Elétricos da Volks equilibram diversão e razão

Aceleramos os modelos ID.3 e ID.4, modelos que ainda não têm data de venda confirmada para o Brasil

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Lukas Kenji
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O WM1 acompanhou o lançamento global da família de elétricos da Volkswagen no Salão de Frankfurt de 2019, trouxe há pouco mais de dois meses as impressões sobre o primeiro contato que teve com os modelos ID.3 e ID.4 e já mostramos quais são os carros da linha ID da marca. Agora, finalmente,  é hora de contar para você como é acelerar esses carros.

É verdade que foi feito um test-drive de poucos quilômetros (demos uma voltinha com os elétricos na região do Jockey Club de São Paulo), mas a experiência já foi suficiente para ter uma dimensão do que os modelos podem proporcionar.

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Mas, primeiro, vamos a um resumo dos nossos protagonistas: ambos são baseados em uma plataforma específica da Volks para elétricos. Têm motores traseiros, distância entre-eixos extensa (2,77 m), rodas grandes, centro de gravidade baixo e balanços menores, tanto dianteiro, quanto traseiro.

Outra semelhança está no conjunto ótico. Os faróis principais têm sistema full-LED e um feixe que se estende até o logo da VW, numa referência parecida com o Taos.

O ID.4 aposta ainda em luzes chamativas e futuristas nas lanternas. Já o ID.3 se vale de elementos em preto brilhante no teto e na traseira. Enquanto o primeiro é mais familiar, o segundo é mais jovial.

Id 4 E Id3 Foto 2
ID.3 e ID.4 são baseados em uma plataforma específica da Volks para elétricos e têm motores traseiros
Crédito: Divulgação
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Golf do terceiro milênio

Foi com a opção menor que começamos nossa experiência. O ID.3, considerado o símbolo da revolução elétrica da Volks, tem estilo mais divertido. Espaçoso e com peças de boas qualidade ao toque, lembra a pegada de outro hatch de destaque da montadora. Não por acaso tem sido tratado na Europa como Golf do terceiro milênio.

O modelo tem suspensão tão confortável que parece ter sido feito de olho nas buraqueiras das ruas e avenidas brasileiras. Mas é bem sentado, graças ao ajuste das baterias no assoalho.

A direção tem pegada firme, enquanto a posição de dirigir é bem versátil. Mas experiência de guiar o modelo é mais rica por conta de algumas soluções visuais da Volks. Elas começam em um extenso feixe de luz próximo ao para-brisas que acende quando o veículo é ligado, passa pelas luzes customizáveis de ambiente e terminam na grande central multimídia que faz parceria com um cluster pequeno, mas cheio de informação.

Id3
O Volkswagen ID.3 é considerado o símbolo da revolução elétrica da marca alemã
Crédito: Divulgação
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Quanto ao motor, tivemos acesso à opção mais potente dentre as três oferecidas tanto para o ID.3, quanto para o ID.4. O rendimento é de 204 cv de potência, enquanto o torque é de 31,6 kgf.m.

Como você já deve ter ouvido falar, torque de carro elétrico é instantâneo. Ou seja, com o pé direito no assoalho, o bicho dispara. No ID.3, é interessante sentir o carro ganhar velocidade rapidamente. O modelo pode chegar aos 100 km/h em 7,3 segundos. O ID.3 é, portanto, 1,1 segundo mais lento do que o Golf GTI de oitava geração.

No entanto, não pareceu haver nada de muito especial ao trocar os modos de direção.

SUV de presença

Já o ID.4 chega aos 100 km/h em 8,5 segundos a partir da inércia. Mais pesado, o modelo também é bem mais extenso. Com 4,58 metros, é 12 cm mais comprido do que o Taos.

Mas no contexto europeu, o elétrico é considerado o primo mais em conta do Audi Q4 e-tron, uma vez que ambos dividem diversos sistemas e componentes.

Mais classudo por dentro, o ID.4 não nega a pegada familiar. A versão testada tinha alguns elementos em couro marrom, em contraste com vários botões sensíveis ao toque seja para acionar o ar-condicionado ou para abrir o teto solar.

Id4
Volkswagen ID.4 é o SUV médio da família de carros elétricos da marca alemã
Crédito: Divulgação
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Embora seja um pouco mais lento do que o ID.3, o utilitário-esportivo também apresenta respostas rápidas e tem suspensão correta, sem oscilações violentas em curvas.

Na Europa, há até uma versão mais esportiva, chamada de GTX, com motor ajustado para entregar 299 cv. O resultado é uma aceleração de 0 a 100 km/h em 6,2 segundos.

Em suma, os elétricos da Volks oferecem uma experiência excitante e equilibrada. Isto é, não são carros básicos com o diferencial de ter propulsão térmica, nem são unidades superfuturistas, repletas de mimos que o cliente muitas vezes nem usa.

Os elétricos da Volkswagen têm materiais corretos, mas sem muito requinte. O Golf 8, por exemplo, tem versões com componentes mais rebuscados do que o ID.3. No entanto, a atmosfera do elétrico é divertida e moderna, que tende a conquistar adeptos.

Os elétricos da Volkswagen vão para as lojas?

Apesar de promover o rolê com os elétricos, a Volkswagen ainda não confirma a venda dos modelos por aqui. Oficialmente, a marca afirma que vai testar a aceitação do público e dos lojistas para definir a comercialização.

A montadora não quer vender por vender. A ideia é oferecer uma experiência impactante no segmento de elétricos.

Mas, conforme adiantamos no primeiro contato com a família ID., o modelo que apresenta conjuntura mais favorável no mercado brasileiro é o ID.4. Isso porque os elétricos aqui disponíveis por mais de R$ 300 mil têm melhor saída do que os com valor de tabela inferior.

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