Ford Ranger Raptor estreia no Brasil; veja o preço

Opção mais extrema da picape média chega ao Brasil com muita performance, tecnologia, brutalidade e custando R$ 448.600

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Marcelo Monegato
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A Ford Ranger Raptor 2024 está oficialmente no Brasil. A picape média desenvolvida para entregar “alt(íssim)a” performance começa a ser vendida em dezembro por R$ 448.600, e as primeiras unidades serão entregues em fevereiro de 2024.

Ainda não tivemos, infelizmente, a oportunidade de acelerar a bruta fabricada na Tailândia, mas o que você irá ler nos próximos parágrafos vai, com certeza, deixá-lo com a mesma impressão que tivemos: a Ranger Raptor é insana!

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Grade sem símbolo, mas com o nome "Ford", é uma característica da Ranger Raptor
Crédito: Divulgação
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Ford Ranger Raptor 2024

Motor e câmbio: casamento perfeito

Poderíamos começar a descrever a Raptor de várias maneiras. Mas vamos pelos números que deixam qualquer esportivo com (muita) inveja.

A versão extrema da Ranger é equipada com motor 3.0 V6 biturbo, que bebe apenas gasolina, e entrega 397 cv de potência a 5.650 rpm e torque de 59,4 kgf.m a 3.500 rpm.

Atrelado a um câmbio automático de 10 marchas com relações exclusivas, a Raptor acelera de 0 a 100 km/h em apenas 5,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 180 km/h (limitada eletronicamente).

Muitos vão dizer que o “dono de uma Raptor não se preocupa com isso”, mas é nossa obrigação informar. O consumo de combustível, de acordo com a própria Ford, é de 8,3 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada. Ok, não dá para chamar de econômica, mas feio também não faz...

A "insana" picape tem motor 3.0 V6 biturbo a gasolina de 397 cv de potência máxima
Crédito: Divulgação
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Suspensão: um capítulo especial

Mas, definitivamente, o que faz a Ranger Raptor especial são outros elementos que, assim como o motor e câmbio, estão escondidos.

O ponto alto da “insana” está na suspensão, que é ativa. Isso mesmo. O conjunto se adapta constantemente às necessidades do motorista. Com amortecedores Fox Live Valve Shocks de 2,5 polegadas que poderiam ser usados em carros de competição, a Raptor tem uma capacidade absurda de enfrentar – em baixas e altas velocidades – qualquer tipo de terreno.

Por meio de câmaras de compressão que fazem a leitura individual de cada um dos quatro amortecedores, mais acelerômetro e sensores posicionados em locais da carroceria, centenas de leituras (500, para sermos mais precisos) são feitas a cada segundo para entregar exatamente o que é necessário.

Vale destacar que na dianteira a suspensão da Raptor utiliza Double Wishbone com braços em liga de alumínio, e na traseira Watts Link com mola helicoidal.

São várias as opções de tração e modos de condução - tanto para on road como para off-road
Crédito: Divulgação
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Automaticamente, os amortecedores podem assumir dois perfis: “Salto”, para encarar trilhas em alta velocidade, e “Máxima Aceleração”, para garantir estabilidade.

No entanto, o próprio motorista também pode fazer os ajustes a partir de três configurações pré-definidas: Normal (on road), Sport (on road) e Baja (off road). Basta o condutor acionar um botão posicionado no lado direito do volante multifuncional, que tem excelente empunhadura.

Além das inúmeras personalidades da suspensão, a Ranger Raptor oferece sete modos de condução. Todos atuam diretamente no motor, na transmissão, suspensão (claro), direção, freios, tração e escapamento.

Interior é amplo, utiliza materiais agradáveis ao toque, e sim, traz muita tecnologia
Crédito: Divulgação
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Alguns já são conhecidos e encontrados em muitos outros modelos: Normal, Escorregadio, Lama/Terra e Esportivo.

No caso da bruta desenvolvida pela Ford Performance, outros dois foram criados pela altíssima capacidade off road: Rock Crawl, que tem como principal foco encarar terrenos extremamente acidentados em velocidades baixas, e Baja, que é para entregar o máximo de desempenho – neste modo, o turbo, por exemplo, continua funcionando por 3 segundos após o motorista tirar o pé do acelerador para eliminar o turbo lag e garantir máxima performance assim que ele cravar novamente o pé no pedal da direita.

Bloqueio do diferencial dianteiro e traseiro, capacidade para encarar 850 mm de áreas alagadas (sem snorkel), ângulo de entrada, saída e transposição de rampa de 32°, 27° e 24°, respectivamente, elevam a capacidade fora-de-estrada da Ranger Raptor.

Até Piloto Automático Off-Road a picape média tem! Segundo o time de engenharia da marca, a tecnologia funciona com velocidade até 32 km/h, e busca a melhor tração em subidas e descidas, deixando o motorista focado apenas em controlar o volante.

Central multimídia tem tela de 12 polegadas, é na vertical, e tem excelente usabilidade
Crédito: Divulgação
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Mais modos: escape e direção

E parece que “modos” foram o mantra dos engenheiros da marca norte-americana durante o desenvolvimento, pois a direção também tem quatro “modos” (Normal, Conforto, Esporte e Off-Road), e até o escapamento (com duas saídas) tem quatro “modos” (Silencioso, Normal, Esporte e Baja – este último é o famoso “acorda vizinho”).

