Ford quer produzir 600 mil elétricos até 2023

Marca terá novo SUV "EV" e aumentará a produção anual de veículos eletrificados para 2 milhões de unidades até 2026

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Alexandre Ciszewski
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A Ford tem planos ambiciosos para aumentar sua produção de veículos elétricos, com novas parcerias para produção de baterias e fontes de matérias-primas. A marca afirma que, com esses novos fornecedores, ficará mais próxima de atingir sua meta de produção de 600.000 EVs até o final de 2023 e, eventualmente, aumentá-lapara mais de 2 milhões de EVs anualmente até o final de 2026.

Esse plano prevê um investimento de US$ 50 bilhões em veículos elétricos. O objetivo é que metade de produção mundial da marca seja de veículos elétricos até 2030, a caminho de alcançar a neutralidade de carbono até 2050. A Ford diz que garantiu 60 gigawatts-hora, o que é 100% da capacidade anual de células de bateria necessária para atingir sua meta de 2023. Esta notícia surge um dia depois de a Bloomberg informar que a Ford está planejando cortar até 8.000 empregos da divisão Ford Blue, que é responsável pela construção de seus veículos movidos a gasolina.

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Ford Mustang Mach E
A Ford deve produzir 270 mil unidades por ano do esportivo  Mustang Mach-E até o fim de 2023
Crédito: Divulgação
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A Ford detalhou como espera atingir 600.000 EVs por ano até o final do próximo ano. Espera-se que cerca de 270.000 unidades sejam do Mustang Mach-E, e esse número incluirá vendas na América do Norte, Europa e China. A Ford também prevê a produção de 150.000 unidades da picape F-150 Lightning para a América do Norte e 150.000 E-Transit na América do Norte e Europa. Por fim, a Ford diz que lançará um SUV elétrico totalmente novo na Europa, que contribuirá com 30.000 unidades antes que a produção aumente significativamente, em 2024.

Para ajudar a atingir essas metas, a Ford está complementando suas baterias de níquel-cobalto manganês existentes com baterias de lítio-ferro-fosfato. Estes últimos vêm por meio de um novo contrato com a Contemporary Amperex Technology Co., Ltd. (CATL), com os pacotes destinados aos Mach-Es na América do Norte em 2023 e picapes Lightning em 2024. A montadora diz que, ao diminuir a dependência de minerais, incluindo níquel, as baterias de fosfato de ferro e lítio trarão uma economia de custos de 10% a 15% em comparação com as unidades de níquel cobalto manganês.

Ford F 150 Lightning
A Ford prevê a produção de 150 mil unidades elétricas da picape F-150 Lightning para a América do Norte
Crédito: Divulgação
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Ainda assim, a parceira LG Energy Solutions dobrou a capacidade em sua fábrica na Polônia para fornecer baterias de níquel cobalto manganês para os Mach-Es e os E-Transits, e o parceiro SK On está preparado para aumentar a produção de unidades de níquel cobalto manganês para uso em Lightnings e E-Transits até o final de 2023.

A Ford também diz que alcançou 70% da capacidade de células de bateria necessária para sua meta de 2 milhões de EVs em 2026 por ano. A Ford e a CATL assinaram um acordo não vinculativo para fornecer baterias na China, Europa e América do Norte, e a marca norte-americana também terá três fábricas de baterias através da joint venture BlueOval SK com a SK On no Tennessee e no Kentucky. Por fim, a Ford também assinou acordos com três mineradoras para obter a maior parte do níquel e do lítio de que precisa até 2026.

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