Ser motorista de aplicativo é, para muitos brasileiros, uma forma de complementar a renda — e, para outros, a principal fonte de sustento. Mas a rotina está longe de ser simples: nem toda corrida vale a pena, e saber quando aceitar ou recusar uma proposta pode fazer toda diferença no fim do dia.
É preciso ter jogo de cintura, agilidade e muita resiliência para lidar com trânsito, cansaço e pressão por resultados.
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Para mostrar, na prática, como é a tomada de decisão de quem vive essa realidade, a plataforma GigU criou um jogo gratuito e online que simula os desafios enfrentados por motoristas de aplicativos nas ruas das cidades.
Jogo de motorista de app exige tomada de decisões rápidas
No simulador, o jogador entra na rotina de Carlinhos, um motorista de aplicativo de 25 anos que atua em São Paulo. A cada nova corrida, é preciso decidir se aceita ou não a proposta com base na distância, valor e destino.
Tudo em poucos segundos. O objetivo é atingir uma meta de renda líquida diária — exatamente como acontece na vida real.
A experiência deixa claro que dirigir para aplicativos envolve muito mais do que “aceitar e ir”. O jogo convida o público a experimentar essa rotina por alguns minutos, e talvez até repensar aquela ideia comum de que "qualquer um pode ser motorista".
A ideia por trás do jogo
A iniciativa é da GigU, uma empresa de tecnologia que oferece produtos e serviços voltados para trabalhadores de apps. Segundo Pedro Inada, co-CEO da marca, o jogo busca aumentar a empatia com esses profissionais. "Queremos mostrar, de forma simples e acessível, como funciona essa dinâmica de trabalho. O jogo ajuda a ilustrar os desafios que estão por trás das escolhas que os motoristas precisam fazer a cada minuto do dia", explica.
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Dados revelam um cenário difícil para quem é motorista de app
O jogo foi inspirado na pesquisa "Sua Voz Importa", realizada pela própria GigU com 951 motoristas de aplicativo este ano. O estudo revela uma rotina de longas jornadas, baixa rentabilidade e pouca clareza sobre regras e repasses das plataformas:
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50,2% trabalham mais de oito horas por dia
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74,6% ganham até R$ 2 mil líquidos por mês
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49,9% gastam mais de R$ 1.500 por mês com combustível, manutenção e alimentação
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72,8% já atrasaram ou deixaram de pagar contas básicas
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61,3% não entendem as taxas, bloqueios ou repasses das plataformas
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97,4% querem aumento na remuneração por corrida
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72,7% pedem a redução das taxas cobradas pelas plataformas
Testei o jogo de motorista de aplicativo (e falhei!)
Claro que eu não resisti e fui testar o jogo. Confesso que tentei ser racional nas escolhas, recusei algumas corridas ruins, aceitei outras com potencial... Mas, infelizmente, não bati a meta do dia. No fim, o jogo ainda deixa uma mensagem irônica, porém bem realista:
“Mandou bem, mas não alcançou a meta. Carlinhos não conseguirá pagar as contas.”
É divertido, mas dá um choque de realidade. E reforça ainda mais a importância de entender — e valorizar — o que esses profissionais enfrentam todos os dias nas ruas.
Ficou curioso e quer ver como você se sairia? Então acesse o jogo aqui neste link!
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