Equipamentos de luxo que viraram itens comuns

É uma evolução bacana: os modelos basiquinhos de hoje são mais completos que muitos carrões de prestígio do passado

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Evandro Enoshita
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Por conta da evolução do mercado e da imposição da legislação de trânsito, mesmo modelos populares atuais como os subcompactos Renault Kwid e Fiat Mobi trazem de série itens que, até um tempo não muito distante, ainda eram restritos aos carros mais sofisticados. Confira a seguir alguns desses equipamentos de conforto e de segurança que já foram considerados artigos de luxo nos carros comercializados no mercado automotivo brasileiro, mas hoje são encontrados mesmo em alguns modelos bem básicos:

Foto 1 Cintos
Os carros populares brasileiros já foram equipados com cintos de três pontos fixos, que não eram retráteis
Crédito: Reprodução da internet
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. Cintos traseiros de três pontos

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A legislação de trânsito obriga que os cintos de três pontos retráteis estejam disponíveis para todos os ocupantes do banco traseiro. Mas o item já foi considerado um artigo de luxo. Surgiu no Brasil dos anos 1980 no luxuoso Volkswagen Santana e demorou para chegar pelo menos nas posições laterais do banco traseiro dos populares.

Até a década de 2010, ainda era comum que esses modelos de entrada fossem equipados de série com bizarros cintos laterais de três pontos fixos. Complicados de ajustar, ainda impediam a movimentação do passageiro quando corretamente apertados. Acabavam servindo como um desestímulo para o uso do equipamento de segurança.

Os airbags frontais - assim como os freios com ABS - são obrigatórios em todos os carros desde 2014
Crédito: Reprodução da internet
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. Airbags e ABS

Desde 2014, todos os carros comercializados no Brasil precisam contar com o airbag duplo frontal e freios ABS. Ambos itens eram oferecidos como opcionais mesmo em modelos médios dos anos 2000.

O primeiro carro nacional com freios ABS foi o Volkswagen Santana, que em 1991 ganhou o equipamento como opcional em sua versão mais cara, a GLS. Já os airbags frontais foram motivo de uma disputa entre a Chevrolet e a Fiat em 1996. O médio Fiat Tipo chegou antes, mas com a bolsa inflável apenas para o motorista. Já o Chevrolet Vectra de 2ª geração foi o primeiro com bolsas duplas.

Travar todas as portas por meio de um único botão é um luxo relativamente recente
Crédito: Reprodução da internet
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. Travas elétricas das portas

É muito desagradável ter um carro de quatro portas e precisar travar manualmente cada uma delas. Mas o que parece bizarro nos dias atuais, era a rotina dos donos de automóveis até os anos 1980. O Ford Del Rey Ouro, de 1981, foi o primeiro carro brasileiro a incorporar a trava elétrica das portas como item de série.

Mas alguns populares dos anos 2010 ainda não traziam a funcionalidade. Atualmente, até mesmo modelos de entrada estão equipados com sistemas que travam automaticamente as portas de acordo com a velocidade do automóvel.

O ajuste interno manual dos retrovisores já foi um item de luxo. Regulagens elétricas, então, eram coisa de limusines...
Crédito: Reprodução da internet
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. Retrovisor com ajuste interno

Já pensou ter que abrir o vidro em um dia chuvoso somente para ajustar os retrovisores externos de um carro. Pois isso era praxe no passado para boa parte dos donos de carros, exceto para os proprietários de modelos de prestígio que ofereciam o comando interno dos espelhos.

Até os anos 2000, quem tinha um modelo popular muitas vezes tinha que pagar um extra para trocar os retrovisores “dedais” por peças com comando interno manual, hoje um equipamento básico mesmo nos mais pelados dos populares.

Mesmo modelos esportivos do passado não vinham equipados com direção assistida
Crédito: Reprodução da internet
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. Direção assistida

A direção assistida já foi um item relativamente raro em automóveis produzidos no Brasil. Um exemplo disso é que até o cultuado Volkswagen Gol GTI de 1989, um modelo caro e desejado que foi o primeiro brasileiro com injeção eletrônica de combustível. Mas só foi ganhar o equipamento em 1993.

Atualmente, além da direção hidráulica (que depende de uma bomba movimentada pelo motor), os carros podem ser equipados com o sistema de assistência eletrohidráulico (que faz uso de uma bomba elétrica) ou elétrico (que troca o conjunto dependente de fluído por um motor elétrico na coluna de direção).

De série em todos os Mobi e Kwid, por exemplo, o ar-condicionado item já foi opcional mesmo em carros de luxo
Crédito: Reprodução da internet
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. Ar-condicionado

O ar-condicionado chegou aos carros brasileiros em 1966, no luxuoso Willys Itamaraty, e durante décadas era oferecido como opcional apenas por um punhado de carros de prestígio. Era muito comum inclusive ver modelos de luxo sem o equipamento.

A popularização, ainda que lenta, teve início apenas nos anos 1990, quando o popular Fiat Uno Mille Electronic ganhou o ar-condicionado como equipamento opcional. Hoje, o equipamento é padrão desde as versões básicas do Fiat Mobi e Renault Kwid e mesmo alguns compactos têm sistemas com ajuste automático de temperatura.

 

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