Híbridos e elétricos são analisados pela Anfavea

Anfavea projeta cenários flexíveis para esses veículos. Em 2030, eles poderão representar entre 39% e 54% da das vendas

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Fernando Calmon
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No atual panorama de incertezas no mundo em relação ao que os consumidores vão decidir comprar, fica mais difícil ainda fazer projeções para o Brasil. Mas como a indústria automobilística tem que fazer investimentos altos e com grau de risco elevado porque não pode errar, tudo se torna complicado.

De nada adianta produzir só o que o governo quer, como na China, se os compradores com direito de escolha nos outros países estiverem inseguros sobre os rumos. Mesmo no maior mercado individual, o chinês, já se detectou este ano um soluço nas vendas de modelos elétricos.

Leapmotor International envia o primeiro lote de veículos elétricos da Leapmotor da China para a Europa
Segundo análise, a participação de mercado de elétricos e híbridos deve crescer nos próximos anos
Crédito: Divulgação
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Isso está cristalino — e algo bem mais que um soluço — nos outros dois maiores polos mundiais, EUA e Europa. Na Índia e no Japão, terceiro e quarto mercados tomados individualmente, o cenário está favorável aos híbridos.

Por isso, as conclusões do estudo da Anfavea e da especialista contratada Boston Consulting Group, que acaba de ser revelado em versão final, apontam três hipóteses dentro do escopo de descarbonização da atmosfera, pois o gás carbônico (CO²) é o principal responsável pelo efeito estufa.

"Se hoje os modelos eletrificados respondem por pouco mais de 7% do mix de vendas de veículos leves, em 2030 eles representarão de 39% a 54%; em 2035, de 65% a 78%; e em 2040, de 86% a 91%. Primeira possibilidade, nível de adoção gradual; na segunda, nível de adoção acelerada”, afirmou a Anfavea em comunicação oficial.

A busca por elétricos - como o BYD King acima - e híbridos tem aumentado no Brasil
Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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Convém comentar o termo da moda "eletrificado". Veículos híbridos básicos (ou semi-híbridos), híbridos plenos e híbridos plugáveis enquadram-se na categoria de motores a combustão com diferentes níveis de auxílio de um motor elétrico. Diferentes, portanto, de um carro 100% elétrico a bateria.

No caso dos hipotéticos 91% em 2040, estão somadas as quatro opções. Entretanto, mesmo essa análise pode não refletir a realidade atual, abalada por notícias recentes do exterior. A Northvolt está demitindo um quinto de sua equipe global e suspendeu a expansão de sua principal fábrica de baterias na Suécia.

A Stellantis e a empresa francesa Orano abandonaram o projeto para reciclar baterias de veículos. A empresa também congelou os planos de construir duas novas fábricas de baterias. A Acea (Anfavea europeia) também solicitou revisão da meta de redução de emissões de 2025 porque contava com a "ajuda" de carros elétricos - contudo, estes não encontraram compradores suficientes.

O Audi Q7 2025 tem sete lugares e passou por mudanças visuais. Vendas já este mês, por R$ 692 mil
Crédito: Divulgação
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Audi Q7 2025 chega no fim do mês com boas novidades

A marca das quatro argolas entrelaçadas quer marcar os 30 anos de presença no Brasil com mais lançamentos. Um deles é o Q7 2025 de sete lugares, com visual renovado e preço confirmado de R$ 692 mil já no final de outubro.

Além de grade e para-choque traseiro novos, a Audi substituiu em boa hora as saídas de escapamentos, antes apenas decorativas, por elementos autênticos. Faróis altos com tecnologia laser (opcionais) são acompanhados por assinaturas luminosas selecionáveis.

As suspensões passaram a ser adaptativas com distância livre, que pode variar entre 60 mm para cima e 30 mm para baixo, além de rodas de 22 polegadas. Há

opção de eixo traseiro esterçante.

Nos próximos três anos haverá 20 novos modelos e agora em dezembro estreará o elétrico Q6 e-tron com preços a partir de R$ 530 mil. O modelo terá alcance de 411 quilômetros no padrão Inmetro (bateria 100 kWh), 387 cv de potência e sua arquitetura é a PPE (sigla em inglês para Plataforma Elétrica Premium, de origem Porsche).

