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Novo Jetta é bom o bastante para encarar Corolla?

Mal foi apresentada, segunda geração do sedã da VW já mede forças com o modelo da Toyota, líder disparado da categoria

por Redação WM1

O lançamento mais importante para os brasileiros no Salão de Detroit (EUA) é a segunda geração do Volkswagen Jetta, que dividiu opiniões quanto à dianteira enorme e cheia de cromados, seguindo a escola de estilo dos sedãs recentes da marca, porém inegavelmente ficou maior, mais segura e tecnológica.



 Agora construído sobre a mesma plataforma MQB do Golf e do novo Polo, o Jetta ficou melhor em todos os sentidos, mas ficará bom o suficiente para ameaçar o reinado do Toyota Corolla, há anos o sedã médio mais vendido do Brasil, por larga margem? A título de comparação, em 2017 o Corolla liderou com 66.188 emplacamentos, enquanto o modelo da VW ficou em quarto lugar, com 7.669 unidades. Ou seja: para cada Jetta emplacado, o Toyota vendeu mais de oito unidades do Corolla no ano que passou.



Se o Jetta terá fôlego para encarar o tradicional rival japonês nós saberemos somente quando o sedã da Volks renovado chegar às concessionárias brasileiras, entre o fim de 2018 e o início de 2019, mantendo importação do México, ao menos inicialmente. Vale lembrar que o Corolla também vai mudar de geração, igualmente construída sobre uma plataforma modular global (TNGA), com chegada prevista ao mercado brasileiro para 2020. Desde já, o WM1 compara as principais características de cada modelo com o que já se sabe a respeito da novidade da marca alemã.


TAMANHO



Nessa nova geração, o Jetta está um pouco maior que o Corolla em quase todas as dimensões, porém os dois ficam praticamente empatados na distância entre-eixos, medida importante quando o assunto é espaço interno: o Toyota, com seus 2,7 m, leva pequena vantagem sobre o rival, que mede 2,68.



O japonês também é mais alto, com 1,48 contra 1,46. No restante, vitória do Volkswagen: 4,7 m contra 4,62 m no comprimento, 1,80 m ante 1,77 m na largura e porta-malas de 510 litros, contra 470 litros. Aqui, vitória por pequena margem do Jetta.


DESEMPENHO



O novo Jetta mantém o motor 1.4 TSI turbo de 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque (acima), flex e dotado de injeção direta de combustível - por enquanto, nenhuma informação da Volks sobre a manutenção da unidade 2.0 TSI na versão Highline, que na geração "antiga", ainda à venda no Brasil, rende 211 cv de potência e 28,6 kgf.m de torque - e que, se mantida, deverá ficar um pouco mais potente.



A grande novidade para o sedã da VW é a troca da transmissão automática de seis marchas pela nova de oito velocidades, com foco na economia de combustível. Já o Corolla traz motores competentes e eficientes, porém aspirados e com injeção convencional. Aqui, o Toyota é vendido com motores flex 1.8, de 144 cv e `8,6 kgf.m, e 2.0, de 153 cv e 20,7 kgf.m. Ambos perdem para o Jetta em torque e potência. No caso do sedã da marca japonesa, a transmissão é do tipo CVT com sete marchas virtuais, que foca o baixo consumo e a suavidade e não entrega a esportividade do rival da Volks. Vitória do Jetta nesse quesito.


SEGURANÇA


Somente em março do ano passado o Corolla corrigiu uma grave deficiência no quesito segurança e passou a vir de série em todas as versões com controles de tração e estabilidade, já disponíveis em concorrentes como o próprio Jetta na ocasião, e de quabra passou a ser vendido sempre com sete airbags. Além disso, levou nota máxima em teste de colisão realizado em 2017 pelo Latin NCAP, com cinco estrelas de cinco possíveis.



A Volks não divulgou ainda o número de airbags do novo Jetta (no Brasil, o atual tem até seis), mas a nova base MQB deve garantir bom desempenho em futuros crash-tests - afinal, no mesmo teste do Corolla, o novo Volkswagen Polo também ficou com nota máxima e é construído sobre a mesma plataforma do Jetta. O VW vai além por trazer, como opcional ou item de série de acordo com a versão, tecnologias avançadas de segurança e assistência, tais como contole de velocidade de cruzeiro adaptativo, frenagem automática pós-colisão, sensor de ponto cego, alerta de tráfego traseiro, alerta de manutenção de faixa, luz alta automática, faróis full-LED e sensor de pressão dos pneus, além dos básicos controles de tração e estabilidade.


O Corolla é bem mais comedido, apesar dos sete airbags. De todo esse pacote disponibilizado pela Volks, ele oferece o controle de velocidade de cruzeiro, porém o convencional, que não interfere na frenagem como o adaptativo, e luz alta automática. Aqui, ambos são acima da média quanto à segurança, porém o Jetta leva vantagem quanto aos assistentes eletrônicos. Para a proteção de crianças, o Toyota traz Isofix, como o Jetta. Resta esperar para ver se o sedã da marca japonesa vai tirar o atraso nesse quesito na próxima geração.


TECNOLOGIA E CONECTIVIDADE




Da mesma forma que o novo Jetta traz mais recursos eletrônicos de segurança, ele também leva a melhor quando se trata de conveniência e conectividade a bordo. A começar pela opção de painel totalmente digital em tela colorida de alta resolução (acima), como novo Polo, enquanto no Corolla os instrumentos são analógicos, exceto a tela colorida TFT de 4,2 polegadas entre o conta-giros e o velocímetro que traz as informações do computador de bordo. Além disso, o VW pode contar com sistema de personalização da cabine com dez cores diferentes em luzes de LEDs, item que o racional Corolla também não oferece.



Ao menos para o mercado norte-americano, o sedã da Volkswagen conta ainda com comodidades como bancos aquecidos e ventilados, teto solar panorâmico e central multimídia com tela sensível ao toque de até oito polegadas, compatível com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay , além de câmera de ré, GPS partida do motor por botão e sensor de chave. Desses itens, o Corolla traz os quatro últimos na versão de topo Altis, que também tem central multimídia, porém com tela menor (sete polegadas) e sem Android Auto nem Apple Car Play. Vitória do Jetta, novamente.


PREÇO


Atualmente, o Corolla é vendido com preços sugeridos entre R$ 92.690 e R$ 117,9 mil, enquanto o Jetta de primeira geração hoje está disponível de R$ 94.190 a R$ 108,6 mil, sem incluir os pacotes opcionais oferecidos pela fabricante que podem elevar bastante o preço final - o sedã da Toyota é comercializado em três versões sem opcionais. Na média, aqui haveria outra vitória do Jetta, que, ao menos nos Estados Unidos, que também importam o sedã do México, ficou mais barato: agora parte de US$ 18,5 mil (cerca de R$ 59,7 mil na conversão direta), contra os US$ 18.645 (R$ 60,1 mil) cobrados pela geração anterior.


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