Inglaterra adia fim dos carros a combustão

A Inglaterra adiou o prazo de extinção dos carros movidos a combustão. Previsto inicialmente para 2030, agora a data limite para os modelos convencionais foi postergada para 2035 - mesmo ano escolhido pela União Europeia.

O ajuste foi comunicado pelo primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, que disse entender que o direito de escolha, pelo menos por enquanto, deve ser do consumidor e não do governo.

O ajuste no prazo foi criticado pelas montadoras que atuam no país e que já haviam programado seus esforços para entregar apenas novos modelos elétricos até 2030.

Segundo os fabricantes, a mudança forçará ajustes na cadeia de produção, o que resultará em aumento de custos. A associação de fabricantes e vendedores de automóveis do país também se manifestou contra a decisão.

Apesar da confusão, a prática sugere que a venda de carros a combustão por lá deve ter números muito pequenos até 2030.

Somente no ano passado, o segmento de elétricos emplacou 39,4% do total comercializado no mercado automotivo na terra da rainha. Em 2021, esse número era de 15%.

Revolução Verde

Chamado de "Revolução Verde", o plano de retirada dos carros convencionais da Inglaterra foi iniciado em 2017, pela então primeira-ministra Theresa May. À época, o prazo final era 2040, o que acabou sendo muito criticado por ambientalistas.

Três anos depois, em novembro de 2020, o primeiro-ministro da época, Boris Johnson, mudou para 2030 a data limite do plano de eletrificação para a frota.

E no Brasil?

Por aqui, o governo Lula tem planos para substituir o atual plano Rota 2030 por um novo regime automotivo. O objetivo seria ampliar o processo de descarbonização com maiores incentivos para os carros menos poluentes. A expectativa é que esse novo plano tenha cinco anos de duração.

Legendas:

F1 - O limite para produção de carros a combustão havia sido definido em 2020

F2 - A venda de carros elétricos praticamente dobrou no Reino Unido entre 2021 e 2022