O Renault Boreal é diferente do que você imagina

Conferimos de perto o SUV que será o próximo lançamento da marca francesa no Brasil. Veja o que já sabemos

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Evandro Enoshita
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Esqueça tudo o que você conhece sobre os Renault feitos no Brasil. E nessa conta eu boto até o Kardian. Por aí você já pode sacar que eu me impressionei com o Boreal, o SUV que nós aqui do WM1 já conhecemos de perto na fábrica da marca francesa, em São José dos Pinhais (PR).

O Boreal vai estrear no mercado brasileiro até o fim do ano, com a proposta de ser o primeiro representante da marca francesa no segmento dos SUVs médios. Mas o que será que a Renault vai oferecer para conquistar o consumidor dessa categoria? Confira nas próximas linhas!

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    Como é o Renault Boreal?

    Se o Kardian marcou o primeiro passo da Renault em direção a um novo caminho no Brasil, o Boreal é um passo ainda mais adiante. É que apesar de ser mais sofisticado que os antigos Sandero e Logan, o Kardian ainda é um SUV compacto de entrada. Um carro que ainda precisa fazer várias concessões para se manter com um preço competitivo.

    Apesar do refinado motor turbo e do câmbio de dupla embreagem, o Kardian tem interior com acabamento simples e telas que poderiam ter uma cara mais refinada. É um mix de uma "nova" Renault com a aquela "velha" Renault que fez a fama da marca aqui no Brasil.

    O Renault Boreal impressiona pelas linhas refinadas da carroceria
    Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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    Já o Boreal é um bicho diferente. Com 4,56 m de comprimento, 1,84 m de largura, 1,65 m de altura e 2,70 m de entre-eixos, esse é um SUV médio típico. E como todo utilitário esportivo dessa categoria que se preze, tem uma dose maior de sofisticação que os modelos compactos.

    Assim como o Kardian, esse carro também é baseado na plataforma modular RGMP, uma base muito atual e que fez a sua estreia justamente no SUV compacto da Renault, lá no início de 2024. Apesar de ter porte semelhante ao do europeu Dacia Bigster, é visualmente bem diferente. E no bom sentido.

    As rodas de liga leve do Boreal têm aros de 19 polegadas
    Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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    Enquanto o Bigster é um SUV grandalhão, mas de linhas bem simples, o Boreal aposta em um visual muito mais ousado e sofisticado. Aquele carro capaz de despertar um suspiro de aprovação no primeiro contato.

    Rolou isso quando o pano subiu e o grupo de jornalistas encarou o SUV da Renault pela primeira vez. Nunca tinha visto algo assim acontecer com um produto brasileiro da marca francesa.

    E além do visual cheio de cantos vivos e elementos imitando aço escovado, o Boreal ainda tem mimos como o conjunto ótico dianteiro - todo em LED - que faz um show de luzes quando acionado, tampa do porta-malas elétrica e as incomuns molas a gás para sustentar o capô. Adeus, vareta metálica!

    Por dentro, o painel tem linhas muito atuais, telas de alta resolução e acabamento caprichado para um SUV médio
    Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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    Interior sofisticado

    Justamente por conhecer o histórico dos Renault brasileiros dos últimos anos - carros funcionais, porém espartanos - é que eu me assustei tanto com a cabine do Boreal. Quanta diferença!

    Além do visual também bastante atual, o SUV médio da Renault tem materiais macios ao toque no painel e nas laterais das portas, iluminação decorativa com LEDs e tonalidades personalizáveis, além de duas telas de dez polegadas, coloridas e com alta resolução.

      O bom acabamento do painel se repete também nas laterais das portas
      Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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      A multimídia, aliás, será a primeira em um carro feito no Brasil com o sistema operacional Google nativo. Esse artigo já é visto em alguns modelos premium, e permite ao proprietário ter praticamente um tablet integrado ao veículo.

      Além de acessar, por exemplo, o Google Maps sem a necessidade de espelhar o smartphone, é possível usar o Google Assistente como um assistente pessoal e ajustar funções do veículo via comando de voz, como selecionar uma temperatura no ar-condicionado.

      O quadro de instrumentos digital tem alta resolução e espelha o mapa do navegador
      Crédito: Divulgação
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      A lista de equipamentos também será bem recheada, com direito a itens como o sistema de som premium Harman Kardon, pacote ADAS, ar-condicionado automático e de duas zonas e bancos dianteiros elétricos, com memória de posição e até massagem.

      E o espaço interno? Bem, fica na média de outros SUVs compactos de menos de 4,70 m de comprimento. Não tem aquela área para os passageiros de um carro de luxo. Mas quatro adultos viajam com muito conforto. Já o porta-malas é bem amplo: tem capacidade para 522 litros.

      O motor 1.3 turbo flex é combinado a um câmbio automatizado de dupla embreagem
      Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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      Motor turbo e dupla embreagem

      O lançamento do Boreal ainda está um pouco distante. Por isso mesmo, a marca divulgou só uma ficha técnica bem limitada do modelo.

      O que já está confirmado é que o SUV será comercializado com um motor 1.3 turbo flex de 163 cv de potência e 27,5 kgf.m de torque. É o mesmo usado na versão topo de linha do Duster.

      Já o câmbio é bem diferente do SUV compacto. No lugar da caixa CVT, entra uma automatizada de seis marchas e dupla embreagem - banhada a óleo.

      Apesar de sofisticado, o Boreal precisará ter preço competitivo para brigar bem no mercado
      Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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      Será que o Boreal vai vender bem?

      A Renault aposta muito no Boreal. Tanto que o plano da marca é vender o SUV médio em mais de 70 países. Por conta disso, além da Brasil, o modelo será produzido também na Turquia.

      Enquanto a fábrica de São José dos Pinhais (PR) vai atender às demandas local e da América Latina, a da Turquia vai fornecer o Boreal para os mercados da Europa, Oriente Médio e Norte da África.

      Mas será que o carro tem potencial para vender bem aqui no Brasil? Conceitualmente falando, é o Renault brasileiro mais bonito e mais sofisticado em muito tempo. Mas - pelo menos inicialmente - não será híbrido.

      Por isso mesmo, a marca francesa - e apesar do belo pacote - terá que ser muito ousada nos preços. Se eu pudesse fazer um chute, diria que esse Boreal completão não pode custar mais que R$ 220 mil.

      Ou seja: qualquer coisa abaixo disso seria um valor "OK". O problema será se o Boreal ultrapassar essa barreira.

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        Tags:Renault
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