O Hyundai Veloster é um daqueles carros que certamente figuram nas listas de criações automotivas mais exóticas dos anos 2010. Com três portas, a curiosa mistura de hatch e cupê - que causou polêmica no Brasil, embora não pelo design - teve o seu fim decretado para julho na Coreia do Sul, conforme aponta uma reportagem do site local Hankyung.

O Veloster foi lançado em 2011. Feito sobre a plataforma PB (a mesma do HB20), o carro de primeira geração podia se destacar apenas pelo visual esportivo ou também pelo desempenho. O motor de entrada era um 1.6 multiponto de 128 cv. Mas a linha era complementada por um 1.6 com injeção direta de 140 cv e por um 1.6 turbo de 204 cv.
Em 2018, o Veloster ganhou uma segunda geração. Era baseada na plataforma do médio i30, e seu menor motor era um 2.0 de 149 cv. Mas o grande destaque era a versão realmente esportiva "N", equipada em sua variação mais extrema com um motor 2.0 turbo de 275 cv.
Desde 2021, o Veloster era produzido apenas nesta versão "N". Mas mesmo esta configuração vinha perdendo espaço na preferência do público para o sedã esportivo Elantra N, modelo que é vendido na Coreia do Sul com o nome de Avante N e que usa o mesmo 2.0 turbo em uma configuração de 280 cv.
De acordo com a publicação, além das vendas em baixa, outra razão para o fim da produção do Veloster é o próprio planejamento de produção da Hyundai. O modelo de três portas é feito na mesma fábrica de Ulsan (Coreia do Sul) onde é produzido o SUV Kona - um carro estratégico para a marca sul-coreana, e que em breve irá ganhar uma nova geração.
O Hyundai Veloster chegou ao Brasil em junho de 2012. De cara, o importado causou sensação pelo seu visual esportivo e pela propaganda que focava no aspecto diferenciado da única porta traseira do lado esquerdo.
Mas a Caoa, que era responsável pela importação do modelo na época, dizia que o Veloster tinha o motor 1.6 de 140 cv, quando na verdade usava o 1.6 de 128 cv (o mesmo que viria a equipar o brasileiro HB20 nos anos seguintes). Outro problema era a ausência de equipamentos de série que haviam sido prometidos durante a venda dos carros.
O caso acabou indo parar na Justiça e afetou a reputação do modelo por aqui. Resultado: o Veloster de ser importado em fevereiro de 2014. Inicialmente, a promessa era de que a Caoa iria retomar as vendas com exemplares da versão Turbo. Mas a empresa acabou desistindo do projeto, retirando o Veloster silenciosamente do Brasil.



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