Você não leu errado. A Koenigsegg, marca sueca que cria superesportivos artesanais, afirmou em comunicado recente que conseguiu elaborar um motor elétrico com apenas 28,5 kg e capacidade de render até 335 cv, além de incríveis 61,2 kgf,m de torque. De acordo com a empresa, o propulsor é feito com aço aeroespacial.
E o que temos com isso? Bom, a empresa é outra que tem focado seus estudos e direciona seu futuro aos carros elétricos, que em alguns anos, não muito longe de onde estamos hoje, podem aparecer por aqui - a empresa vende atualmente seus produtos no mundo inteiro sob formato de encomenda.
O motor se chama "Quark" e, segundo a Koenigsegg, utiliza uma arquitetura que junta os benefícios de um motor axial, que oferece mais torque, ao de um motor radial, que pode entregar mais potência. Justamente por conta dessa formatação de construção, a tecnologia tem sido chamada de "Fluxo Raxial", que vem, como se vê, da união dos dois nomes.
Tem até vídeo no Youtube que apresenta o conceito, veja:
De acordo com Dragos-Mihai Postariu, engenheiro-chefe da empresa sueca, o motor conta com um conjunto de ímãs que fica em sua borda e outro que atua de um lado do rotor - a ideia é que a força entre os conjuntos possa gerar um forte impulso em baixas velocidades, como em carros esportivos.
A ideia da Koenigsegg é que seus futuros hiperesportivos elétricos sejam ainda mais rápidos que os atuais carros da empresa, que têm mais de 1.500 cv (Regera, Jesko e Gemera, hoje, já são híbridos e entregam 1.500 cv, 1.600 cv e 1.700 cv, respectivamente). A responsabilidade é grande.

Para fazer um motor com peso tão baixo, como já dissemos, a Koenigsegg precisou utilizar aços de extrema resistência da indústria aeroespacial. Já para o rotor, o material escolhido foi a mesma fibra de carbono que já está presente no painel e nos bancos - esse tipo de fibra, por sua vez, também é utilizado pela Tesla em kits aerodinâmicos.
E a grande notícia não é só essa. Segundo o presidente da marca sueca, Christian von Koenigsegg, a tecnologia não será exclusiva da empresa e poderá ser compartilhada em vários outros setores de construção - de acordo com especialistas, o "Quark" e sua tecnologia chamada de "raxial" podem ser usado com transmissão direta, tanto no campo marítimo como até no aeronáutico.
É justamente por conta dessa versatilidade que a Koenigsegg precisou fazer adaptações em seus carros. O esquema de transmissão, conhecido como "Terrier", utiliza um conversor chamado "David" - já usado por modelos híbridos da fabricante - para poder fazer o conjunto rodar. Serão estas as tecnologias dos superesportivos do futuro?



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