Linha Honda CB 500 recebe aprimoramentos na Europa
Modelos ganharam suspensões invertidas e injeção remapeada, entre outras melhorias que chegarão nas motos vendidas aqui
A linha CB 500 é um dos grandes xodós da Honda. Não por caso, é vendida em vários países do mundo. Na Europa, onde é um sucesso de vendas, acaba de chegar à linha 2022 e, por isso, recebeu aprimoramentos relevantes - que vão muito além dos habituais "novos grafismos".
Lá no Velho Continente, a Honda vende as três versões - a naked CB 500F, a crossover CB 500X e a esportiva CBR 500R. Todas foram lançadas no Brasil em 2014, mas esta última saiu de linha em 2018 e só a "F" e a "X" continuaram.
As novidades mais importantes estão na parte ciclística: a linha CB 500 ganhou suspensões dianteiras fornecidas pela grife japonesa Showa - passaram a ser invertidas, com 41 mm de diâmetro e ajuste na pré-carga. É a mesma peça usada na irmã maior CB 650, e do tipo Separate Function Fork Big Piston (SFF-BP). Ou seja, cada lado da suspensão executa uma função, separadamente: de um lado vai o óleo hidráulico e do outro, a mola de amortecimento.
Além da nova suspensão, as CB 500 também passam a ter freio dianteiro Nissin com disco duplo tipo margarida, pinças radiais e quatro pistões, o que melhora muito a capacidade frenagem. Antes, tinham disco único e pinça convencional. Na traseira continua o disco único.
O motor bicilíndrico de 471 cm³, por sua vez, recebeu um novo acerto na injeção eletrônica. Segundo a Honda, passou a entregar mais potência em regimes médios de giros e mais torque entre as 3.000 rpm e as 7.000 rpm. Mas os números de potência e torque máximos não mudaram - continuam em 47,5 cv a 8.600 rpm e 4,3 kgf.m a 6.500 rpm.
Vale destacar que as CB 500 vendidas na Europa são menos potentes que as comercializadas no Brasil para que possam ser conduzidas por pilotos com habilitação categoria A2 - justamente para motos com até 47,5 cv. Aqui, as CB 500 têm 50,4 cv a 8.000 giros e 4,5 kgf.m a 6.500 rpm. E, no futuro, podem ficar ainda mais potentes com as atualizações. E não parou por aí: as motos também ganharam uma nova balança traseira, mais leve e mais resistente às torções, e novas rodas.
Naturalmente cada um dos três modelos tem suas particularidades. A crossover X, por exemplo, tem roda dianteira de 19 polegadas e suspensão dianteira com mais curso, de 19 cm. Já a esportiva tem calibragem mais rígida nas suspensões e a naked fica no meio-termo.
E é claro que CB 500 europeias também ganharam novas cores e grafismos. A "F" passa a ser vendida com pintura cinza perolizada, cinza fosca e amarela perolizada. Já a "X" ganhou as opções preta fosca e verde perolizado, enquanto a "R" manteve nas tradicionais opções vermelha e preta. Por fim, o design não mudou, mas as motos ganharam iluminação mais potente no farol e nos piscas - que já eram todos com LEDs.
Será questão de tempo até que essas melhorias também sejam implementadas nas motos vendidas no Brasil. Além de serem produtos mundiais - ou seja, têm as mesmas características em vários mercados -, as CB 500 vendidas aqui são montadas em Manaus, mas a maioria das peças vem de fora. Aguardamos!