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Importadoras têm queda de 12,7% nas vendas em 2020

Pandemia, dólar e instabilidade econômica preocupam e representantes do setor pedem redução do imposto de importação

por Fabio Perrotta Junior

As quinze marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores - registraram uma queda de 12,7% nas vendas em 2020 ante igual período de 2019, quando foram comercializadas 67.686 unidades. A entidade tem como associados os representantes oficiais das marcas automotivas internacionais.

Ao todo, foram 59.067 unidades licenciadas no ano passado, das quais 27.421 importadas e 31.646 veículos de produção nacional.
Na importação, as 27.421 unidades vendidas significaram redução de 20,7% ante as 34.596 unidades do acumulado de 2019. Já na produção nacional – com 31.646 unidades – a queda foi de apenas 4,4% ante as 33.090 unidades de 2019.
Pela primeira vez, a produção nacional das associadas à Abeifa superou a totalização de veículos importados, que tiveram impacto negativo e direto da taxa cambial, cuja cotação do dólar partiu de, na média mensal, R$ 4,15 em janeiro para R$ 5,14 em dezembro de 2020, alta de 23,8%.
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“Foi um ano extremamente difícil para o setor automobilístico brasileiro, que vislumbrava a retomada no início de 2020. Mas, como em todas as demais atividades econômicas, o impacto da pandemia de covid-19 a partir da segunda quinzena de março, foi devastador. Aliado a essa nova realidade, o nosso setor ainda sentiu as consequências nefastas da desvalorização cambial”, analisa João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa.

Para mudar essa realidade, no entanto, o executivo da Abeifa reiterou o pleito ao Governo Federal de urgente redução da alíquota do imposto de importação, ainda que de forma gradual, fato que poderia reativar números setoriais mais alentadores.
“A redução do imposto, hoje de 35%, para 20%, é crucial para manter a viabilidade das operações e para garantir que o Brasil seja de fato inserido no comércio global de automóveis. Quanto mais nos isolarmos do mundo mais perderemos competitividade e investimentos no futuro”.

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