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Google pisa no freio na produção de seu autônomo

Empresa faz parcerias e opta por incorporar suas tecnologias autônomas em carros da FCA

por Karina Simões

A corrida para os autônomos parece estar mais difícil que o esperado. Uma das empresas que estava investindo pesado na tecnologia, a Google, parece ter pisado com força no freio no desenvolvimento de seu carrinho autônomo (aquele super compacto e, convenhamos, um tanto estranho que você pode ver na foto abaixo). O motivo? A empresa vai adotar uma nova estratégia, seus autônomos serão um dia realidade, mas sob a bandeira de uma nova empresa chamada Waymo. O anuncio foi feito nesta terça-feira (13) na Califórnia, Estados Unidos.



No site da Waymo, dá pra notar que o foco é menor na construção de seu próprio carro e maior no software, na experiência do usuário e nas lições aprendidas nos testes com veículos autônomos nas ruas. Segundo eles, o próximo passo será deixar as pessoas testarem o carro autônomo para fazerem suas tarefas do dia a dia.


Parcerias com montadoras


Aquela história de carro sem volante e sem pedais será deixada de lado por um tempo. Segundo o site The Information, a empresa fará parcerias com montadoras para implementar sua tecnologia autônoma em carros “comuns”. Pode representar um passo para trás para uma empresa que declarou que os autônomos não deveriam ter volante nem pedais, mas é um plano bem mais realista.



O site ainda informou que os protótipos do Google que estavam em testes nos últimos anos começaram a quebrar, então, com a necessidade de construir novos eles teriam três opções: projetar e construir um carro de ponta a ponta; trabalhar com uma marca de automóveis existente para construir um carro que iria incorporar os softwares e sensores do Google - ainda sem volante ou pedais, o que exigiria grande desenvolvimento da empresa de tecnologia-, ou, firmar parceria com uma montadora para integrar a tecnologia autônoma em um carro já existente.


Não deve ter sido muito difícil para a Google perceber que construir o próprio carro seria o mais oneroso e trabalhoso, especialmente na escala necessária para competir contra as montadoras, e escolheu a última opção. Em maio deste ano, a empresa firmou uma parceria com a Fiat Chrysler para colocar sua tecnologia autônoma nos SUVs da marca. Há rumores de que a parceria tem dado certo. A prioridade agora é colocar os carros da FCA equipados com o software da Google nas ruas o mais breve possível para que a empresa colha mais dados e aprimore ainda mais a tecnologia.


As empresas de tecnologia não vão desistir de ter seus autônomos. O Google já anunciou que quer desenvolver taxis autônomos, e o Uber pagou recentemente US$ 680 milhões na compra da startup Otto, de caminhões autônomos, para desenvolver o sistema.


Há quem ache que a realidade dos autônomos está mais perto do que imaginamos. Shahar Waiser, CEO do app de táxi Gett, declarou que em 10 anos milhões de motoristas perderão seus empregos e que os seres humanos não poderão mais dirigir. Nós do WM1, que amamos dirigir, sabemos que os autônomos são um caminho sem volta, mas em 10 anos ou mais estamos convictos que ainda teremos carros para pisarmos fundo.


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