Mais impressionante do que isso, no entanto, é o desenvolvimento necessário para que produzam esses números. A começar pelo novo motor. Aumentado de 3.8 para 4.0, o V8 agora conta com novas turbinas “twin-scroll” (tecnologia ausente até na P1), que separam seu fluxo entre as bancadas de cilindros, e foi reposicionado 12 cm para baixo, melhorando muito o centro de gravidade. Os engenheiros alegam que é um novo motor, já que 41% das peças foram alteradas.
Outra evolução pode ser vista no chassi, o Monocage II, que agora passa a incorporar as colunas do para-brisa e das portas, aumentando a rigidez ao mesmo tempo que melhora a visibilidade, já que a fibra de carbono possui a mesma resistência do aço com muito menos material. Outro fator importante para a melhora na visibilidade é o Folding Driver Display, painel de instrumentos retrátil, que se recolhe no painel e mostra apenas as informações relevantes para quando a faca estiver nos dentes do piloto. Para esses momentos, a marca desenvolveu o Variable Drift Control, que usa gradualmente o controle de estabilidade para fazer o motorista se sentir mais heróico, sem precisar desligar todos os anjos da guarda eletrônicos.
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Oito anos depois do surgimento da marca de Woking, ela já sentiu a necessidade de dar esse salto em relação à concorrência e a si mesma. A segunda geração da Super Series já dá uma ideia do que podemos esperar da Sports e Ultimate Series. E, consequentemente, calafrios nas suas rivais.
Por Lucas Cravo
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