Dimensões: maior que a Ranger em quase tudo

A Raptor impressiona muito pelo porte. A configuração insana (não nos cansamos de usar essa palavra para definir essa picape) é maior, mais larga, mais alta, e tem bitolas maiores em comparação com a opção “comum” da Ranger. As duas dividem apenas a mesma distância entre os eixos.

E apesar de estarmos falando de uma caminhonete, a caçamba (ponto que não falamos até o momento) tem capacidade para 736 kg. Sim, é pouco, mas a Raptor não foi feita para trabalhar, mas para divertir. Se a intenção é colocar uma Ranger para trabalhar, essa, definitivamente, não é a versão.

Formato dos bancos é inspirado, de acordo com a Ford, nos caças da Força Aérea dos EUA
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Assentos são revestidos em couro e suede, e têm detalhes em laranja (não importa a cor da carroceria)
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Interior e conteúdo: lista de compras do mês

Por dentro, a Ranger Raptor tem requinte, conforto e personalidade. A começar pelos bancos dianteiros com formado inspirado nos bancos dos caças da Força Aérea dos Estados Unidos. Aliás, todos os assentos são revestidos com uma mistura de couro, suede, e detalhes em laranja – independente do tom da carroceria (cinco disponíveis).

O painel de instrumentos é totalmente digital, tem tela de 12,4 polegadas, e além de possibilitar inúmeros configurações a partir do gosto do motorista, os “modos” de condução também alteram a cor da iluminação. Ah, o volante multifuncional, que já mencionamos ter excelente pegada, tem enormes aletas – algo que alguns carros esportivos deveriam ter, mas apelam para botões pequenos.

Assim como os faróis, as lanternas são em LED
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Caçamba da Ranger Raptor tem capacidade para 736 quilos - mas ela não foi feita para trabalhar
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O console central é elevado. Tem a manopla de câmbio e o seletor dos modos de condução e tração. E não tem como não notar a enorme central multimídia posicionada na vertical e com 12 polegadas – algo que a Ranger “comum” possui também.

Vale destacar ainda a lista de equipamentos, que mais parece a lista de compras do mês de uma família com cinco crianças:

  • Bancos dianteiros com ajustes elétricos (10 posições);
  • Caçamba com proteção;
  • Tomadas de 120 volts e 12 volts;
  • Tampas laterais na caçamba para instalação de acessórios;
  • Sistema de som B&O com oito alto-falantes;
  • Iluminação 360°;
  • Câmera frontal;
  • Sensor de estacionamento dianteiro e traseiro;
  • Central multimídia com sistema Sync4;
  • Carregador wireless;
  • Entradas USB-A e USB-C;
  • Tomada 120 Volts (interna);
  • Conexão com Android Auto e Apple CarPlay sem necessidade de cabo;
  • Frenagem Autônoma de Emergência;
  • Frenagem Autônoma de Emergência em Marcha Ré;
  • Controlador de Velocidade Adaptativo com função Stor&Go;
  • Assistente de Permanência em Faixa;
  • Assistente de Centralização em Faixa;
  • Frenagem Pós Colisão;
  • Sistema de Monitoramento do Ponto Cego;
  • Assistente de Estacionamento;
  • Faróis com tecnologia Matrix;
  • Tecnologia de Reconhecimento dos Sinais de Trânsito;
  • 7 airbags;
  • Painel de instrumentos é 100% digital, configurável e tem excelente visualização - tela tem 12,4 polegadas
    Crédito: Divulgação
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    Desing: a Ranger Raptor, sim, seduz

    Se você chegou até aqui, com certeza já viu todas as fotos da Ranger Raptor. Ok, gosto é algo extremamente pessoal, mas dizer que a picape da Ford é feia é pesar demais a mão...

    A Raptor, claro, segue muito a linha da F-150 Raptor. E isso é excelente. Chama a atenção a grade frontal com o escrito “Ford” e a ausência do símbolo da marca, o tradicional oval azul. Faróis em LED meio que contornando a grade frontal, para-choque com linhas fortes e com um peito de aço gigante foram o cartão de visitas.

    Vendas começam e dezembro (R$ 448.600), e as primeiras unidades chegam apenas em fevereiro
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    Nas laterais as rodas de 17 polegadas e os pneus para todo terreno bem borrachudos assinam o visual da Ranger extrema. Vale destacar ainda os adesivos que funcionam como tatuagem na carroceria.

    Na traseira, o grafismo das lanternas em LED, o “Raptor” destacado na tampa da caçamba junto com o símbolo da Ford na cor preta, e especialmente as duas saídas de escape dão personalidade ao picapona.

    Sucesso grantido?

    Com certeza! O preço de R$ 448.600 não será uma barreira para todas as unidades sumirem das concessionárias da marca mais rápido que o 0 a 100 km/h dela, pois neste valor, além de tudo o que você leu, tem algo que a Raptor leva na caçamba sem dificuldade nenhuma, chamado exclusividade.

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