Nos últimos anos, porém, a autonomia desse perfil de "veículos verdes" cresceu bastante. Mas será que esse ganho no alcance já permite, por exemplo, viajar em um carro elétrico? A resposta certa para essa pergunta é "depende".
Em modelos mais caros, uma carga de bateria pode proporcionar 800 quilômetros de autonomia. Mas esses veículos são caros, e para um público bem restrito. Por isso, decidimos considerar modelos de entrada no segmento, como o BYD Dolphin.
Com autonomia de 291 quilômetros, segundo dados do Inmetro, o modelo conseguiria cobrir, por exemplo, parte da distância de São Paulo ao Rio de Janeiro.
O trecho tem 493 quilômetros (medição Google Maps, de centro a centro) e é praticamente todo feito pela Rodovia Presidente Dutra. Nesse percurso, há infraestrutura de recarga rápida, o que permite a conclusão da viagem sem maiores problemas. É claro que é preciso considerar que você poderá encontrar carregadores ocupados ou até com defeito nesse percurso. Mas, em nossa análise, deixamos essas possibilidades de lado.
Em viagens mais curtas, como numa ida de São Paulo para Santos, no litoral, apenas uma recarga seria o suficiente para cumprir o trajeto. Para modelos como o BYD, inclusive, seria possível uma viagem de ida e volta.
Em modelos de menor porte, com valor abaixo dos R$ 150 mil, como o Renault Kwid E-Tech e o JAC e-JS1, uma viagem como essa, de 160 quilômetros ida e volta, também é possível. Vale destacar que há estações de recarga em pelo menos dois pontos do trajeto, pela Rodovia dos Imigrantes.
Dito isso, se você quer um carro elétrico para viajar, o mais importante é calcular a relação entre autonomia e distância, e ver qual modelo atenderá à sua necessidade.
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