Encher o tanque do carro vai ficar mais barato

A Petrobras anunciou hoje (16/4) uma significativa mudança na política de preços da gasolina e do diesel. Sai de cena a Paridade de Preço de Importação (PPI), que alinhava os valores ao dólar e ao mercado internacional.

Com isso, o preço da gasolina deverá ter uma redução de R$ 0,40 para as distribuidoras já a partir de amanhã (17/4). Mas, na bomba, o que isso significa?

Para o consumidor final, a diferença será menor. Isso porque o preço final dos combustíveis sofre influência de impostos, custo da mistura do etanol anidro (que é diferente do etanol hidratado que vai diretamente no tanque) e demais taxas e custos, como lucro dos postos.

Vale lembrar que, a partir de junho, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS) dos combustíveis passará a ter um valor único, de R$ 1,22. Atualmente, a média é de R$ 1,08 - cada Estado define seu valor, e é por isso que a gasolina não tem o mesmo preço em todo o país.

Desta forma, neste primeiro momento o preço médio nacional deverá cair de R$ 5,49 para R$ 5,20 por litro - ou seja, R$ 0,29 a menos. Em junho, quando o ICMS for unificado, é provável que o preço do litro sofra nova mudança.

Com a redução de R$ 0,29, o preço médio do litro da gasolina no Estado de São Paulo, que atualmente é de R$ 5,35, deverá cair para R$ 5,06. Já no Rio de Janeiro, onde o preço médio atual é R$ 5,62, a expectativa é que caia para R$ 5,33.

Quanto custará abastecer o carro?

Bom, isso naturalmente vai variar de modelo para modelo. Mas podemos fazer algumas estimativas tomando por base alguns tamanhos de tanque de combustível de alguns automóveis vendidos no mercado brasileiro e o preço médio nacional estimado pela Petrobras.

Podemos adiantar, porém, que a diferença será mais sentida "em escala" - depois de vários abastecimentos. É que em apenas um abastecimento, a distância será relativamente pequena: entre menos de R$ 15 no caso de um subcompacto com tanque pequeno, e de menos de R$ 50 no caso de uma picape grande, com tanque  igualmente grande.

Vamos explicar melhor:

Hoje, o tanque médio de combustível de um automóvel de passeio com motor a combustão, no Brasil, é de 55 litros - e para essa média levamos em conta hatches, sedãs, SUVs compactos e médios, picapes pequenas, peruas e demais veículos tradicionais à venda no mercado.

Um tanque desses, completo com a gasolina no preço de hoje, R$ 5,49, custa R$ 301,95. Já com o novo preço esperado, esse valor vai cair para R$ 286. Pouco mais de R$ 15 de diferença.

Há casos de tanques menores, como o do Renault Kwid - que comporta 38 litros. No caso do subcompacto da marca francesa, o custo hoje é de R$ 208,62. E passará para R$ 197,60.  Apenas R$ 11,02 a menos.

Outro subcompacto muito vendido no país, o Fiat Mobi, leva 47 litros no tanque. Então o custo para enchê-lo do zero vai passar de R$ 258,03 para R$ 244,40. Nem R$ 14 de diferença.

E os utilitários-esportivos de luxo e as picaponas grandes, que costumam ter tanques enormes? Bem, abastecer esses veículos vai ficar apenas menos caro - ainda que isso pese menos no bolso de quem paga pelo menos meio milhão por um veículo, em média.

O tanque da RAM 1500 Rebel, por exemplo, pega 98 litros de gasolina. O custo atual é de R$ 538,02 e passará para R$ 509,60 - apenas R$ 28,42 a menos. E os poucos felizardos que andam a bordo de um Mercedes-AMG G 63, cujo tanque leva 100 litros, passarão a gastar R$ 520, um pouco menos que os R$ 549 de antes. Diferença de meros R$ 29.

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