Acostumado a vencer declives com o carro em ponto morto? Pare agora. Não, você não está economizando combustível e ainda sim pode colocar os passageiros em perigo com o desgaste maior dos freios. Veja os riscos e saiba o que fazer:
Aquela lenda urbana que descer uma ladeira economiza combustível caiu por terra com a injeção eletrônica. À época dos carros com carburadores até fazia sentido, pois sempre havia combustível sendo jogado para o motor. Nos modelos atuais com novas tecnologias de gerenciamento não há mais esse “desperdício” e a situação foi invertida. Deixar o carro na “banguela” gasta mais. Isso porque o automóvel entende que precisa de certa quantidade de combustível para se manter ligado a medida que as rotações são baixas com o veículo em ponto morto.
Além de não economizar combustível, rodar em declive com o automóvel em ponto morto e até mesmo desligado é contra a lei. Entra na categoria de infração média com a perda de 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 130,16. A dor de cabeça ainda pode ser maior com a apreensão do veículo.
Outra parte afetada com o veículo descendo a ladeira ou declive em ponto morto é o sistema de freios. Com o carro “solto”, os freios são exigidos de forma mais severa e, com o tempo, podem sofrer um desgaste, perder a eficiência e colocar os ocupantes em risco. Os primeiros sinais aparecem no pedal que fica impreciso e borrachudo.
A importância de descer engrenado é que há o chamado freio-motor. As marchas controlam a velocidade do veículo. Para isso tem de escolher a marcha compatível com a velocidade (um erro pode forçar ainda mais os componentes). A dica é usar a mesma marcha que você usaria para subir a ladeira na descida.
Se, por acaso, você precisar parar o automóvel de forma repentina enquanto vence o declive, com ele engrenado você terá mais tempo de reação e o espaço percorrido com a frenagem será menor do que em Neutro. Essa pequena diferença pode transformar um acidente grave em apenas uma batida leve – ou até mesmo evitar uma possível colisão.
Os veículos dotados de transmissão automática têm esse recurso (do freio-motor) inerente ao câmbio na posição D, que automaticamente fazem a leitura do declive e usam a marcha adequada. Alguns modelos ainda trazem as opções L, S ou os números 1, 2 e 3. Colocar o câmbio nessas posições ajudam ainda mais a economizar os freios. Se o modelo tiver as borboletas no volante é só usar a mesma lógica de uma transmissão mecânica.
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