Se aqui no Brasil o Jetta é o sedã médio da Volkswagen, na China esse nome remete a uma nova marca de automóveis. Essa estratégia de criar marcas de carros a partir de certos modelos é relativamente comum por questões comerciais.
Durante a história automotiva, alguns modelos deram origem a marcas de carros de segmentos específicos, como esportivos, picapes e utilitários. Confira a seguir alguns exemplos:
Se hoje a Jeep é uma das marcas mais lucrativas da Stellantis, antigamente seu nome se referia ao veículo criado na década de 1940 para o uso militar das tropas norte-americanas. Chamado de “GP” (Propósitos do Governo ou Propósitos Gerais), o modelo ganhou uma variante civil. Tempos depois, a marca Jeep foi incorporada pela Chrysler, posteriormente adquirida pela Fiat. Criadora de modelos icônicos, como o Grand Cherokee, Grand Wagoneer e Wrangler, a Jeep tem mostrado bons resultados com os SUVs urbanos Compass e Renegade.
Embora tenha uma gama diversificada de compactos, a Mini nasceu como um modelo fabricado pela British Motor Corporation (BMC). Virou marca em 1969, ao substituir os logotipos dos Austin Mini e Morris Mini. Em meados da década de 1990, a Mini foi adquirida pela BMW, que investiu numa linha de veículos mais modernos.
Usado desde a década de 1980 para designar a linha de picapes da Dodge, o nome RAM virou marca em 2009. Anos depois, após a fusão da Chrysler com a Fiat, modelos da marca italiana também passaram a ser identificados como RAM 700 (Strada) e RAM 1000 (Toro) em alguns mercados na América Latina.
A sigla DS é usada pela francesa Citroën desde 1955. Para homenagear o modelo original, que fez sucesso em sua época, a marca francesa lançou, em 2009, o DS3 como uma variante mais sofisticada do hatch C3. A linha DS ganhou novos modelos e, em 2014, foi “promovida” a marca de luxo DS Automobile.
Sinônimo de luxo e esportividade, a Jaguar teve foi fundada com outro nome. Então chamada de SS Cars, a marca britânica lançou em 1936 o modelo SS Jaguar 100. Na década seguinte, com o início da Segunda Guerra, a sigla SS foi abolida por remeter à organização paramilitar do regime nazista.
A Hyundai lançou em 2008 o sedã de luxo Genesis para fazer frente aos modelos das marcas japonesas Honda/Acura, Nissan/Infiniti e Toyota/Lexus. Em 2016, a empresa sul-coreana criou a divisão de luxo, que atualmente possui os sedãs G70 e G90, a perua G70 Shooting Break, além do SUV GV80.
A marca espanhola Seat, que pertence ao Grupo Volkswagen, não fez sucesso no Brasil em meados dos anos 1990, mas tem forte presença na Europa. O sufixo Cupra designava as versões esportivas de seus modelos, mas virou uma marca de carros de alto desempenho a partir de 2018, mas ainda usando os Seat como base.
O nome do sedã médio acabou serviu de inspiração para a divisão chinesa da Volkswagen criar, em 2019, uma marca local de baixo custo voltada ao público jovem, formada por um sedã e dois SUVs.
A AMG deixou de ser apenas uma divisão esportiva para se tornar realmente uma marca de alto desempenho da Mercedes-Benz a partir de 2010, quando desenvolveu e produziu o SLS AMG, posteriormente substituído pelo AMG GT.
Em 2017 a Renault ressuscitou a divisão esportiva com a releitura moderna do cupê A110. A nova marca, inclusive, passou a ser o novo nome da equipe de Fórmula 1 da fabricante francesa a partir da temporada 2021.