Existem motos de vários estilos: trail, custom, street, sport... Mas não há dúvida de que se existe um que faz a cabeça de muita gente é o das naked. O nome, em inglês, quer dizer - no caso das motos - "nua". Ou seja, são motos "peladas", sem carenagens, alegorias ou adereços de enfeite. Existem, orgulhosamente, suas intimidades, com chassi, motor e quase toda a mecânica à mostra.
Na Europa, as naked são cultuadas. No Brasil, fazem quase tanto sucesso. Afinal, as motos city/street de baixa cilindrada não deixam de ser naked pequenas. Mas quem admira esse tipo de modelo curte mesmo as média e alta cilindrada - autênticos canhões com desempenho furioso, ronco de motor instigante e design ao mesmo tempo agressivo e sedutor.
Esta semana revelamos aqui que a BMW vai vender no mercado brasileiro a F 900 R, seu modelo naked que existe lá fora desde 2019 e que substituiu a F 800 R - que foi vendida aqui no país entre 2013 e 2017. Então, logo teremos mais nervosinha para disputar a preferência do consumidor. Alertas a isso, já separamos aqui os cinco principais modelos com os quais a F 900 R - e, de quebra, lembramos ao caro leitor quais são suas princiupais opções ness faixa de cilindrada.
A CB 1000R aposta, principalmente, no visual de estilo Neo Sports Cafe e no desempenho forte para seduzir. Porém, mais do que isso, tem na ciclística e na maneabilidade excepcionais dois outro grandes trunfos. O farol ovalado e o tanque esculpido sobressaem no design, mas ela pode passar rápido demais para que você a veja na rua: o motor de quatro cilindros em linha e 998 cm³ rende fortíssimos 142 cv de potência a 8.000 rpm e torque de 10,2 kgf.m - isso para apenas 201 quilos. A versão Black Edition é mais cara, mas tem alguns importantes quitutes a mais, como quickshifter bidirecional, cancelamento automático dos piscas (não é preciso desligá-los após o uso), protetor frontal para o painel (uma mini-bolha) e capa para simular banco monoposto. Isso além de pintura especial na cor preta - linda! -, quatro modos de pilotagem, controle de tração e painel conectável a smartphone, entre outros recursos.
A MT-09 é a irmã maior da linha "master of torque" da Yamaha. Aqui neste comparativo, leva a vantagem de ser a mais barata, mas nem por isso é um modelo inferior às outras. É que seu motor de 847 cm³ e 12 válvulas é tricilíndrico, o que reduz custos de produção. Não pense, porém, que é fraco: são 115 cv de potência a 10.000 rpm e 8,9 kgf.m de torque a 8.500 rpm para apenas 193 quilos, o que lhe dá uma ótima relação peso/potência. Além disso, as respostas fornecidas por esse motor são incrivelmente rápidas - a MT-09 acelera muito forte, e é preciso braço para segurá-la. O design aposta na agressividade e tem certo aspecto futurístico e robótico, bem coerente com sua proposta. Quickshifter e iluminação full-LED são de série, assim como controle de tração e - claro - ABS. Excelente opção de naked nervosa para quem quer gastar abaixo da média.
A GSX-S 1000 ZA parece ser uma azarona no segmento, mas repare em suas especificações: motor quatro cilindros de 999 cm³, 150 cv de potência a 10.000 rpm, torque de 11 kgf.m a 9.500 rpm e peso de 190 quilos. Ou seja, tudo na mesma faixa da Honda CB 1000R, por exemplo. O que pesa contra a moto da Suzuki é ter preço proporcionalmente alto para um modelo com menos tecnologia embarcada. O paijel, por exemplo, ainda é com telinha de LCD - já deu, né? Mas esse aspecto pode ser uma boa opção para os muitos usuparios que não curtem eletrônica demais, e estão lá recursos como freios Brembo, embreagem deslizante, o óbvio ABS e até o controle de tração com três modos de inteferência, entre outros. É a opção para os mais puristas e garante desfiles arrebatadores.
A Z 1000 tem uma proposta relativamente parecida com a da Yamaha MT-09 ao apostar no design agressivo, robótico e futurista para conquistar novas garagens. A diferença, aqui, é o preço bem mais alto, em parte justificado pelo projeto um pouco mais moderno e pela motorização mais forçuda: o quatro cilindros em linha tem 1.043 cm³, 16 válvulas, comando duplo e rende 142 cv de potência a 10.000 rpm com 11,3 kgf.m de torque que vêm já aos 7.300 rpm. É moto para andar forte, mas que não soluça em baixos giros - apesar de seus 221 quilos. Tem embreagem assistida e deslizante e indicador de pilotagem econômica, entre outros recursos. A versão R Edition tem alguns baratos a mais, como pacote de freio dianteiro Premium Brembo e suspensão traseira horizontal back-link com amortecedor traseiro da grife sueca Öhlins. Exclusividade garantida.
Quem prefere as motos europeias às japonesas tem uma opção novinha em folha: a Monster 950, lançada recentemente no mercado brasileiro pela Ducati. A mais nova geração da tradicional naked surgiu com mudanças radicais, tais como o fim do quadro treliçado exposto nas laterais e um visual mais clássico e menos exótico. Ficou linda, leve, ágil e ainda tem boa tecnologia embarcada, com ABS, controle de tração, modos de pilotagem e um belíssimo painel de instrumentos com tela de TFT (tal como algumas das concorrentes aqui mostradas). Em números, o motor obviamente é mais fraco que os das concorrentes - afinal de contas, é um bicilíndrico com 937 cm³, que rende 111 cv de potência e 9,5 kgf.m de torque. Mas o caro leitor deve saber que potência e torque não são tudo - o peso é algo primordial, e aqui temos apenas 166 quilos. Só para comparar, são 85 quilos a menos que na Kawasaki Z 1000! Isso faz diferença na própria pilotagem e quer dizer que, na Monster, cada cavalo de potência empurra 1,4 quilos; e na toda maior Z 1000 o esforço é de 1,5 quilos para cavalinho. Entendeu que, no fim das cotas, existe um equilíbrio? Pois é, só que na Monster você tem desempenho similar com mais agilidade e leveza. Uma boa opção para quem busca versatilidade para andar na cidade, na estrada e na pista.
A F 900 R já começou a ser Montada em Manaus e deve chegar às concessionárias da BMW lá para o fim de dezembro ou início de janeiro. O preço ainda é um mistério, mas como trata-se de uma bicilíndrica, deve ficar na faixa dos R$ 70 mil a R$ 80 mil - pelo menos é o que previsa para ser competitiva. Será vendida em duas versões - Sport, na cor predominante preta metálica, e Sport+, na combinação tradicional das cores azul, branca e vermelha. Terá computador de bordo, tomadinha USB, painel com tela de TFT colorida de 6,5 polegadas conectável a smartphone via Bluetooth, iluminação full-LED, ABS, dois modos de pilotagem. Na opção Sport+, também será equipada com controles de tração e de freio motor, chave presencial, quickshifter, mais dois modos de pilotagem, preparação para GPS, ABS pro, monitoramento de pressão dos pneus, controle de velocidade de cruzeiro e spoiler inferior. Vendia lá fora desde 2019, tem motor de 895 cm³, 85 cv de potência a 8.500 rpm e 8,9 kgf.m a 6.750 rpm. Ou seja, terá desempenho mais contido que as futuras rivais. A conferir.



Email enviado com sucesso!