GTI: cinco décadas dos esportivos da Volkswagen

Do pioneiro Golf aos modelos brasileiros: veja a trajetória dos esportivos da VW, cuja próxima geração será elétrica

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Evandro Enoshita
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Engana-se quem pensa que os Volkswagen GTI devem sumir com junto com os carros a combustão. A marca alemã prepara para 2026, uma variação elétrica do Golf esportivo.

Esse novo Golf GTI deverá beber na fonte do conceito ID. GTI Concept, mostrado em setembro no Salão de Munique (Alemanha), e será parte da nona geração do modelo médio. Aliás, o Golf foi o primeiro Volkswagen a ostentar a sigla GTI.

Revelada em março de 1975 e lançada no mercado europeu no ano seguinte, esta variação esportiva do Golf saía de fábrica com um novo motor 1.6 com 110 cv e injeção eletrônica de combustível (daí o "I" na nomenclatura da versão). Suficiente para fazer com que o pequeno hatch atingisse os 182 km/h de velocidade máxima.

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O clássico Golf GTI de primeira geração: motor 1.6 de 110 cv e velocidade máxima de 182 km/h
Crédito: Divulgação
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Esses números podem parecer pouco empolgantes para o padrão atual da indústria, mas eram números dignos de um esportivo de pequeno porte lá nos anos 1970.

Uma curiosidade é que a Volkswagen destaca que o nome GTI não era unanimidade dentro da direção da fábrica, com siglas como TS e GTS tendo sido consideradas para o esportivo.

Desde então, a sigla GTI seguiu presente nas gerações seguintes do Golf e chegou também a vários outros modelos da Volkswagen, como o Polo, o Scirocco e até o Up! europeu.

Com motor 2.0 de 210 cv, é atualmente a variação mais potente do Polo no mercado europeu. Já na linha Golf, o posto de variação mais potente da linha é do R Performance (333 cv). Mas o GTI Clubsport não fica muito atrás: 300 cv.

O Gol de 1989 foi o primeiro representante da linhagem dos GTI brasileiros
Crédito: Divulgação
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Os GTI brasileiros

Mesmo o Golf tendo sido o pioneiro global do nome GTI, aqui no Brasil, coube ao Gol o privilégio de ser o primeiro modelo da Volkswagen a usar a sigla esportiva. Foi em 1989, quando o hatch compacto passou a ser equipado com um motor 2.0 de 120 cv - o primeiro propulsor injetado em um carro brasileiro.

Cultuados quando novos e com baixa produção, esses Gol GTI pioneiros hoje são carros valorizados pelos colecionadores. Tanto que exemplares impecáveis do GTI "quadrado" são vendidos por preços acima dos R$ 100 mil.

Cultuados também são os GTI 16V da segunda e terceira gerações do modelo. Essas foram as variações mais potentes do Gol em suas mais de quatro décadas de história. Eram equipadas com um motor 2.0 16 válvulas, cujo cabeçote multiválvulas vinha do Golf GTI 16V da época - e desenvolvia 145 cv.

O Golf GTI de sétima geração foi o último carro a usar a sigla esportiva no mercado brasileiro
Crédito: Reprodução/Webmotors
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Golf GTI no Brasil

Falando no Golf, o primeiro GTI oferecido de maneira oficial no Brasil foi o carro de terceira geração. O modelo chegou em 1994, importado do México e apenas na carroceria de duas portas. Já o motor era um 2.0 oito válvulas, de 116 cv.

O GTI "MK3" saiu de cena com a chegada do Golf de quarta geração, lançado no Brasil em 1998 com um novo motor 1.8 turbo de 150 cv. Inicialmente importado da Alemanha, foi nacionalizado já no ano seguinte.

O Golf GTI de quarta geração teve uma carreira bem longa no Brasil. Reestilizado e com motor 1.8 recalibrado para 193 cv, ficou em linha até 2009.

O último dos Golf GTI vendidos no Brasil foi o de sétima geração. Chegou importado, em 2014, com um motor 2.0 turbo de 220 cv. Nacionalizado em 2016, seguiu em produção na fábrica de São José dos Pinhais (PR) até 2019. Esses exemplares da última leva estão disponíveis aqui na Webmotors por preços acima dos R$ 200.000.

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