Desse modo, já são 11 fabricantes que não irão participar da feira. Além destas três, BMW, Chevrolet, Citroën, Jaguar, Land Rover, Peugeot, Toyota e Volvo já anunciaram que não estarão na mostra. A JAC Motors é outra marca que não participa, mas a empresa chinesa já não possuía estande no Salão desde a edição de 2014, por isso não entra nesta contagem.
O discurso das marcas é parecido: focar em novas experiências para os clientes, inclusive no âmbito digital. Mas sabemos que o que tem pesado em desfavor do Salão é o custo. Conversas informais com executivos de grandes marcas apontam que a operação custa de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões - só para reservar um espaço. Além disso, para piorar devido à legislação brasileira, os fabricantes não podem vender veículos diretamente para o público, regra que dificulta ainda mais o investimento.
O que dizem Hyundai, Mitsubishi e Suzuki
Segundo a Hyundai, nas palavras de Angel Martinez, vice-presidente comercial da empresa, a marca prefere focar em "eventos com formatos diferenciados e foco maior no ser humano, com ações exclusivas para clientes".Já a Mitsubishi e a Suzuki - que no Brasil são representadas pela empresa HPE Automotores - não têm um comunicado oficial a respeito, mas afirmaram de forma sucinta que "não participarão do Salão".
Número pode aumentar
A debandada não é exclusiva do Brasil. Outros salões pelo mundo têm perdido representatividade em consequência dos altos custos envolvidos - como os de Detroit, Frankfurt e Paris. Com nichos cada vez mais específicos, as marcas preferem investir diretamente em potenciais clientes com exclusividade.É possível que outras marcas ainda tomem o mesmo caminho que estas 11 já tomaram... E que o Salão do Automóvel deste ano seja um dos mais vazios. É esperar para ver.
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