Não é só o Gol: carros flex que marcaram época

O VW Gol Total Flex, de 2003, não foi o único automóvel bicombustível a marcar o seu lugar na história

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Evandro Enoshita
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Abastecer com etanol ou gasolina? O que no passado poderia ser uma dúvida absurda, há 20 anos é parte do cotidiano dos motoristas brasileiros. De lá pra cá, os carros flex se tornaram quase um padrão por aqui e dá para contar nos dedos os automóveis nacionais que são "monofuel".

Desde o início dos anos 1990, com a chegada dos primeiros carros com injeção eletrônica digital, a indústria automobilística brasileira começou a buscar soluções para permitir que os automóveis fossem capazes de rodar com qualquer proporção de etanol ou gasolina no tanque.

O avanço dos testes e das tecnologias permitiu que o primeiro carro flex chegasse ao mercado em março de 2003: um Volkswagen Gol 1.6 Total Flex, que teve o motor AP 1600 modificado para funcionar com etanol ou gasolina - ou uma mistura dos dois combustíveis.

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O Gol 1.6 Total Flex foi o primeiro carro bicombustível produzido em série no Brasil
Crédito: Divulgação
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O 1.6 com injeção multiponto desenvolvia 97 cv (gasolina) e 99 cv (etanol). Além da parte eletrônica, o pacote de modificações exigiu o tratamento de todos os componentes do sistema de alimentação, para lidar com a ação corrosiva do combustível vegetal.

Mas o icônico Volkswagen Gol Total Flex não foi o único dos carros flex inovadores do mercado brasileiro. Confira a seguir outros automóveis icônicos que marcaram história entre os flexíveis.

Cinco carros flex que também marcaram época:

O Fiat Siena Tetrafuel era capaz de rodar com quatro tipos diferentes de combustível
Crédito: Divulgação
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Fiat Siena Tetrafuel (2006)

A Fiat decidiu levar além o conceito dos carros flex ao lançar, em 2006, o Siena Tetrafuel. O carro era equipado com o motor 1.4 Fire em versão capaz de rodar com quatro tipos diferentes de combustível.

Além do etanol, o Tetrafuel era capaz de rodar com a gasolina brasileira, GNV ou até a gasolina pura, sem mistura com o álcool combustível.

VW Polo E-Flex: dispensa do tanquinho rendeu até série especial do hatch compacto
Crédito: Divulgação
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Volkswagen Polo E-Flex (2009)

O Volkswagen Polo foi o primeiro dos carros flex a abandonar o tanquinho de gasolina para partida a frio (solução arcaica herdada dos 100% a etanol), substituído pelo Flex Start, da Bosch. Era um sistema que aquecia o combustível vegetal antes e no momento imediato após a partida do motor.

A novidade mereceu até uma série especial do Polo, lançada em 2009 e que recebeu o nome de E-Flex. Com o motor 1.6 de 101/104 cv, o carro sem o tanquinho tinha um pacote visual e de equipamentos especial, além do logotipo "E-Flex" na traseira.

O motor 2.0 Direct Flex do Ford Focus era um dos propulsores de aspiração natural mais potentes disponíveis no Brasil
Crédito: Divulgação
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Ford Focus (2013)

O Ford Focus de terceira geração estreou no mercado brasileiro em 2013, trazendo como uma das novidades o motor 2.0 Duratec Direct Flex, que foi o primeiro por aqui a combinar a injeção direta com a tecnologia flex.

Esse propulsor, que equipava as versões mais caras do hatch e do sedã, desenvolvia até 178 cv e 22,5 kgf.m a 4.500 rpm. A única opção de câmbio era o automatizado Powershift, de seis marchas e dupla embreagem.

O BMW Série 3 virou flex antes mesmo de começar a ser montado no Brasil
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BMW 320i Active Flex (2013)

Se o primeiro flex aspirado com injeção direta foi o Ford Focus, o primeiro turbo foi o BMW 320i Active Flex. Lançado em 2013, saía da fábrica com motor 2.0 de 184 cv preparado para aceitar o combustível vegetal.

O mais curioso é que a novidade estreou no mercado brasileiro antes mesmo da nacionalização do Série 3 - o carro começou a ser montado na fábrica da BMW em Araquari (SC) apenas no ano seguinte.

O Toyota Corolla foi o primeiro híbrido flex disponível no Brasil. Até hoje é um dos poucos assim
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Toyota Corolla Hybrid

A 12ª geração do médio japonês estreou no Brasil em 2019, e tinha como principal destaque o primeiro conjunto motriz híbrido flex. Esse conjunto ainda é bem raro entre os carros brasileiros.

Quando abastecido com etanol, o propulsor 1.8 desenvolve 101 cv, ante os 98 cv com gasolina. Por outro lado, o consumo também aumenta. O Toyota registra médias de 11,8 km/l (cidade) e 10,5 km/l (estrada) com o combustível vegetal.

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