Europa recua em relação aos veículos elétricos

Nova proposta permite que modelos com motor a combustão continuem em produção depois de 2035. Confira os detalhes

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Fernando Calmon
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A União Europeia (UE) tomou decisões radicais em relação ao prazo para banir a venda, em 2035, de todos os motores a combustão interna e obrigar a comercialização apenas de veículos 100% elétricos. Esta semana, a inglesa Reuters, maior agência de notícias do mundo, destacou que era óbvio um recuo devido às críticas incessantes da indústria automobilística e de governos da Alemanha e Itália.

A nova proposta da Comissão Europeia (CE) permite que híbridos plug-in, elétricos com extensor de alcance (usam motor-gerador a combustão no lugar de baterias muito grandes), híbridos básicos e plenos, além de veículos apenas com motor a combustão interna "continuem a desempenhar um papel após 2035". Também prevê créditos fiscais para veículos elétricos pequenos fabricados na UE e frotas empresariais.

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A União Europeia tem nova proposta que permite motores a combustão mesmo depois de 2035
Crédito: Divulgação
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Segundo a Reuters, especialistas consultados afirmam que a proposta dá à indústria automobilística e a governos dos Estados-membros mais flexibilidade para estimular veículos elétricos que concorram com os chineses. Ao mesmo tempo, assegura aos fabricantes venderem diferentes tipos de veículos a quem ainda não está preparado para a transição.

Isto ocorre, desde já, em países com população de menor poder aquisitivo e também porque montar uma rede de recarga em estradas sai caro. Afinal, poucas pessoas podem comprar um carro elétrico para uso urbano e outro com motor a combustão ou híbrido para viajar sem preocupações de perder um longo tempo com o veículo na tomada.

Nos EUA, a demanda por veículos elétricos caiu após o término do crédito fiscal federal de US$ 7.500 (R$ 41.250)
Crédito: Reprodução / iStock
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Foi a segunda vez este ano que a CE recuou em relação a metas rigorosas. Deu à indústria uma "margem de manobra" para cumprir regras de emissões de 2025 ao longo de três anos, acrescentou a agência noticiosa.

Nos EUA, marcas americanas se concentrarão em modelos a gasolina e híbridos, pois a demanda por veículos elétricos caiu após o término do crédito fiscal federal de US$ 7.500 (R$ 41.250). Sempre destaquei em relação aos elétricos: rumo certo, ritmo incerto. Neste caso, marcar datas fatais não funciona. Novos recuos da CE ainda podem ocorrer.

 

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