar” o chassi do chão quando necessário. O Lambo, por outro lado, tem como trunfo a aerodinâmica ativa, que altera o ângulo de asas, flaps e outros dispositivos de acordo com a velocidade e com o modo de pilotagem.
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