O Hyundai Palisade chegou junto com o Ioniq5 ao Brasil: capacidade para oito pessoas sem apertos
Crédito: Divulgação
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Hyundai lança Palisade e Ioniq 5 simultaneamente

Agora única responsável pela importação de todos os seus modelos (antes exclusividade do grupo Caoa) a marca sul-coreana já pôs à venda o SUV de oito lugares Palisade (R$ 449.990) e o elétrico Ioniq 5 (R$ 394.990).

O primeiro é um dos poucos SUVs de oito lugares no mercado brasileiro e suas dimensões impressionam: 4,99 metros de comprimento, 2,90 m de entre-eixos, 1,97 m de largura e 1,75 m de altura. O porta-malas comporta 595 litros e, com as duas fileiras de trás rebatidas, são nada menos que 2.494 litros.

Mesmo os dois passageiros da última fileira encontram espaço para ombros, pernas e cabeças surpreendentes. E o acesso a esta terceira fileira exige menos contorcionismo do que em outros modelos de menor porte.

Os bancos dianteiros têm comandos elétricos, o do motorista com memória. A central multimídia tem 10,2 polegadas e boa resolução, mas poderia ser um pouco maior. A ergonomia interna também se destaca.

O motor é um V6 de 3.8 litros, que entrega 295 cv de potência e 36 kgf.m de torque, permitindo aceleração de zero a 100 km/h em 7,7 segundos e velocidade máxima de 210 km/h. Mesmo com lotação total, não deve demonstrar lentidão em ultrapassagens em estradas, pelo que demonstrou em um primeiro contato no autódromo Capuava, em Indaiatuba (SP).

O consumo, no entanto, cobra seu preço como esperado: pelo padrão Inmetro, o carro faz 7,3 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada.

O Ioniq 5 tem dois motores elétricos e entrega 352 cv de potência combinada
Crédito: Marcelo Monegato/Webmotors
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Quanto ao Ioniq 5: como todo elétrico, impressiona muito bem pelo desempenho. São dois motores com a repartição correta: traseiro de 228 cv e 35,7 kgf.m e dianteiro de 101 cv e 26 kgf.m. Potência e torque combinados: 325 cv e 61,6 kgf·m.

Pela pressão no pescoço, a sensação que passa, ao pisar fundo no acelerador, é parecida com a de um carro esporte logo nos primeiros 50 metros. A Hyundai indica aceleração de zero a 100 km/h em 5,3 segundos.

    Embora a fabricante sul-coreana o classifique como um SUV, parece mesmo um hatch de teto elevado dentro de um estilo agradável com um vinco lateral pronunciado em diagonal.

    Trata-se de um modelo avantajado em dimensões: 4,65 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,60 m de altura e entre-eixos de 3 m. Com tudo isso, acomoda cinco passageiros com grande conforto.

    Um pormenor interessante: na alavanca do que seria o câmbio (obviamente não existe) a posição D é para a frente e a R para trás. Ao contrário do que se convencionou em modelos automáticos, onde a posição R é sempre colocada para a frente. Esse novo arranjo tem sua lógica, embora possa confundir em um primeiro momento. Achei razoável.

    O Porsche 911 2025 chegará com mudanças importantes e potência de 394 cv
    Crédito: Divulgação
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    Mais potência e retoques de estilo no Porsche 911

    Estreia está programada para o primeiro trimestre de 2025 nas versões cupê (R$ 868 mil) e cabriolet (R$ 920 mil). Além do foco na redução de emissões, ainda assim a potência do boxer biturbo de 3.0 litros subiu para 394 cv e o torque manteve-se em 45,9 kgf.m. Receberá, ainda, freios maiores tanto na frente quanto atrás.

    No estilo, mudanças sutis: os faróis agora são de LED HD-Matrix e incorporam as luzes auxiliares; atrás houve redução no número de grelhas de ar de resfriamento no capô, integrou mais duas entradas de ar e recebeu novos tubos de escape. A marca alemã ainda não informou quando será a abertura de pré-vendas.

    O Porsche 911 também será vendido na configuração Cabriolet: R$ 920 mil
    Crédito: Divulgação
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