
O hatch foi dado como um presente da Fiat para Mansell após o GP da Itália de 1990. Na época, ele era piloto da Ferrari e ainda não havia garantido o seu único título na categoria, o que só viria dois anos depois pela Williams. De acordo com o vendedor, o carro está em ótimo estado de conservação, e tem apenas pequenos arranhões e marcas de uso normais para um automóvel original com pouco mais de três décadas de estrada.
Apesar de bem mais simples que as Ferrari normalmente dadas como presente aos pilotos de Fórmula 1, o Tipo de Mansell é um exemplar especial. Com o chassi número um milhão, o carro da versão 1.8 DGT (motor 1.8 de 112 cv) tem painel digital, direção do lado direito e foi pintado no tradicional tom verde British Racing Green, indisponível para o modelo na época.
O Tipo só foi licenciado pela primeira vez em janeiro de 1992, e Mansell vendeu o carro em novembro do mesmo ano após ter rodado apenas 425 milhas (cerca de 684 quilômetros). Depois disso, o modelo passou pelas mãos de outros quatro donos, incluindo um concessionário Fiat e um museu, que somaram mais 50.520 milhas (81.000 quilômetros) no hodômetro.
O sucesso levou a Fiat a nacionalizar o Tipo em 1996, que ganhou um novo motor 1.6 com injeção multiponto e 92 cv. Mas na mesma época, casos de incêndio causados por um vazamento de fluido hidráulico nas unidades importadas derrubaram a reputação do modelo. Mesmo com um recall o Tipo acabou marcado pelo problema e já em 1997 a marca interrompia sua produção no Brasil. O caso levou a uma forte desvalorização do modelo nos anos seguintes, e o Tipo só recuperou o status de "carro desejável" a partir de 2010.