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GM e Honda: juntas pela célula de combustível

Tecnologia será aplicada nos futuros produtos das duas empresas

por Redação WM1

Recentemente vimos grandes montadoras se unindo para aumentar a infraestrutura para carros elétricos na Europa. Agora, dois grandes nomes da indústria automotiva, GM e Honda, juntaram seus investimentos e formaram a primeira joint-venture da indústria automotiva para a produção em massa de um sistema de células de combustível de hidrogênio que será utilizado nos futuros veículos das marcas.


Para que você entenda, a tecnologia de célula de combustível “resolveria” algumas questões importantes que os carros enfrentam na atualidade, como emissões, eficiência, autonomia, tempo de reabastecimento e a dependência do petróleo. Isso porque os veículos movidos a célula de combustível podem operar com hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis como eólica e biomassa. Em vez de poluentes, veículos deste tipo emitem vapor d’água.



Todavia, o processo precisa evoluir e é oneroso. Por isso, as empresas integraram as equipes de desenvolvimento e compartilharam conteúdo de propriedade intelectual para criar uma solução comercial mais acessível para a tecnologia, bem como para sistemas de célula de combustível e armazenamento de hidrogênio.


“A eventual implantação desta tecnologia nos veículos de passageiros criará opções de mobilidade mais diferenciadas e ambientalmente amigáveis para os consumidores”, diz Mark Reuss, Vice-presidente executivo de Desenvolvimento de Produto Global, Compras e Cadeia de Fornecedores da GM.


A nova empresa, batizada de Fuel Cell System Manufacturing, LLC, ou Manufatura de Sistema de Células de Combustível, em português, a irá operar dentro da fábrica de baterias da GM em Brownstown, Michigan, Estados Unidos. Cada montadora fez um investimento igualitário, totalizando US $85 milhões.


Curiosidade: GM e Honda já trabalharam juntas em 1999 no desenvolvimento colaborativo de sistemas de propulsão, quando a Honda fabricou 50.000 motores V-6 para o modelo Saturn VUE e recebeu motores a diesel da filial da GM, Isuku, para uso na Europa.


A produção em massa está prevista para iniciar por volta de 2020 e gerar aproximadamente 100 novos empregos. O acordo de colaboração foi anunciado em Julho de 2013. “Nos últimos três anos, engenheiros da Honda e GM têm trabalhado como um time único, em que cada empresa fornece seu conhecimento específico para criar a próxima geração de sistema de célula de combustível compacto e de baixo custo”, afirma Toshiaki Mikoshiba, diretor de operações da Honda para a América do Norte e presidente e CEO da Honda América do Norte.


A joint-venture será operada por um conselho de administração composto por três executivos de cada empresa. Além disso, o posto da presidência será rotativo, intercalado entre as empresas.



No mercado


As duas marcas são líderes reconhecidas em tecnologias de célula de combustível com mais de 2.200 patentes, de acordo com o Índice de Crescimento de Patentes de Energia Limpa (Clean Energy Patent Growth Index). A GM e Honda aparecem no ranking como número 1 e número 3, respectivamente.


A Honda já vende o Clarity Fuel Cell No Japão e Estados Unidos, o modelo tem autonomia de 589 quilômetros e economia média de combustível de 109 quilômetros por litro do equivalente a gasolin, segundo a montadora.


O primeiro protótipo de hidrogênio apresentado no mundo foi em 1966, pela GM. Batizado de Eletrovan, ele tinha praticamente uma “usina” de eletricidade na traseira e levava apenas dois ocupantes. Em 2016, a GM apresentou a picape Colorado ZH2, desenvolvida em parceria com Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia Automotiva de Tanques do Exército Americano (TARDEC). Todavia, a marca não lançou até hoje um modelo com esta tecnologia no mercado.


A Toyota também tem seu exemplar movido a célula de combustível, o Mirai, vendido no Japão.



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